2011
DOI: 10.1590/s0034-75902011000300006
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Pode o conhecimento em gestão e organização falar português?

Abstract: O objetivo deste artigo é questionar se o conhecimento em gestão e organização (CGO) pode falar um idioma diferente do Inglês e discutir como a hegemonia deste idioma no campo científico tem contribuí-do para a reprodução da mesma lógica colonial que por séculos impediu os nativos de produzirem sentido acerca do que pensavam, falavam e escreviam. Mostramos que o principal instrumento de poder que garante esta hegemonia é o controle dos crité-rios de publicação e circulação do CGO, que tende a marginalizar tudo… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1

Citation Types

0
7
0
12

Year Published

2013
2013
2022
2022

Publication Types

Select...
7

Relationship

1
6

Authors

Journals

citations
Cited by 25 publications
(19 citation statements)
references
References 26 publications
0
7
0
12
Order By: Relevance
“…Para tanto, utilizaram-se os termos 1. colonialismo AND "internacionalização da educação superior" e 2. colonial AND "internacionalização da educação superior", sem restrição temporal. À medida que não emergiram quaisquer resultados, realizaram-se duas buscas mais amplas, com os termos 1. colonialismo AND internacionalização (14 resultados); e 2. colonial AND internacionalização (28 resultados (Saraiva, 2008);  O colonialismo transnacional evidenciado no agronegócio brasileiro contemporâneo (Firmiano, 2010);  A hegemonia da língua inglesa no campo científico e a reprodução da lógica colonial nesse domínio (Rosa & Alves, 2011);  A reprodução do colonialismo nas relações entre China e África (Ouriques & Lui, 2012);  A relação entre a internacionalização dos estudos no Brasil e o lugar tradicionalmente ocupado pelo estrangeiro no processo de reprodução das elites locais (Amorim, 2012);  A colonialidade epistêmica resultante da adoção acrítica de referenciais angloamericanos nos estudos sobre negócios internacionais (Spohr & Alcadipani, 2013);  A hegemonia euro-americana contemporânea na literatura de gestão estratégica e a negligência do debate sobre o capitalismo no contexto de sucessivas crises da globalização neoliberal (Faria, Imasato & Guedes, 2014);  A lógica colonialista da maior parte das pesquisas desenvolvidas a partir da teoria da gestão comparativa (Borim-De-Souza & Segatto, 2015);  A geopolítica do conhecimento e a governança internacional presentes nas grandes áreas de negócios internacionais e gestão internacional (Faria & Guedes, 2015).…”
Section: A Epistemologia Decolonial Nos Estudos Em Internacionalizaçãunclassified
See 1 more Smart Citation
“…Para tanto, utilizaram-se os termos 1. colonialismo AND "internacionalização da educação superior" e 2. colonial AND "internacionalização da educação superior", sem restrição temporal. À medida que não emergiram quaisquer resultados, realizaram-se duas buscas mais amplas, com os termos 1. colonialismo AND internacionalização (14 resultados); e 2. colonial AND internacionalização (28 resultados (Saraiva, 2008);  O colonialismo transnacional evidenciado no agronegócio brasileiro contemporâneo (Firmiano, 2010);  A hegemonia da língua inglesa no campo científico e a reprodução da lógica colonial nesse domínio (Rosa & Alves, 2011);  A reprodução do colonialismo nas relações entre China e África (Ouriques & Lui, 2012);  A relação entre a internacionalização dos estudos no Brasil e o lugar tradicionalmente ocupado pelo estrangeiro no processo de reprodução das elites locais (Amorim, 2012);  A colonialidade epistêmica resultante da adoção acrítica de referenciais angloamericanos nos estudos sobre negócios internacionais (Spohr & Alcadipani, 2013);  A hegemonia euro-americana contemporânea na literatura de gestão estratégica e a negligência do debate sobre o capitalismo no contexto de sucessivas crises da globalização neoliberal (Faria, Imasato & Guedes, 2014);  A lógica colonialista da maior parte das pesquisas desenvolvidas a partir da teoria da gestão comparativa (Borim-De-Souza & Segatto, 2015);  A geopolítica do conhecimento e a governança internacional presentes nas grandes áreas de negócios internacionais e gestão internacional (Faria & Guedes, 2015).…”
Section: A Epistemologia Decolonial Nos Estudos Em Internacionalizaçãunclassified
“…Apesar de não terem sido localizados artigos brasileiros que relacionassem especificamente a decolonialidade ao fenômeno da internacionalização da educação superior, os estudos identificados suscitam possibilidades promissoras para a utilização dessa abordagem, sobretudo porque a maioria deles (Cervo, 2008;Rosa & Alves, 2011;Amorim, 2012;Spohr & Alcadipani, 2013;Faria, Imasato & Guedes, 2014;Borim-De-Souza & Segatto, 2015;Faria & Guedes, 2015) trata da hegemonia da perspectiva eurocêntrica/euro-americana em diferentes campos científicos. Uma segunda pesquisa, na base de dados Scopus…”
Section: A Epistemologia Decolonial Nos Estudos Em Internacionalizaçãunclassified
“…This domination is due to the tendency of the scientific community to publish in high-impact journals, which depends directly on the number of times articles published in it are cited in other works, expanding the publications in English and their possibilities of being used as reference. In a study carried out by Rosa and Alves (2011) on the journals classified in the CAPES Qualis system, it was concluded that among the most valued periodicals, 97% of them are edited in English and only 3% in other languages. In this sense, it is difficult for a research done in another language to circulate in the academic circuit.…”
Section: The Role Of the Media In Preventing And Reducing Risksmentioning
confidence: 99%
“…This has been the case for management scholarship, where the influence of English speaking journals has deepened in the same level as Anglophone business schools. At the institutional level, most countries have adopted patterns of "international scientific production" that generate evaluation rankings that grant higher points to "international" publications, necessarily written in English (Rosa & Alves, 2011). Internationalization of the higher education sector and the weakening of local and national traditions have accelerated the use of English in non-Anglophone management academic environments, resulting in the majority of work activities being increasingly structured and performed in English, and the emergence of an "international faculty" that is fluent in English and creates knowledge almost exclusively through English (Tietze, 2008).…”
mentioning
confidence: 99%
“…Internationalization of the higher education sector and the weakening of local and national traditions have accelerated the use of English in non-Anglophone management academic environments, resulting in the majority of work activities being increasingly structured and performed in English, and the emergence of an "international faculty" that is fluent in English and creates knowledge almost exclusively through English (Tietze, 2008). Indeed, their careers are linked to their mastery of English (Tietze, 2008;Rosa & Alves, 2011). This has been not only a question of molding papers according to international standards, but it is also especially an issue of neglecting other mass spoken languages such as Mandarin, Spanish, Arabic, Hindi, Russian, Portuguese, and French, which altogether comprehend a universe of 3 billion people.…”
mentioning
confidence: 99%