2008
DOI: 10.1590/s0034-73292008000100005
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

A África na ordem internacional do século XXI: mudanças epidérmicas ou ensaios de autonomia decisória?

Abstract: IntroduçãoO objetivo do presente artigo é o de suscitar novos conceitos acerca do lugar da África na ordem internacional que se desenha no início do século XXI. 1Merecerão destaque as atuais formas de inserção internacional dos seus Estados nacionais, criadas de dentro para fora das soberanias africanas, bem como o envolvimento crescente de antigos e novos atores globais que participam, de forma interessada e crescente, na gestação do futuro daquele continente. 2A hipótese aqui examinada é a de que o continent… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1

Citation Types

0
2
0
8

Year Published

2013
2013
2019
2019

Publication Types

Select...
4
2

Relationship

0
6

Authors

Journals

citations
Cited by 9 publications
(10 citation statements)
references
References 0 publications
0
2
0
8
Order By: Relevance
“…After 2013, the participations of Africa and Asia reach levels higher than 20% and 25%, respectively (see Chart 15). This growth occurs in concomitance with two other phenomena identified by international studies: (i) The 'African rebirth;' (Saraiva 2008) and (ii) the coming of age of the 'Asian century' (Rachman 2013).…”
mentioning
confidence: 79%
See 1 more Smart Citation
“…After 2013, the participations of Africa and Asia reach levels higher than 20% and 25%, respectively (see Chart 15). This growth occurs in concomitance with two other phenomena identified by international studies: (i) The 'African rebirth;' (Saraiva 2008) and (ii) the coming of age of the 'Asian century' (Rachman 2013).…”
mentioning
confidence: 79%
“…The African rebirth from the 2000s features the gradual consolidation of democratic institutions, the containment of armed conflicts along with economic growth, leading to greater trust in political and economic elites. These factors back up the increased participation of African countries in international politics (Saraiva 2008). However, it is not possible to ascribe this growth in participation to any specific country, as is shown by the proximity between median and arithmetic mean values for African nations (see Table 8).…”
mentioning
confidence: 99%
“…Para tanto, utilizaram-se os termos 1. colonialismo AND "internacionalização da educação superior" e 2. colonial AND "internacionalização da educação superior", sem restrição temporal. À medida que não emergiram quaisquer resultados, realizaram-se duas buscas mais amplas, com os termos 1. colonialismo AND internacionalização (14 resultados); e 2. colonial AND internacionalização (28 resultados (Saraiva, 2008);  O colonialismo transnacional evidenciado no agronegócio brasileiro contemporâneo (Firmiano, 2010);  A hegemonia da língua inglesa no campo científico e a reprodução da lógica colonial nesse domínio (Rosa & Alves, 2011);  A reprodução do colonialismo nas relações entre China e África (Ouriques & Lui, 2012);  A relação entre a internacionalização dos estudos no Brasil e o lugar tradicionalmente ocupado pelo estrangeiro no processo de reprodução das elites locais (Amorim, 2012);  A colonialidade epistêmica resultante da adoção acrítica de referenciais angloamericanos nos estudos sobre negócios internacionais (Spohr & Alcadipani, 2013);  A hegemonia euro-americana contemporânea na literatura de gestão estratégica e a negligência do debate sobre o capitalismo no contexto de sucessivas crises da globalização neoliberal (Faria, Imasato & Guedes, 2014);  A lógica colonialista da maior parte das pesquisas desenvolvidas a partir da teoria da gestão comparativa (Borim-De-Souza & Segatto, 2015);  A geopolítica do conhecimento e a governança internacional presentes nas grandes áreas de negócios internacionais e gestão internacional (Faria & Guedes, 2015).…”
Section: A Epistemologia Decolonial Nos Estudos Em Internacionalizaçãunclassified
“…Ela está no centro de uma concorrência fortíssima de interesses e interessados de todas partes do globo. Se os investimentos externos diretos crescem de forma consistente, oriundos tanto das grandes empresas financeiras e produtivas, é também verdade que esses investimentos estão dirigidos por certa lógica de ocupação territorial e estratégica da África por grandes potências, instituições multilaterais e influentes grupos econômicos globais ancorados em bases estatais.‖ (Saraiva 2008) E, no caso dos Estados africanos, Saraiva (2010) afirma que a África como um todo deve superar quatro desafios históricos, quais sejam: primeiro, as -baixas taxas de alternância de poder dentro do continente‖ que induzem a -regimes dúbios e governos, passando por um processo de institucionalização muito lento‖; segundo, a -penetração do narcotráfico internacional‖ associada aos conflitos armados no continente, transformando a África em um corredor de tráfico de pessoas e drogas; terceiro, as barreiras da exclusão social e pobreza, apesar do significativo crescimento econômico nas últimas décadas; e, quarto, as políticas internas, por vezes sustentadas por -ajudas humanitárias‖ que mais promovem continuidades que estimulam mudanças, de certo modo, tornando -dependentes‖ as sociedades africanas de -soluções‖ exógenas a estes Países, minando a autonomia e efetiva independência desses povos.…”
unclassified