Introdução: Acredita-se que pais de crianças pequenas apresentam poucos conhecimentos a respeito do desenvolvimento normal do comportamento auditivo e de linguagem. Ao mesmo tempo, este conhecimento é indispensável para que, ao perceberem o menor sinal de alteração no comportamento de seu filho quanto a essas habilidades, os pais possam procurar auxílio profissional imediato, de forma a favorecer o diagnóstico e intervenção precoces. Objetivo: Investigar o conhecimento de pais de crianças submetidas a tratamento fonoaudiológico quanto ao desenvolvimento auditivo e de linguagem oral. Método: Foram entrevistados 23 pais de crianças em atendimento fonoaudiológico em uma Clínica Escola. Resultados: O total de 69,5% demonstrou desconhecimento sobre a época em que a criança deve começar a reagir aos sons. A maioria dos entrevistados acredita que a deficiência auditiva pode acarretar em problemas na fala, voz, comportamento, problemas escolares e emocionais. Grande parte demonstrou ter conhecimento sobre a idade em que a criança deve apresentar as primeiras palavras. No entanto, o mesmo não pôde ser observado quanto à questão da data limite para ocorrência de trocas fonológicas. Do total da amostra, 82,6% relatou não ter recebido orientações sobre o desenvolvimento da audição e linguagem oral. Conclusão: Conclui-se que os pais de crianças menores de cinco anos apresentam pouco conhecimento sobre os marcos do desenvolvimento da linguagem oral e comportamento auditivo e que há falha quanto à orientação por parte dos profissionais sobre essas questões, reforçando a necessidade da criação de métodos efetivos para esse fim.