“…Numa perspectiva de gênero, alguns trabalhos apontam enclaves ao acesso a serviços de saúde por pessoas vivendo com HIV/AIDS, entre eles: baixa percepção de risco de usuários e profissionais de saúde reforçada pela idéia de grupos de risco 30,31,32 conotação da AIDS como doença de um outro social 33,34,35,36 ; ocorrência de lógicas morais discriminatórias que tentam, por exemplo, separar bons e maus portadores do HIV 37 , mulheres de família e mulheres de rua 34,36,37 , e que implicam preocupação constante com a manutenção do status social de mulher fiel e honesta por mulheres vivendo com HIV/ AIDS 34,38 . Alguns trabalhos indicam que mulheres que vivenciam situações de risco explicitadas e não negligenciadas tendem ao diagnóstico precoce e maior sobrevida 32,39 .…”