Nota sobre "O vício da virtude"

Ferro, Sérgio Pessoa

doi:10.1590/s0101-33002006000300012

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“…No entanto, para Sérgio Ferro (2006), a autoconstrução é resultado quase que obrigatório -assim como a autocostura, a autocozinha, a automedicina -da baixa de salários e não o contrário. Por sua vez, a baixa de salários seria causada pela crescente oferta do "exército de reserva de força de trabalho", também identificada por Francisco de Assim, e apesar da ínfima produção (comparativamente à produção do mercado e às metas estabelecidas), o programa aqui destacado, voltado às associações, cooperativas e outras entidades sociais, vem mobilizando os históricos movimentos de luta por moradia do país.…”

Section:  Anos 2000: Autogestão Revisitadaunclassified

Minha Casa Minha Vida Entidades: entre os direitos, as urgências e os negócios

Camargo¹

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This research analyzes the housing production linked to the My Home, My Life-Minha Casa Minha Vida (MCMV)-"Entities" modality, a modality "struggled" in the context of MCMV program, mainly trough the interactions between the housing social movements of national coordination and federal government. Although its production is quantitative negligible if compared to the program net production, the presence and permanence of such kind is of paradigmatic political dimension, based on tradition of self-managed housing policies, involving the most representative social movements fighting for housing and urban reform in the country. The essay's first made point is the realization that the operational design of the program and its implementation context lead to new institutional arrangements and relationships between levels of government, financial agents, builders, nonprofit organizers and technical advisory services; and between those agents and beneficiaries of the program, the future users of housing and urban product. The research reveals that the official data produced by the government are not enough to demonstrate the long, slow and full of mishaps processes by which entities pass until the projects are contracted. It is noted that the program unveils a network of relationships where entities stand out and get mixed together, arising from social movements with social organizations from different origins and natures that make up their institutional and organizational character in a way very focused in housing production. In addition, the essays points to the inexorable fact that the MCMV Entities activates market practices which articulate the agents of the program around a race for a "brand", physically and symbolically expressed in manufactured housing. From this perspective, the research works on the hypothesis that its production and urban developments, especially in the (re) configuration of the peripheral territories, insert the MCMV entities in the social policy framework of contemporary Brazil, and brings the program closer to the financialization context of housing and the city.

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Section:  Anos 2000: Autogestão Revisitadaunclassified

Minha Casa Minha Vida Entidades: entre os direitos, as urgências e os negócios

Camargo¹

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“…Enquanto em outros setores da economia os bancos públicos constituíam-se como um dos agentes do processo, no caso da habitação e infra-estrutura urbana, o Banco Nacional de Habitação constituiu-se como a estrutura central para o desenvolvimento do Estado na área social 29 , atraindo e ordenando recursos a serem investidos na infra-estrutura social. O Sistema Nacional de Habitação e Saneamento foi construído seguindo tendência de um 27 Para uma discussão detalhada do tema, vide especialmente FERRO, 2006, e VARGAS, 1994 . Na época, enquanto modelo de gestão, centralizou-se a formulação de políticas públicas e a arrecadação dos recursos no Banco Nacional de , através da instituição do Serviço Federal de Habitação e Urbanismo -SERFHAU.…”

Section: A Constituição Das Burocracias E O Pensamento Tecnocrático: unclassified

A prática dos movimentos de moradia na produção do espaço da cidade de São Paulo: os limites da participação e a (im)possibilidade de emancipação

Santos¹

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A prática dos movimentos de moradia na Produção do Espaço da cidade de São Paulo: os limites da participação e a (im)possibilidade de emancipação São Paulo 2010Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. E-MAIL: andreluiz1976@uol.com.br, alts1976@hotmail.com . Santos, André Luiz Teixeira dos S237pA prática dos movimentos de moradia na produção do espaço da cidade de São Paulo: os limites da participação e a (im)possibilidade de emancipação / André Luiz Teixeira dos Santos. --São Paulo, 2010. 454 p. : il. Tese (Doutorado -Área de Concentração: Habitat) -FAUUSP. Orientadora: Maria Lúcia Refinetti Martins.1.Movimentos sociais urbanos -São Paulo (SP) 2.Política habitacional 3.Habitação Popular I. DEDICATÓRIA E AGRADECIMENTOSPreciso confessar, nunca dei a mínima importância para os agradecimentos e dedicatórias. Em prova de que o diálogo redimensiona, um amigo um dia ironizou que era esta a parte mais importante de um livro, ao ponto da escolha do livro passar pelo teor dos agradecimentos: eles, em certa medida, revelam que é a pessoa que iremos nos defrontar e dialogar no processo de leitura. E o pior, comecei a sempre ler tudo que passe pela mínima idéia de agradecimento e dedicatória nos livros. Dedico o trabalho a minha família, apoio fundamental, reconhecimento que só é percebido nos momentos mais difíceis da vida. Dedico especialmente a Ana Beatriz. Pois é, logo serei padrinho. E minha mãe, meu pai, sempre. Inicialmente agradeço o apoio institucional do BNDES, no âmbito do Programa de Extensão Universitária. Agradeço aos companheiros que conquistei no percurso profissional. Aos sempre carinhosos amigos de Santo André -Débora, Dânia, Soraya -aos amigos do Incra -Priscila, Sabrina (e Anita) -do BNDES -Vanessa, Leo, Agostinho, Henrique, Marcos, Wanderley -e das assessorias -Leandro, Bia, Taís, Caio, Pedro. O trabalho que aqui se encontra não seria possível sem o apoio da USP. Agradeço a orientadora Malu, pelo profissionalismo, as críticas contundentes, a garantia do rumo correto nos momentos de dúvida e o apoio cotidiano, sem os quais a pesquisa não se viabilizaria. Também não posso deixar de agradecer aos meus orientadores do mestrado, Cecília Loschiavo, e do TFG, Reginaldo Ronconi e Oseki, que compõem a minha formação. Agradeço aos amigos de vários rumos seguidos, a Camila Maleronka, a Márcia Itani, a Márcia Hirata, a Andréa Straccia, o André Lopes. Aos amigos que ficaram em São Paulo, Marcelo, Andrezinha, Andrezona. Aos novos amigos do Rio. Aos amigos do Grão, palco de tantos sonhos e frustrações, que de alguma forma talvez tenham dado em algo: o Paulo, a Fabi, a Valéria Bonfim, Luciana Itikawa. Em destaque, agradeço as amigas Walkíria e Lílian, espelho constante para a vida. Ao Mateus, pelo apoio rotineiro, especialmente nos momentos que parecia mais fácil desistir. Ao Rodrigo, suas longas conversas, que acabam por melhorar um e outro. Aos companheiros dos movimentos de moradia,...

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“…11 Na publicação de 1993 previamente mencionada, a palavra "servente" não está presente. Entretanto, a palavra aparece em citação direta de (FERRO, [1969(FERRO, [ ] 2006) desse mesmo trecho. Não sabemos se houve uma supressão do termo na publicação de 1993, ou uma adição feita pelo autor que os referenciou; de qualquer maneira, achamos pertinente incluí-la por ser coerente com o sentido das ideias veiculadas pelos autores.…”

Section: Industrialização Autoconstrução E Periferiaunclassified

“…Valendo-se dos dados coletados em campo pela pesquisa de Sampaio e Lemos, o trabalho de Ferro identificou no fenômeno da produção da casa popular (autoconstrução) categorias de inspiração mais nítida e rigorosamente marxistas. Os moradoresconstrutores entendidos como operários, força de trabalho urbana, teriam na sua condição de classe o aspecto mais definidor do processo de produção da casa popular: a baixa remuneração média da classe trabalhadora à época explicava a utilização dos materiais de menor preço e a construção de casas com total ausência de enfeites ou excessos, que serviriam para cumprir meramente a função de "abrigo puro e elementar dotado exclusivamente do indispensável" (FERRO, [1969(FERRO, [ ] 2006. Seria também o caráter incerto da disponibilidade de recursos somado ao seu tempo parcelado que faria o autoconstrutor recorrer à técnicas adequadas ao seu contexto: baratas, com baixa utilização de equipamentos complexos e que permitissem um trabalho fragmentado, exemplificado pelo autor pelo "empilhar de tijolos" (p. 63), que poderia ser interrompido e retomado a qualquer momento, além de consistir em técnica construtiva mais simples, de fácil apreensão e difusão.…”

Section: A Casa Popular De Sérgio Ferrounclassified

“…A produção aparentemente marginal revela o sistema totalmente inclusivo. (FERRO, [1969(FERRO, [ ] 2006 Autoconstrução como base para a crítica à razão dualista de Francisco de Oliveira O contato entre o arquiteto e urbanista com o sociólogo Francisco de Oliveira no âmbito de uma pesquisa é relatado por esse último em uma conferência realizada em 2004 e publicada em 2006. De acordo com Oliveira, tratou-se de um cruzamento de caminhos de pesquisa que viria a ser muito importante em sua obra:…”

Section: A Casa Popular De Sérgio Ferrounclassified

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Autoconstrução formas e fôrmas: um olhar sobre seus canteiros e processos de produção em São Paulo, anos 2010

Cabral¹

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SELF-CONSTRUCTION, FORMS AND FORMWORKS: an approach to its building sites in São Paulo in the 2010sThis research aims to update the discussion on self-built housing, focusing on the study of the phenomenon in popular settlements in the metropolis of São Paulo in the 2010s. Self-building is understood as a productive process which results in housing, with characteristics that we seek to better understand: the logics of its building sites, the arrangement of its agents and the relations between them, the construction techniques, the organization of labour, its social and economic insertion. Bibliographic and empirical research are used, using methods such as interviews with agents involved in self-construction. Firstly, we discuss the researches held in Brazil from the late 1960s onwards, in a context of industrial and urban expansion -two processes that explain and are explained by the self-building of housing. The formulations of another strand of debate are also explored, which understands self-construction as an part of the process of introduction of capitalist relations in the construction chain and, also, of the production of the constructed space, defining it as a form of housing production. Since then, the Brazilian context has changed: one can speak of a decrease in land subdivision for the low income-strata and an increase in the number of squatter settlements and slums, loss of explanatory force for urban growth by the centerperiphery model, as well as the intensification of the deregulation process of work relations. That said, we understand that self-construction, as a historically determined form of housing production, must be contextualized. Furthermore, it is understood that, in addition to the categories that define it as a form of housing production, self-construction should be understood as part of the universe of non-regulated housing production, constituted by the production processes that occur without state regulation of the urbanistic scope, as well as of the labor relations implied. The results of the interviews are exposed according to four spheres of analysis, which are related to activities and moments in the production process. They are: [1] Origination of Production and Initial Planning; [2] Supply of Materials; [3] Execution; and [4] Provision of Financial Resources. It is noticed that self-construction is a form of housing production with many porosities, which implies in a high level of entanglement of the spheres of analysis used for its understanding. There are also important overlaps with other forms of housing production such as production for the market, blurring the boundaries between the forms that can, nevertheless, generally be differentiated. Self-construction can be based on both unpaid domestic work and informally paid work, and it is understood that the concept of "viração" structures this form of production, with the precariousness of work and socioeconomic conditions being a common characteristic of several agents, such as residents and self-employed builders. Finally...

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Nota sobre "O vício da virtude"

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Minha Casa Minha Vida Entidades: entre os direitos, as urgências e os negócios

Minha Casa Minha Vida Entidades: entre os direitos, as urgências e os negócios

A prática dos movimentos de moradia na produção do espaço da cidade de São Paulo: os limites da participação e a (im)possibilidade de emancipação

Autoconstrução formas e fôrmas: um olhar sobre seus canteiros e processos de produção em São Paulo, anos 2010

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