Historicamente, as campanhas na mídia e materiais educativos para grupos diversos integram as ações de prevenção à Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). Informado pelas críticas ao uso do Modelo Informacional de Comunicação presente nessas iniciativas, o artigo analisa 14 materiais sobre prevenção das IST/Aids voltados para gestantes, produzidos entre 1995-2017, no Brasil. Foram identificados elementos do contexto de produção (restrito e amplo) e foi examinado o dispositivo de enunciação dessas peças comunicacionais. Segundo os achados, os materiais reiteram a testagem no pré-natal como responsabilidade da mulher. São escassas as informações sobre uso do preservativo na gestação, o papel do parceiro na prevenção e a perspectiva da integralidade no cuidado à saúde. Conclui-se que, na comunicação para mulheres, é necessário contemplar os fatores socioculturais (classe social, cor/raça e normas de gênero) que condicionam a vulnerabilidade ao HIV/Aids e sífilis.
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