Cooperação Sul-Sul Em Educação E Relações Brasil-Palop

Abstract

Estudos sobre a cooperação internacional para o desenvolvimento (principalmente nas suas vertentes Norte-Sul e Sul-Sul) têm demonstrado que existem tipos distintos de experiências históricas que mobilizam diferentes atores domésticos e priorizam agendas temáticas com base em motivações políticas e desenhos institucionais variados. Este artigo centra-se nas estratégias do Brasil como fornecedor de cooperação no campo da educação, analisando suas tendências gerais, agendas e atores, contradições e tensões entre interesses públicos e privados. Empiricamente, o artigo também analisa essas questões a partir da atuação brasileira nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), com foco no caso de Moçambique e considerando as percepções dos países com os quais o governo brasileiro coopera.Palavras-chave: Cooperação internacional para o desenvolvimento. Cooperação Sul-Sul. Política externa brasileira. Relações Brasil-África. Países africanos de língua oficial portuguesa.

Colonial legacies in internationalisation of higher education: racial justice and geopolitical redress in South Africa and Brazil

“…Pursuant of the SADC Protocol of 1997, SADC students are treated as domestic students for purposes of fees and accommodation. In Brazil, public higher education is tuition-free and international students can apply for needbased stipends (Milani, Da Conceição, and M'Bunde 2016).…”

“…Similar to South Africa, the Brazilian government in general lacks a strategic approach to internationalisation, and tertiary institutions continue to face significant bureaucratic obstacles, for instance in hiring non-national faculty (Schwartzman, Pinheiro, and Pillay 2015). Only under the presidency of Lula da Silva did regionalisation towards CPLP countries receive significant attention (Ullrich and Carrion 2012;Milani, Da Conceição, and M'Bunde 2016), not the least as a tool for southern diplomacy (Abdenur 2015). The university under study was created from REUNI funds to foster explicitly the cultural and scientific integration between Brazil and African countries.…”

“…South Africa and Brazil offer compelling cases for comparison because they share important characteristics: in both countries, histories of colonial occupation (apartheid and Portuguese colonialism) have provided the grounds for what today are highly unequal higher education systems (Badat 2008;Schwartzman and Paiva 2014); both represent attractive study destinations for growing numbers of regional students (Kotecha 2012;Milani, Da Conceição, and M'Bunde 2016); both aspire to regional leadership roles (Flemes and Wojczewski 2010), and both countries have made efforts to improve access to higher education for historically excluded student populations (Akoojee and Nkomo 2011). Moreover, public universities in both countries must strike a balance between the imperative of global competition (e.g.…”

Política Externa Brasileira, Cooperação Sul-Sul E Educação Superior: O Caso Do Programa Estudante-Convênio De Graduação

“…A defesa de temas não relacionados a interesses imediatos também foi realçada, em parte como estratégia de soft power 3 (VALENÇA; CARVALHO, 2014; FLEMES; SARAIVA, 2014). Milani et al (2016), a partir de dados do Instituto de Pesquisa Econô-mica Aplicada (Ipea) e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), apresentam um panorama da atuação do Brasil como doador na cooperação para o desenvolvimento. Os principais destinos foram países latino-americanos (68,1%) e africanos (22,6%).…”

Paradiplomacy, Security Policies and City Networks: the Case of the Mercocities Citizen Security Thematic Unit

“…There are also papers, dissertations and theses dealing with these themes in the Brazilian academic literature, linked to IR studies, and featuring authors such as Marin (2011), Oliveira (2013, Mello (2013), Milani and Lopes (2014), and Rodrigues and Mattioli (2016). These studies examine how public policies are transferred or diffused, and which actors and mechanisms are involved in the process.…”