Resumo Este estudo visa a criação de uma taxonomia capaz de discriminar os modelos de mercado relacionados aos conceitos de economia do acesso e economia do compartilhamento, buscando-se identificar aspectos e propriedades sui generis a cada uma dessas práticas de mercado. Para tal, uma análise taxonômica foi desenvolvida com base no levantamento dos principais aspectos ontológicos e teóricos relacionados aos dois conceitos. Como categorias de análise foram utilizadas as perspectivas: utilitarista de Mill ([1863] 2005) e anti-utilitarista de Mauss (2003). A construção das classificações e conceitos, ademais, foi guiada por uma abordagem pós-estruturalista com enfoque central nas relações, ao invés da ênfase excessiva em seus elementos constituintes. Como principais resultados destaca-se que a economia do acesso se constitui em dois modelos, predominando a fundamentação utilitária, quais sejam: Modelos baseados na appficação e Modelos disruptivos. Por outro lado, ancorando-se em uma fundamentação anti-utilitária mais ampla, a economia do compartilhamento se divide em Modelos Híbridos e Modelos Colaborativos.
No presente trabalho buscou-se introduzir a temática emergente da economia do compartilhamento expondo, para isto, três fatores que impulsionaram o seu surgimento: a Internet como forma de compartilhamento de bens e serviços, o momento econômico como necessidade de novas formas de rendimentos e de superar um modelo esgotado por suas crises e a sustentabilidade como meio de gerar uma sociedade mais consciente. Objetivou-se observar a capacidade da economia do compartilhamento de dar início a uma nova forma de se fazer trocas comerciais e mudar os rumos da economia global, criando-se assim uma nova sociedade colaborativa. Para responder às questões levantadas optou-se por pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo em revistas, livros e documentos online do Brasil e, sobretudo, do exterior devido à escassez de publicações nacionais em torno do assunto abordado.
O principal propósito deste texto é expor e refletir acerca das questões essenciais em torno das quais deve assumir a utilidade social como enfoque central na avaliação dos Bancos de Comunitários de Desenvolvimento (BCD) no Brasil, em especial aos aspectos relacionados ao valor social e ao benefício coletivo que geram os BCD nos territórios os quais estes bancos estão implantados. Em paralelo a isto, neste texto serão discutidos o distanciamento que existe entre os BCDs, os bancos comerciais e mesmo em relação a outras experiências na área das microfinanças e evidenciar uma caracterização geral das práticas de BCDs e o que os torna tão peculiares ao ponto de se ter que recorrer a compreensão da utilidade social destes bancos comunitários para se poder exprimir sua viabilidade e sustentabilidade.
Dans cet article, nous soulignons la dimension politique de l’économie solidaire, en mettant l’accent sur l’importance de la participation aux processus d’émancipation. D’abord, nous montrons que les critiques de la sociologie classique – selon lesquelles l’économie solidaire ne permettrait pas un projet d’émancipation politique – ignorent les processus participatifs qui la soutiennent. Ensuite, nous nous tournons vers le cas du Conjunto Palmeiras, un quartier de Fortaleza, au Brésil, pour examiner cette perspective à partir des structures de l’économie solidaire. L’histoire de la mobilisation communautaire et de l’organisation sociale, stimulée par l’association locale, a influencé les politiques publiques et a constitué une forme de gouvernance qui favorise l’émancipation politique, sociale, culturelle et économique. Puis, à partir de l’articulation entre les approches théoriques et les leçons de cette pratique, nous renforçons l’argument selon lequel la compréhension de l’économie solidaire doit dépasser la perspective analytique centrée sur la dimension économique pour des analyses qui envisagent la dimension politique, autour de l’autonomisation de l’individu et collective, à travers la participation émancipatrice et la citoyenneté active.
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