2018
DOI: 10.1590/2179-8966/2017/25378
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

A Criminologia Crítica no Brasil e os estudos críticos sobre branquidade

Abstract: Resumo Neste ensaio exploro inicialmente os aspectos teórico-metodológicos a serem desenvolvidos para se estudar os efeitos da branquidade nos escritos da Criminologia Crítica no Brasil. Sustento que o tema racial é, enquanto efeito normativo da lógica branca, marcado pela análise do negro como o “outro racializado”, tomado como uma variável causal explicativa que essencializa a população negra, não identificando nela sujeitos políticos.

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1
1
1

Citation Types

0
1
0
5

Year Published

2018
2018
2023
2023

Publication Types

Select...
7

Relationship

0
7

Authors

Journals

citations
Cited by 10 publications
(7 citation statements)
references
References 6 publications
(2 reference statements)
0
1
0
5
Order By: Relevance
“…Particularly in the researched scope, MPDFT's performance suggests the existence of a racial grammar that acts as an epistemological obstacle. This grammar makes the domination invisible, placing race as a non-related and fixed category, only belonging to the Other (Prando 2017). This logic refers to Beauvoir's proposal (1987) for gender category, which is the construction, throughout history, of the pure otherness.…”
Section: Data Discussionmentioning
confidence: 99%
“…Particularly in the researched scope, MPDFT's performance suggests the existence of a racial grammar that acts as an epistemological obstacle. This grammar makes the domination invisible, placing race as a non-related and fixed category, only belonging to the Other (Prando 2017). This logic refers to Beauvoir's proposal (1987) for gender category, which is the construction, throughout history, of the pure otherness.…”
Section: Data Discussionmentioning
confidence: 99%
“…Camila Prando (2018), ao tentar determinar o aparecimento de debates relacionados à raça especificamente na criminologia crítica, identifica três ondas de apropriação: a primeira trará a gramática racial "por meio de não-ditos, diluindo a questão racial na categoria de luta de classes" (PRANDO, 2018, p. 73); a segunda, por sua vez, será palco do início da abordagem de questões ligadas à raça, ainda que permaneça "de modo bastante marginal" (PRANDO, 2018, p. 74); e a terceira onda, na qual tais questões passam a ser mais tematizadas, sendo "explicadas como variáveis de seletividade em conjunto com os marcadores de classe social" (PRANDO, 2018, p. 74).…”
Section: Acerca Da Criminologia Críticaunclassified
“…A insuficiência nos estudos da criminologia crítica tem sido indicada por diversos autores (PRANDO, 2018;DUARTE et al, 2016;PIRES, 2017;FREITAS, 2016;FLAUZINA, 2006), afirmando que o racismo não se resume a uma faceta do sistema de criminalizações, o que será tomado como premissa para os fins de desenvolvimento do presente estudo. Em verdade, representa um elemento estrutural e estruturante do sistema penal e da própria sociedade, de modo que se faz necessário "tomar o racismo como cerne de todo esse empreendimento", como pontua Ana Flauzina (2006, p. 92).…”
Section: Introductionunclassified
“…Entende-se, portanto, que a perspectiva feminista na criminologia brasileira ainda precisa avançar muito na incorporação dos recortes de raça, gênero, classe e sexualidade na análise do poder punitivo. Esses números apontam que a categoria raça, quando utilizada para análise do processo de criminalização e de vitimização, ainda é feita sob o ponto de vista da categoria como mais um elemento de explicação da seletividade penal, mas não reconhece que a raça é ela própria vetor fundamental de estruturação do sistema jurídico e suas tecnologias de controle (Prando, 2018).…”
Section: Mulheres Negras E Pobres Na Prisãounclassified