Esse estudo destaca as possibilidades da inclusão da atenção em saúde mental no Programa de Saúde da Família (PSF). O objetivo foi analisar na literatura nacional as possibilidades, limites e desafios dos profissionais do PSF no enfrentamento das questões concernentes à prática. Revisão de literatura realizada em agosto/2007, na Biblioteca Virtual em Saúde, sendo acessadas bases LILACS e SciELO. A busca foi realizada por meio dos descritores “saúde mental”, “família”, e “programa saúde da família”, recuperando apenas artigos publicados em periódicos disponíveis nessas bases entre 1997 e 2007. Identificamos 155 títulos inicialmente que, ao serem analisados possibilitou seleção de 50 artigos (30 LILACS e 20 SciELO). Esse exercício levou a organização do material em dois pontos de convergência: 1. Programa Saúde da Família e a Reabilitação Psicossocial: o que há de comum? 2. Do descompasso aos vôos possíveis: limites, contradições, impasses e possibilidades na atenção em saúde mental no PSF. Concluímos que embora haja tendência de expansão da produção do conhecimento sobre a temática ainda é necessário investimento em iniciativas de superação do modelo assistência, que de fato tenha impacto na prática assistencial.
RESUMO As novas diretrizes curriculares nacionais (DCN) do curso de medicina preveem uma formação com maior foco na Atenção Primária à Saúde. A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), buscando estas mudanças e adaptando-se às DCN de 2014, criou um novo Projeto Pedagógico de Curso (PPC). Este estudo avaliou as percepções de discentes e docentes sobre o desenvolvimento do novo currículo do curso de medicina de uma Universidade Federal da região centro-oeste do Brasil, após as novas Diretrizes Curriculares Nacionais de 2014, quanto ao ensino na Atenção Primária à Saúde (APS). Realizou-se uma pesquisa qualitativa, cuja coleta de dados ocorreu por meio de dois grupos focais: um com docentes e outro com discentes. As perguntas norteadoras foram relacionadas ao entendimento dos discentes sobre a APS e a concordância entre os assuntos teóricos e o que é visto nas atividades práticas, a avaliação do novo PPC e as críticas e sugestões ao novo currículo e a desospitalização. Com docentes, as perguntas-guia questionaram sobre a implementação do novo currículo, a avaliação do novo PPC, a percepção de apoio institucional e as críticas à formação na APS. Para análise dos dados oriundos da transcrição dos grupos focais utilizou-se a técnica de análise de conteúdo que buscou sistematizar as questões respondidas pelos participantes, facilitando sua interpretação. Quanto à modalidade, foi escolhida a análise temática fundamentada em Bardin. A percepção de discentes e docentes foi que o desenvolvimento do novo currículo ainda é frágil. Os discentes apontaram a depreciação do ensino na APS por alguns professores e a falta de longitudinalidade no ensino da APS. Os docentes destacaram a falta de apoio da gestão municipal, escassez de campos de estágio e de formadores qualificados para esta mudança. Conclui-se que o novo currículo, mesmo desenhado para contemplar o ensino na APS, apresenta algumas lacunas de temas relevantes, enfrenta resistências por parte do corpo docente e carece de professores com formação específica na área.
Este estudo teve como objetivo identificar as evidências sobre os efeitos do uso da pesquisa-ação no desenvolvimento da liderança em enfermagem. Revisão integrativa da literatura realizada no ano de 2016, orientada pelos descritores “Action Research” and “Nursing”, na qual foram incluídos um total de oito artigos. Evidenciou-se que a maioria das pesquisas foram desenvolvidas no contexto hospitalar, compreendendo estudos descritivos de abordagem qualitativa, que apresentaram como objetivo o processo de mudança na prática do enfermeiro. Quanto às evidências no desenvolvimento da liderança em enfermagem, os artigos apontaram para a importância do processo de tomada de decisão compartilhada como sendo a habilidade fundamental para a liderança. A construção conjunta de ferramentas de gestão mostrou-se essencial para alicerçar os processos de mudanças na prática, principalmente, no que se refere para a continuidade e permanência de qualificação dos profissionais para a liderança.
O objetivo deste estudo foi analisar as percepções e práticas dos profissionais da Saúde em Educação Permanente em Saúde (EPS) de uma unidade de terapia renal substitutiva. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa com dados obtidos por meio de grupos focais com profissionais de nível superior de um hospital público federal de ensino que prestam assistência em um serviço de hemodiálise e diálise peritoneal, sendo os dados submetidos à análise de conteúdo, conforme descrito por Bardin. Os resultados demonstraram persistência de um modelo de educação na Saúde como recurso descontínuo de capacitação, centrado em categorias uniprofissionais, e a necessidade de institucionalização da EPS com o apoio da gestão. A execução da Metodologia da Problematização como eixo norteador propiciou aos participantes o desenvolvimento da noção de responsabilidade sobre o aprendizado e a possibilidade de mudança na realidade do serviço no qual estão inseridos.
Objetivo: descrever o uso de ferramentas do coaching no processo de desenvolvimento da liderança de enfermeiros que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS). Método: estudo descritivo, de abordagem qualitativa, do tipo pesquisa-ação, em que os dados da aplicação das ferramentas Roda da Vida e Meta E.S.P.E.R.T.A para nove enfermeiros foram organizados no software WebQDA e analisados por categorização de conteúdo. Resultados: os participantes vivenciaram três ações principais: autoconhecimento, estabelecimento de metas e consolidação de mudanças. As mudanças aconteceram ao delegar responsabilidades, no equilíbrio emocional, ao lidar com conflitos e na comunicação. Considerações finais: as ferramentas favoreceram a identificação de potencialidades e limitações e direcionaram o processo de mudança atitudinal e comportamental pelo estabelecimento de metas. O estudo apresentou característica inovadora, unindo experimentação e objetivação, levando os enfermeiros à incorporação de mudanças no cotidiano do trabalho e na liderança da APS.
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