Tipificando a Economia do Compartilhamento e a Economia do Acesso

Abstract

Resumo Este estudo visa a criação de uma taxonomia capaz de discriminar os modelos de mercado relacionados aos conceitos de economia do acesso e economia do compartilhamento, buscando-se identificar aspectos e propriedades sui generis a cada uma dessas práticas de mercado. Para tal, uma análise taxonômica foi desenvolvida com base no levantamento dos principais aspectos ontológicos e teóricos relacionados aos dois conceitos. Como categorias de análise foram utilizadas as perspectivas: utilitarista de Mill ([1863] 2005) e anti-utilitarista de Mauss (2003). A construção das classificações e conceitos, ademais, foi guiada por uma abordagem pós-estruturalista com enfoque central nas relações, ao invés da ênfase excessiva em seus elementos constituintes. Como principais resultados destaca-se que a economia do acesso se constitui em dois modelos, predominando a fundamentação utilitária, quais sejam: Modelos baseados na appficação e Modelos disruptivos. Por outro lado, ancorando-se em uma fundamentação anti-utilitária mais ampla, a economia do compartilhamento se divide em Modelos Híbridos e Modelos Colaborativos.

Flexibilization and precarization of working conditions and labor relations in the perspective of app-based drivers

“…These practices are inserted in the mode of economic regulation known as sharing economy. Gerhard et al (2019) show that this model of economic regulation disclosed by the sharing economy stands on a perspective of wealth creation from shared transactions of goods or services, located on digital platforms and applications or physical places. They redefine the traditional principles of access and ownership (private, public or common), as well as labor, consumption and production relations.…”

“…Gerhard et al. (2019) show that this model of economic regulation disclosed by the sharing economy stands on a perspective of wealth creation from shared transactions of goods or services, located on digital platforms and applications or physical places.…”

“…Sharing economy is the economic phenomenon that stands on a new business model, consisting of shared access to goods or services through free or paid transactions, by means of physical or digital networks (Gansky, 2010; Cantera & Vaquero, 2012; Schor, 2014; Christensen, Raynor, & McDonald, 2015; Hamari, Sjöklint, & Ukkonen, 2015; Slee, 2015; Carelli, 2017; Acquier, Daudigeos, & Pinkse, 2017; Petrini, Freitas, & Silveira, 2017; Gerhard, Silva Júnior, & Câmara, 2019). In the sharing economy, small enterprises and startups emerged as applications and digital platforms that have become large corporations, and from them raised a “new” mass of workers influenced by a set of ideas on flexibility in working conditions and relations, and an opportunity to increase their sources of income (Rifkin, 2011).…”