Historicamente, na Ciência Política e Relações Internacionais, poucos estudos mobilizaram fatores internacionais no auxílio ao processo de transição, consolidação da democracia e reação às ameaças democráticas na América Latina. Este artigo analisa o papel da Organização dos Estados Americanos (OEA) nesses processos de proteção democrática na região. Nesse sentido, discute-se a atuação da OEA no caso da crise democrática do governo Wasmosy (1993-1996), argumentando que tal ação substantiva demonstrou uma contradição na atuação da OEA e diagnosticou limitações na Resolução 1080, instrumento institucional de proteção democrática naquele momento. A circunstância política no Paraguai demonstrou a contradição de um regime internacional de proteção democrático curativo, que age depois de um golpe confirmado, em uma situação de ação preventiva, quando o golpe não ocorreu, mas precisou ser combatido.
A proteção da internacional da democracia é uma questão de poder. Embora estudos recentes sistematizaram a perspectiva multidimensional do poder nas políticas de proteção democrática, o foco estava nos Estados nacionais. Este artigo enfocou as Organizações Intergovernamentais (OIGs), assumindo-as como atores capazes de projetar poder na política mundial. Primeiro, usamos a tipologia do poder em Barnett e Duvall, declarada como multifacetada e produtora de diferentes políticas e resultados. Segundo, o artigo aplicou essa tipologia observando como os poderes compulsórios, institucionais, estruturais e produtivos aparecem na ação das OIGs. O resultado foi uma análise complexa, multinível e interdisciplinar do fenômeno político.
Considerando a relevância da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e com base nos componentes curriculares para a Geografia desse documento, propomos para este trabalho a construção de um diálogo entre as discussões de gênero e o ensino de Geografia. Para tanto, buscamos evidenciar como a discussão de gênero, ainda que de maneira incipiente, está presente nos componentes curriculares de Geografia. Com esse objetivo, utilizamo-nos da análise documental e do paradigma indiciário para procedermos a análise dos quadros de habilidades e objetos de conhecimento para o 6º, 7º, 8º e 9º anos, a partir dos quais buscamos selecionar e organizar as propostas curriculares da BNCC que possibilitam, dentre outras discussões, o trabalho com gênero. Dentre as possibilidades de trabalho encontradas, podemos dizer que a abordagem de gênero em Geografia, viabiliza uma gama de reflexões sobre as desigualdades sociais em diferentes níveis da sociedade, bem como a produção de novas ações e saberes sobre quaisquer dimensões da existência humana.
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