1997
DOI: 10.1590/s0101-32621997000200002
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Antropologia e educação: Origens de um diálogo

Abstract: Antropologia e educação constituem hoje, um campo de confrontação em que a compartimentação do saber atribui à antropologia a condição de ciência e a educação, a condição de prática. Dentro dessa divergência primordial, profissionais de ambos os lados se acusam e se defendem com base em pré-noções, práticas reducionistas e muito desconhecimento. Muitas coisas separam antropólogos e educadores, mas muitas outras os une. Neste texto, busca-se ressaltar o que há de comum e de diferente em ambas as áreas com base … Show more

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“…Esses novos (velhos) contextos têm exigido a construção de olhares interdisciplinares acerca desses muitos fenômenos, como nos tem apresentado Gusmão (1997;, Consorte (1997), Tosta (2014), , Rocha e Tosta (2009), Tosta e Rocha (2014), Lopes da Silva (2001a;2001b), Dauster (1996;, Vieira (2012;, Wulf (2005), Valente (1996), Oliveira (2012;2013a;2013b;2013c) e Gomes (2014) quando refletem acerca da Práxis Educacional e-ISSN 2178-2679 114 necessidade de um diálogo entre antropologia e educação que seja capaz, ao mesmo tempo, de refinar e deslocar o olhar da antropologia e de produzir entendimentos acerca dos processos educativos que se dão nos mais variados contextos sociais/culturais. Todavia, mesmo diante de sua "vocação interdisciplinar" (STOCKING, 2002), a antropologia parece ter negligenciado ou subvalorizado o "fenômeno educação".…”
Section: Para Início De Conversa Ou Porque Pensar a Relação Entre Antunclassified
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“…Esses novos (velhos) contextos têm exigido a construção de olhares interdisciplinares acerca desses muitos fenômenos, como nos tem apresentado Gusmão (1997;, Consorte (1997), Tosta (2014), , Rocha e Tosta (2009), Tosta e Rocha (2014), Lopes da Silva (2001a;2001b), Dauster (1996;, Vieira (2012;, Wulf (2005), Valente (1996), Oliveira (2012;2013a;2013b;2013c) e Gomes (2014) quando refletem acerca da Práxis Educacional e-ISSN 2178-2679 114 necessidade de um diálogo entre antropologia e educação que seja capaz, ao mesmo tempo, de refinar e deslocar o olhar da antropologia e de produzir entendimentos acerca dos processos educativos que se dão nos mais variados contextos sociais/culturais. Todavia, mesmo diante de sua "vocação interdisciplinar" (STOCKING, 2002), a antropologia parece ter negligenciado ou subvalorizado o "fenômeno educação".…”
Section: Para Início De Conversa Ou Porque Pensar a Relação Entre Antunclassified
“…As possibilidades de realização de um trabalho profícuo nas interfaces entre a antropologia e educação têm sido exploradas há tempo, contudo marcadas por certo distanciamento espaço temporal e descontinuidade, como demonstraram Gusmão (1997Gusmão ( , 2003, Consorte (1997), Valente (1996Valente ( , 2003, Rocha e Tosta (2009) Quase sempre a forma propedêutica de retomar esse debate ou diálogo entre antropologia e educação é remeter-se ao contexto do culturalismo boasiano, especialmente às pesquisas realizadas por Margareth Mead, Gregory Bateson (Samoa, Nova Guiné, Bali, Iatmul, EUA) e Ruth Benedict (movimento que tem sido feito, também, por estudiosos da antropologia da criança). Não temos a pretensão de recuperar esse debate, já realizado por Cohn (2000aCohn ( , 2000bCohn ( , 2002Cohn ( , 2005, Tassinari (2007), Pires (2008) e Rocha (2012.…”
Section: Para Início De Conversa Ou Porque Pensar a Relação Entre Antunclassified
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“…É principalmente por meio dessa mudança de olhar que temos um delineamento mais claro do encontro da Antropologia com a Educação, o que no Brasil passa a ser sentido de forma mais enfática a partir dos anos de 1970, com os estudos de comunidade (GUSMÃO, 1997). É válido pontuar que no Brasil, ainda no início do século XX, houve a abertura dos primeiros laboratórios de Antropologia e psicologia pedagógica junto às Escolas Normais, ligados principalmente a uma tradição intelectual da Antropologia física, mas que é solenemente esquecido quando se pensa a história da Antropologia brasileira (OLIVEIRA, A., 2012).…”
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“…Caso contrário, não será possível entender o papel emancipador da educação nas sociedades atuais, caracterizadas como pluriculturais e complexas. Gusmão (1997), assim como outros autores que discutem a educação a partir da relação entre as duas disciplinas, Educação e Antropologia (Dauster, 1997;Souza, 2006;Brandão, 2002Brandão, e 2009Tosta, 2009; Santos e Seixas, s/d), nos alerta sobre as armadilhas presentes na interface e no diálogo entre esses dois campos teóricos, em que a cultura pode ser "entendida como técnica social de manipulação da consciência, da vontade e da ação dos indivíduos, com a fi nalidade de modelar as personalidades humanas dos membros do grupo social" (Gusmão, 1997, p. 7), ou seja, a cultura como instrumento e não como valor em si.…”
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