Redes, inovação e desempenho exportador: uma abordagem institucional

Abstract

Diversos estudos prévios buscaram analisar os fatores determinantes do desempenho exportador. Parte significativa desses estudos tem se dedicado à avaliação do papel dos recursos das empresas, gerenciais, organizacionais, assim como do tamanho e experiência da empresa. Outros procuraram medir o efeito da inovação sobre o desempenho exportador. Contudo há poucos estudos que tratam do efeito do quadro institucional sobre o desempenho exportador. O presente estudo tem como objetivo avaliar os determinantes institucionais do desempenho exportador de empresas, com isso, procurando preencher uma lacuna na literatura de negócios internacionais ao analisar os modos pelos quais o quadro institucional do país de origem afeta o desempenho exportador de empresas. Embora diversos estudos tenham investigado o efeito das instituições do país de origem sobre internacionalização e desempenho exportador, ainda são poucos aqueles que avaliaram os modos e mecanismos pelos quais tais instituições agem e configuram o desempenho exportador de empresas. A contribuição do presente estudo é, a partir de modelagem de equações estruturais, mostrar que o quadro institucional não tem efeito direto sobre o desempenho exportador, mas age de maneira indireta, por meio de mecanismos específicos de transmissão. Tal abordagem aponta para redes de relacionamento e inovação como dois mecanismos que desempenham funções específicas para configurar os efeitos das instituições. Conquanto os resultados empíricos não tenham apontado significância da dimensão inovação, as redes mostram-se como mecanismo específico para transmitir os efeitos do quadro institucional sobre o desempenho exportador.

Regional Cluster, Innovation and Export Performance: An Empirical Study

“…This is in line with the findings of other studies, like Mais et al (2014). This finding can be explained in several ways.…”

“…Therefore, the hypothesis Innovation positively influences the export performance (H3) is not supported, in line with the results of Mais, Carvalho and Amal (2014). This result may reflect, first, the use of a perception variable (satisfaction), instead of other measurement variables of export performance as export intensity (Alegre et al, 2012;Tavassoli, 2013) which was excluded from the model because of its low internal consistency, and even the propensity to export (Becker & Egger, 2013;Cassiman et al, 2010;Tavassoli, 2013).…”

“…Although studies didn't find statistically significant relationship between innovation and export performance (Mais, Carvalho, & Amal, 2014), we hypothesized, in line with the empirical study of Monreal-Pérez et al (2012), as well as evidences from Cassiman, Golovko and Martínez-Ros (2010), Alegre, Pla-Barber, Chiva and Villar (2012), Becker and Egger (2013) and Tavassoli (2013), that, due to the gains in the competitiveness, innovation can be seen as a strategic advantage to overcome trade barriers and to establish a significant market position, as well in the domestic as in foreign markets: H3: Innovation is positively associated with export performance of firms.…”

“…Four variables were used to measure the export performance: two objective variables, export intensity and market diversification, in line with other empirical previous studies (Mais et al, 2014;Souza et al, 2008), and two subjective variables by considering the managerial perception of export performance (Wheeler et al, 2008). However, since the CFA has indicated that export intensity and satisfaction with market diversification do not have internal consistency, we decided to remove them from our model.…”

The effect of innovation on the financial performance and export intensity of firms in emerging countries

“…However, most studies relating innovation with export performance use samples of firms from developed countries. Furthermore, studies indicate asymmetries in the relationship between innovations and export performance, finding positive linear relationships (TAVASSOLI, 2013;HWANG, HWANG, and DONG, 2015), negative linear relationships (DENG, GUO, ZHANG et al, 2014) and even no effect (MAIS, CARVALHO and AMAL, 2014).…”