Análise dos atendimentos realizados pelo telessaúde-COVID em um município de Minas Gerais

Abstract

RESUMO: Objetivos: Analisar o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes atendidos pelo serviço de atendimento remoto “Telessaúde-COVID” e os fatores associados aos resultados positivos para COVID-19. Métodos: Estudo exploratório e analítico, realizado com base na análise dos registros de pacientes atendidos por um serviço de atendimento remoto intitulado “Telessaúde-COVID”. Foram avaliadas características dos pacientes atendidos e variáveis relacionadas ao funcionamento do serviço. Realizou-se análise descritiva e inferencial, com utilização da regressão logística. Resultados: Foram avaliados 1.854 novos pacientes e estimados 8.630 atendimentos. Houve predomínio de pacientes do sexo feminino (60,9%) e da faixa etária de 20 a 59 anos (75,9%). Os sinais e sintomas mais frequentes foram: cefaleia (41,8%), tosse (33,3%) e coriza (30,0%). Do total de pacientes, 66,4% foram notificados como casos suspeitos de COVID-19 e 14,5% apresentaram resultado positivo para COVID-19. A idade igual ou superior a 60 anos foi mais frequente entre os casos confirmados (26,6%). A maioria dos pacientes (80,4%) não necessitou de atendimento presencial. Os resultados positivos para COVID-19 estiveram associados à idade dos pacientes (Odds Ratio - OR 1.020; intervalo de confiança - IC95% 1.007 - 1.032); contato domiciliar com caso positivo ou suspeito (OR 1.902; IC95% 1.178 - 3.070); presença de náuseas/vômitos (OR 2.403; IC95% 1.148 - 5.029) e alterações no olfato (OR 2.827; IC95% 1.294 - 6.176). Conclusões: O Telessaúde-COVID foi relevante na condução e notificação dos casos atendidos, evitando a procura por consultas presenciais sem indicação clínica. Entre os casos suspeitos, a positividade para COVID-19 associou-se a idosos, história de contato domiciliar, sintomas gastrointestinais e olfatórios.

O teleatendimento na Atenção Primária à Saúde em tempos de pandemia da COVID-19: um relato de experiência

“…Em relação às características dos usuários, a maior parte foi do sexo feminino, resultado semelhante a outro estudo nacional sobre perfil de usuários de um serviço de teleatendimento para COVID-19 21 .…”

“…Assim, demonstrase que este tipo de estratégia tem potencial de uso para pessoas de todas as faixas etárias e que pode ser útil como dispositivo para ampliar acesso ao cuidado de diversos agravos, inclusive entre idosos que apresentam limitações para deambular e acessar serviços de saúde. Dados de um serviço de teleatendimento de Minas Gerais apontaram como comorbidades mais frequentes a hipertensão (10,6 %), a pneumopatia crônica (8,1%) e a diabetes mellitus (3,7%) 21 . A prevalência de hipertensão e diabetes dentre os usuários do serviço de teletriagem no município de João Pessoa foi superior ao encontrado no estudo realizado em Minas Gerais.…”

Sinais E Sintomas Em Pacientes Internados Por Sars-Cov-2 E as Consequências Deixadas Após Alta Médica: Revisão Integrativa

“…Foi realizada uma pesquisa por Freitas et al (2021), via Telessaúde-COVID em Viçosa, Minas Gerais, Brasil, onde foram entrevistados e avaliados 1.854 pacientes internados por diagnóstico de coronavírus. Observou-se que a cefaleia foi o sintoma mais frequente, presente em 41,8% dos casos, seguido de tosse (33,3%), coriza (30,0%), dor de garganta (28,5%), febre (25,3%) e mialgia (22,7%).…”

“…sendo mais frequente em mulheres. Ainda de acordo comFreitas et al (2021), 20,3% dos casos de internação estavam assintomáticos, sendo o critério para internação a alteração na tomografia computadorizada de tórax ao apresentar acometimento pulmonar acima de 40%, como modo de prevenir uma possível evolução rápida e crítica.O Sars-Cov-2 é uma doença com mais de uma variante, o que torna mais difícil o tratamento devido a enorme quantidade de sinais e sintomas, que varia de paciente para outro. No trato gastrintestinal, uma prevalência de 61% nos casos de pacientes internados, visto como incomum no início da pandemia, onde são relatados gastralgia, diarreia, náuseas e vômitos.…”

Telemonitoring as a Telehealth strategy to contain the COVID-19 pandemic in a Brazilian capital

“…In Brazil, several distance support methods were used to fight COVID-19. Measures such as telescreening flu symptoms in patients in a city in the Bahian interior, 18 teleorientation and TM in a city in interior Minas Gerais, 19 teleorientation and screening in the gaucho interior (meaning the state of Rio Grande do Sul), 20 and teleconsulting activities for PHC physicians in the care of flu patients 21 were some of the actions performed and published. In addition, telehealth in several states also offered educational materials related to COVID-19 for the population and health professionals through web classes, videos, web pages, and protocols.…”