Testes físico-mecânicos e físico-químicos do couro da tilápia vermelha

Abstract

RESUMORealizaram-se testes físico-mecânicos e físico-químicos em couro de tilápia vermelha (Oreochromis spp.) a fim de testar a sua resistência. As amostras foram distribuídas em delineamento inteiramente ao acaso com dois tratamentos: no T1, procedeu-se à retirada do corpo-de-prova no sentido longitudinal e, no T2, à retirada do corpo-de-prova no sentido transversal. Para os testes de determinação da resistência à tração, alongamento e rasgamento progressivo, foi utilizado o dinamômetro EMIC, com velocidade de afastamento entre as cargas de 100  20mm/min, em ambiente climatizado (± 23ºC e UR do ar de 50%), por 24 horas. A espessura do couro variou de 0,61 a 0,75mm, mas não houve diferença entre os sentidos analisados. O couro apresentou maior resistência à tração no sentido transversal, 25,89N/mm 2 , (P<0,01), comparado ao sentido longitudinal, 14,20 N/mm 2 . O alongamento foi significativamente (P<0,05) maior no sentido longitudinal, 80,8%, em relação ao transversal, 62,6%. Não houve diferença para o rasgamento progressivo entre os tratamentos. O couro apresentou teor de óxido de cromo de 3,8%, graxa de 15,1% e pH e cifra diferencial de 3,5 e 0,5, respectivamente. Os valores nos testes de resistência e físico-químicos apresentados pelo couro indicam que ele pode ser utilizado para a confecção de vestuário e artefatos de couro em geral.Palavras-chave: tilápia, couro, resistência, qualidade, fibras colágenas ABSTRACT Physical-mechanical and physical-chemical tests were carried out on red tilapia leather. They were distributed in a completely randomized design with two treatments: T1 = longitudinal body of proof; T2 = transversal body of proof. It was used the EMIC dynamometer for the tests of resistance to traction and

Qualidade de resistência de peles de tilápia e salmão submetidas ao processo de curtimento com tanino vegetal

“…Franco (2011) relatou que no processo de filetagem, a pele de peixe, representa em média 7,5% do seu peso total e, é considerado um subproduto que pode ser beneficiado por um processo de curtimento e transformado a pele em couro, um material imputrescível e resistente. Há fatores que podem estar relacionados com a resistência do couro que vão desde os relacionados ao peixe (espécie, idade, peso, Research, Society and Development, v. 10, n. 8, e43910817242, 2021 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17242 comprimento, quanto ao sentido transversal ou longitudinal de retirada do corpo de prova, associada a estrutura histológica da pele), conservação, armazenamento, tipo de processo de curtimento utilizado para transformer as peles em couros, entre outros (Godoy et al, 2010;Franco et al, 2013).…”

Resistência do couro de tilápia do Nilo submetido a diferentes processos de curtimento

“…Com relação à espessura das peles nos corpos de prova submetidos ao rasgamento progressivo, os mesmos tiveram diferenças observadas para cada região corporal, dorsal e ventral. A espessura observada na presente experiência, é semelhante à espessura verificada por Godoy et al (2010) para o couro de tilápias vermelhas, quando retirados os corpos de prova nos sentidos longitudinal e transversal, porém os autores não verificaram diferenças significativas. Franco et al (2013) verificaram que a espessura do couro da tilápia é de 0,65 mm, próximo ao descrito na presente pesquisa.…”

“…Diversos são os fatores que podem afetar a resistência do couro de peixes, dentre eles, técnicas aplicadas no curtimento e engraxe, (Godoy et al, 2010). Durante as etapas da transformação da pele em couro, a primeira delas é a eliminação dos restos de carne que ficam aderentes sob a pele.…”

Análises mecânicas e físico-químicas de couros de tilápia, cachara e salmão

“…Os resultados de rasgamento progressivo para tilápia foi superior ao descrito por Souza et al (2006) e Godoy et al (2010), estes autores encontraram valores de 27,91 (tilápia do Nilo) e 18,6 N/mm (tilápia vermelha) respectivamente, utilizando a técnica de curtimento com cromo e com corpos-de-prova retirados no sentido longitudinal. Souza et al (2014) realizaram testes de resistência para couros de cachara que permaneceram em diferentes tempos de caleiro e encontraram valores inferiores para o rasgo (56,61 N/mm) em peles que pernoitaram no caleiro, assim como o realizado neste estudo.…”

“…Diferentes técnicas de curtimento (Souza e Silva, 2005) e métodos de remoção da pele (Souza et al, 2006), testes físico-químicos (Godoy et al, 2010), testes mecânicos (Souza et al, 2007) uso de taninos vegetais e sintéticos (Vieira et al, 2008) já foram relatados na literatura. Por outro lado, ressalta-se que trabalhos utilizando a pele de cachara (Souza et al, 2014) e salmão (Franco et al, 2013) são escassos e ainda não há uma formulação definida para estas espécies.…”