Como o enfermeiro utiliza o tempo de trabalho numa unidade de internação

Abstract

RESUMO: Os autores realizaram uma pesquisa com a colabora�o de urn grupo de enfermeiros de uma Unidade de Interna�o de urn hospital de ensino. Ap6s a elabora�o do rol de atividades passfveis de serem realizadas pelos enfermeiros em sua jornada de trabalho, foi elaborado urn instrumento para computar 0 tempo de trabalho destin ado as diversas atividades. 0 estudo apresenta dados que corroboram a percep�o da existencia de contradiyoes entre 0 ensino formal x pratica profissional, e procura, por meio da revisao da literatura e de refiexoes acerca dos resultados, apontar altern . ativas de soluyoes para os problemas detectados. ABSTRACT:The authors carried out a research with collaboration of a nurses' group of an University Hospital. After elaboration of activities list by these nurses in their day's work, an instrument was elaborated to compute the expended time with those several activities. The data confirm the authors' perception about the existent contradictions between "formal teaching x professional practice". It intends, by means of literature's revision and reflections about the results, to point out some alternative solutions to resolve the evidented problems. UNITERMOS: Unidade de Interna�o -Atividade do Enfermeiro INTRODUZINDO A QUEST A O DA PESQUISAA motiva9ao inicial para a realiza9ao deste traba lho partiu das experiencias vividas, onde afloram contradi90es, que podem ser verificadas pelo des compasso entre 0 que se ensina na forma9ao dos enfermeiros e 0 que e por eles praticado no exercicio profissional.De uma postura inicial de critica aos enfermeiros por sua possivel incompetencia em cumprir 0 que fora preconizado como 0 seu fazer, postura agora percebi da como ingenua e ate improdutiva, passamos a nos questionar e refletir sobre as possiveis razoes dos mesmos nao conseguirem executar, tanto em nivel qualitativo quanto quantitativo, 0 que muitas vezes por eles era feito ate 0 ultimo semestre do curso, quando cursavam a disciplina Adrninistra9ao Apli cada a Enfermagem.Dessas experiencias vivenciadas, analisadas e refletidas, lentamente emergiram contradi90es entre o que se diz que deve ser realizado pelo enfermeiro e o que e realmente realizado, denotando uma possivel visao idealizada, presente no ensino da enfermagem e do fazer do enfermeiro.

Número de horas de cuidados de enfermagem em unidade de terapia intensiva de adultos

“…Assim, tendo por base estudos que comprovavam a otimização do tempo de assistência de enfermagem quando os pacientes ficavam agrupados de acordo com a complexidade de cuidados necessários, diversas instituições hospitalares começaram a utilizar o conceito de Sistema de Classificação de Pacientes (SCP) e a implantar a forma de organizar e dividir o trabalho denominada de Cuidado Progressivo do Paciente (CPP) (8)(9)(10)(11) .…”

Relação tempo-violência no trabalho de enfermagem em Emergência e Urgência

“…Tais atividades se destinam em geral, a facilitação do serviço dos outros profissionais e não ao cumprimento de metas estabelecidas pela própria profissão. Assim, ao assumi-las, reduzem o tempo de trabalho em suas atuações específicas (17) .…”

Processo de trabalho e atividades educativas de trabalhadores de enfermagem em hospitais públicos

“…A literatura assinala a existência de outro tipo de cisão no processo de trabalho do enfermeiro que se refere à separação entre as dimensões assistencial e gerencial (Felli, Peduzzi, 2005;Hausmann, Peduzzi, 2009;Rossi, Silva, 2005) (Lunardi, Lunardi Filho, Borba, 1994).…”

“…Nas que são para a enfermagem, há as que são planejadas para toda a equipe, e nessas a participação é obrigatória, e aquelas que são direcionadas para unidades específicas. Literatura recente sobre PT do enfermeiro confirma a predominância da dimensão gerencial (Hausmann, Peduzzi, 2009;Lima et al 2000;Lunardi, Lunardi Filho, Borba, 1994;Peduzzi, Anselmi, 2002;Rossi, Silva, 2005;. Os estudos analisam um conjunto de aspectos que permite compreender as características do trabalho do enfermeiro configuradas nas duas últimas décadas, bem como as contradições e tensões presentes nessa prática, cujos desdobramentos vão constituir o PT do enfermeiro nas décadas seguintes.…”

“…Por um lado, o risco das ações serem executadas de forma burocrática, sem estabelecer relação com o cuidado, reduzindo-as ao preenchimento de documentação formal do serviço (Peduzzi, Anselmi, 2002) enfermeiro para a organização e articulação das ações assistenciais (Lunardi, Lunardi Filho, Borba, 1994; e, por outro, como reiteração da divisão técnica e social do trabalho (Almeida, Rocha, 1986;Matos, Pires, 2006;Peduzzi, Anselmi, 2002).…”