Produção de discursos sobre a prevenção do HIV/Aids e da sífilis para gestantes em materiais educativos elaborados por instituições brasileiras (1995 - 2017)

Abstract

<jats:p>Historicamente, as campanhas na mídia e materiais educativos para grupos diversos integram as ações de prevenção à Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). Informado pelas críticas ao uso do Modelo Informacional de Comunicação presente nessas iniciativas, o artigo analisa 14 materiais sobre prevenção das IST/Aids voltados para gestantes, produzidos entre 1995-2017, no Brasil. Foram identificados elementos do contexto de produção (restrito e amplo) e foi examinado o dispositivo de enunciação dessas peças comunicacionais. Segundo os achados, os materiais reiteram a testagem no pré-natal como responsabilidade da mulher. São escassas as informações sobre uso do preservativo na gestação, o papel do parceiro na prevenção e a perspectiva da integralidade no cuidado à saúde. Conclui-se que, na comunicação para mulheres, é necessário contemplar os fatores socioculturais (classe social, cor/raça e normas de gênero) que condicionam a vulnerabilidade ao HIV/Aids e sífilis.</jats:p>

Utilização das redes de comunicação social para a promoção e empoderamento da saúde da mulher: relato de experiência

“…Segundo Crespo, Silva, Costa, e Araújo (2019, p. 4), "A falta do uso do preservativo está relacionada à fragilidade de conhecimento sobre sexualidade, configurando alta vulnerabilidade para IST/AIDS". Em suma, é preciso considerar as desigualdades sociais e de gênero na comunicação sobre prevenção das IST/Aids, tendo em vista que elas impactam diretamente na forma como as mulheres se posicionam frente à epidemia de HIV/Aids (Pontes;Santos & Monteiro, 2020). Dessa forma, os profissionais de saúde e acadêmicos devem observar as necessidades de saúde e sanar as dúvidas desse público que não possui conhecimento acerca de prevenção dessas doenças.…”

Eixos temáticos na comunicação entre profissionais da saúde e gestantes com HIV: revisão integrativa

“…Entretanto, com o passar dos anos, a taxa de infecção na população feminina aumentou significativamente. Este aumento impactou diretamente na elevação do número de crianças contaminadas por meio da transmissão vertical (TV), que é a principal via de contágio até os 12 anos 11 meses e 29 dias de idade (Pontes et al, 2020).…”