2009
DOI: 10.1590/s0103-21862009000100004
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As análises da memória militar sobre a ditadura: balanço e possibilidades

Abstract: Estudos baseados em fontes orais têm possibilitado boas reflexões sobre a ditadura implantada no Brasil em 1964. Entre elas, tem recebido especial atenção a memória dos militares partícipes do regime. De maneira inversa, a memória dos militares cassados tem recebido pouca atenção. Este artigo faz um balanço das principais análises da memória militar sobre a ditadura, tentando apresentar seus limites e levantar questões para o enriquecimento dos estudos sobre o tema.

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“…No transcurso dessas duas décadas em que as Forças Armadas brasileiras foram responsáveis pela condução da maioria dos processos administrativos, políticos e econômicos no Brasil, uma série de outras ordens da vida social foi afetada, inclusive as que tangem aos exercícios profissionais das mais diversas categorias (Cf. MATTOS, 2009;VASCONCELOS, 2009). Essa posição de controle assumida pelas Forças Armadas diz respeito às influências do período histórico imediato que antecedeu (e motivou) a instauração de diversas ditaduras militares em vários países da América Latina, como nos diz Quadrat (2012):…”
Section: Construção Da Psicologia No Brasilunclassified
“…No transcurso dessas duas décadas em que as Forças Armadas brasileiras foram responsáveis pela condução da maioria dos processos administrativos, políticos e econômicos no Brasil, uma série de outras ordens da vida social foi afetada, inclusive as que tangem aos exercícios profissionais das mais diversas categorias (Cf. MATTOS, 2009;VASCONCELOS, 2009). Essa posição de controle assumida pelas Forças Armadas diz respeito às influências do período histórico imediato que antecedeu (e motivou) a instauração de diversas ditaduras militares em vários países da América Latina, como nos diz Quadrat (2012):…”
Section: Construção Da Psicologia No Brasilunclassified
“…O biógrafo procura relatar uma espécie de subserviência ou passividade de Miguel Costa em reconhecer a superioridade e a genialidade de Prestes 99 :Ele prestigia com a força do seu nome, é o primeiro a reconhecer que diante de Prestes estão diante de um fenômeno de exceção. A figura de Miguel Costa, amiga, do general de tantas vitórias, ídolo dos soldados paulistas, homem de caráter reto, de extrema popularidade, nunca cresce e sobe tanto como ao reconhecer e apoiar o gênio dePrestes (AMADO, 2011, p. 116).98 CláudioVasconcelos (2009) fala em esquecimento passivo (fruto de limitações humanas) e em esquecimento deliberado (um projeto político ou a dificuldade em lidar com determinados traumas).99 A minimização nas tensões entre Prestes e Miguel Costa pode ainda ser exemplificada na abordagem de JorgeAmado (2011) no tratamento que deu a Miguel Costa durante a Revolução de 1930, quando os dois romperam; ou quando ambos se reaproximaram enquanto lideranças da Aliança Nacional Libertadora, em 1935: "nos dias da Aliança, no ano do povo do Brasil, no ano de 35, novamente ele vem nos braços do povo. Novamente ao lado de Prestes aquela sua comovente admiração e confiança em outro general" (AMADO, 2011, p. 186).…”
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