Nas páginas seguintes, o leitor encontrará o resultado de um trabalho coletivo, de um esforço conjunto, de uma parceria de energias, produzido pelo incentivo e pela força de muitas pessoas e instituições importantes nestes últimos anos.Primeiramente, afirmo que os defeitos encontrados neste trabalho devem ser creditados a mim, porém, os méritos que porventura existiam, devem ser atribuídos, em primeiro lugar, à professora doutora Ângela Meirelles de Oliveira (USP/UNIOESTE), que, como orientadora, nutriu desde cedo a mais completa atenção e vivo interesse pelo tema, aprendendo juntamente comigo este prazeroso e, ao mesmo tempo, tumultuoso processo de análise biográfica. Seus cortes precisos e suas sugestões contundentes foram imprescindíveis para uma formatação confortável deste trabalho. Desta forma, agradeço bastante pelo seu estímulo intelectual generoso e paciente.Devo agradecer à banca de qualificação, em nome dos professores Gabriela Pellegrino Soares (USP) e Benito Bisso Schmidt (UFRGS), pelas observações e comentários, muitas vezes cirúrgicos -, bem como ao professor Wilton Carlos Lima da Silva (UNESP-Assis), membro da banca de defesa, como os outros dois, que através destes últimos anos me conduziu com bom humor em várias "sacadas" sobre os caminhos turbulentos do campo biográfico na historiografia.Agradeço muitíssimo à minha esposa, Thuca Kércia, e à minha filha, Clarice Gaudêncio, companheiras das horas felizes e amargas, que foram solidárias comigo nas inúmeras dificuldades angustiantes nestes "tempos pandemônicos". Desta maneira, agradeço pela força e o carinho despendidos em meio ao caos que foi escrever boa parte final desta tese em meio à pandemia de Covid-19, em 2020/2021. Aos meus colegas de doutorado, em especial os amigos Robson Victor, Rosildo Brito e Janailson Macedo, pelo companheirismo e boas experiências vividas na cidade de São Paulo no primeiro semestre de 2018, cúmplices ideais nos passeios pela apaixonante capital paulista, nos sebos, teatros, livrarias, etc. Vocês foram meus irmãos no momento em que estive longe de casa. RESUMOGAUDÊNCIO, Bruno Rafael de Albuquerque. A política da memória na construção biográfica de Luiz Carlos Prestes . 2021. Tese
A partir da leitura do livro O Bagageiro de Stalin, publicado em 1946 pela Editora Moderna, do Rio de Janeiro, de autoria do jornalista e político Benedito Mergulhão (1901-1966), pretendemos compreender as condições que possibilitaram as críticas do autor ao comunismo no contexto do Pós-Segunda Guerra, enfatizando as denúncias dedicadas ao político Luiz Carlos Prestes (1898-1990), na época elevado pela esquerda à categoria de mito político revolucionário brasileiro. Para isso, realizamos dois movimentos complementares, de crítica interna/externa, primeiramente analisando o lugar social do autor (CERTEAU, 2008) e em seguida o contexto brasileiro e internacional dos anos 1940; em um segundo momento investigamos o anticomunismo como uma estrutura de sentimento (WILLIAMS, 1979) presente na obra que compreendeu Luiz Carlos Prestes como um emblema do comunismo e do anticomunismo do período.
Este artigo apresenta os resultados de uma investigação sobre o processo de negociação biográfica a partir de quatro diferentes biografias do líder comunista Luiz Carlos Prestes. Observaremos a disputa por memórias na construção da biografia do “Cavaleiro da Esperança” enquanto reflexo dos meandros das investidas biográficas que partem dos respectivos tempos e lugares de produção de seus autores, a saber: Jorge Amado, Boris Koval, Daniel Aarão Reis Filho e Anita Leocadia Prestes.
O objetivo deste artigo é analisar como os três biógrafos – Jorge Amado (2011), Daniel Aarão Reis Filho (2014) e Anita Leocadia Prestes (2015) – construíram narrativas sobre as primeiras décadas de vida de Luiz Carlos Prestes (1898-1990), comparando as abordagens sobre as origens familiares e geográficas. Com isso, procuramos alcançar os seguintes pontos de abordagem dentro do processo de construção da memória biográfica de Prestes: o processo de pertencimento da origem geográfica (identidade gaúcha), a construção das origens familiares e a ascendência do biografado. Para isso, dentro de uma perspectiva da história biográfica e política, dialogamos com os autores Paul Ricoeur (2010), Sérgio Vilas Boas (2008), Raoul Girardet (1987) e Jorge Ferreira (2002).
A partir de uma análise do livro Viva o Povo Brasileiro, do escritor João Ubaldo Ribeiro (1941-2014), entendemos que um diálogo pode ser estabelecido acerca das noções de nação e identidade nacional a partir deste romance publicado em 1984, isto é, ainda no contexto do período militar no Brasil. Neste trabalho, entendemos que problematizar tais noções significa buscar a sua abrangência para além dos significados conferidos pela historiografia e teoria social, propondo uma relação entre história, literatura e conhecimento sociológico presente no desafio de pensar a construção de uma nação a partir da identidade nacional construída junto de personagens, cronologias e ambientes narrativos. Ao entrecruzar estas noções, pensamos tanto nas estruturas narrativas do romance como no modo como estas são trabalhadas, principalmente, a partir de um diálogo com Paul Ricouer, Benedict Anderson, Eric Hobsbawn, Hayden White e Antônio Candido.
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