O uso da narrativa na educação permanente em Saúde: sentidos, êxitos e limites educacionais

Abstract

O artigo tem como objetivo discutir sentidos, êxitos e limites educacionais de narrativas produzidas em curso de capacitação de tutores e facilitadores em Educação Permanente em Saúde. Marcos conceituais Temporalidade, Experiência, Hermenêutica-dialética e Metodologias Ativas. O estudo – de abordagem qualitativa – pautou-se no método da narrativa, com vinte textos reflexivos, buscando o significado atribuído a fatos, relações e práticas. Resultados O grupo dos cursistas afigurou-se como personagem central. Em termos de cenários, as ideias foram mais exploradas como espaços de construção de experiências subjetivas. Os enredos tanto seguiram a ordem cronológica dos encontros do curso, como se constituíram de agrupamento das experiências por núcleos de sentido. Conclusão As narrativas, enquanto ferramentas educacionais inovadoras em educação na saúde, aprofundaram a autonomia e autodeterminação, levando os sujeitos a serem “autores” de sua própria vida, tão intensa e transformadora que foi a “experiência do eu”.

Educação permanente em Saúde e Metodologias Ativas de ensino: uma revisão sistemática integrativa

“…No que tange à operacionalização das MAs, quinze trabalhos utilizam as seguintes técnicas: seminários; mesasredondas; exposições dialogadas; debates temáticos; discussões; relatos críticos de experiências; narrativas reflexivas; rodas de conversas; dinâmicas; oficinas; e elaboração de materiais, entre eles maquetes, cartazes, escritas narrativas e síntese de diálogos (Azevedo & Gomes, 2019;Caldarelli & Haddad, 2016;Custódio, Peixoto, Arruda, Vieira, Sousa & Ávila, 2019;Daltro & Pondé, 2016;De-Carli, Silva, Zafalon, Mitre, Pereira, Bonfim & Theobald, 2019;Fernandes, Soares, Ribeiro, Sousa & Ribeiro, 2018;Ferreira, Celuppi, Baseggio, Geremia, Larentes & Hilleshein, 2018;Fonseca, 2015;Guimarães & Corvino, 2016;Lopes, Labegalini & Baldissera, 2017;Nascimento, Kodjaoglanian, De Carli, Loureiro & Moraes, 2017;Pinheiro, Azambuja & Bonamigo, 2018;Santos, Dias & Alves, 2019;Souza & Costa, 2019;Vasconcelos, Farias, Nascimento, Cavalcante, Mira & Queiroz, 2017).…”

“…Dessa forma, precisa ser dinâmica e processual, para além do ato de classificar, selecionar, segregar e excluir. Nessa condição, dois artigos abordaram a temática, citando avaliações formativas e somativas, como o portfólio reflexivo, a autoavaliação permanente e o trabalho de conscientização de percurso pela narrativa reflexiva (Azevedo & Gomes, 2019;De-Carli, Silva, Zafalon, Mitre, Pereira, Bonfim & Theobald, 2019).…”

O processo de facilitação de Educação Permanente em Saúde para formação em saúde mental na Atenção Primária à Saúde

“…The facilitators were able to provide a embracing environment and the development of affection by understanding that, in EPS the facilitator must provide an educational practice that adds knowledge and technical mastery, that is at the same time, articulated to joy, affection, listening ability, perception of another and thoughtfulness 35 .…”

“…Throughout the mental health training process done through EPS, the experienced situations were problematized, as well as the concepts, terms and nomenclatures used, allowing the practitioners to also share their fears and insecurities with the group, both as space for the production of affections as well as the learning produced from the unusual, problematizing realities, questioning and reflecting on daily life, being able to reframe practices, collectively retrieving experiences, also collectively building new knowledge and confrontations/resolutions for the situations that are experienced 35,42 .…”

“…The EPS facilitator should promote and "facilitate" collective analyzes supplying answers and new questions formulated in the group. Therefore, it is desirable that to facilitate should evade the position of specialist and of those who have and are able to "give answers" 35,44 .…”