Práticas integrativas e complementares e relação com promoção da saúde: experiência de um serviço municipal de saúde

Abstract

This study addressed the integrative and complementary practices developed at a reference service in the metropolitan region of Belo Horizonte/MG, Brazil. It analyzed how the practices developed in this service were organized and focused on their relationship with health promotion and how they fitted into the Brazilian National Health System (SUS). The results indicated that these practices could be useful resources for health promotion, especially because they establish new understanding of the health-illness process, in a more holistic and empowering manner. However, to boost them within the fields of health promotion and SUS care, challenges relating to organizing and expanding the services need to be surmounted and professionals within the reference services and specialized support for integrative and complementary practices within primary healthcare need to be brought closer together, so as to construct a common field of care.

<b>Práticas integrativas e complementares e a interface com a promoção da saúde: revisão integrativa/Integrative and complementary practices and the interface with the health promotion: integrative review<b>

“…Esse mesmo estudo identificou a ambiguidade conceitual que a promoção da saúde assume na voz dos profissionais, ao ser questionada a relação das PIC com a promoção da saúde, eles centraram na prevenção de doenças, ressaltando expressões como: "evitarem, preventivas, levar informação para os grupos e informar" (4:5). Nesse contexto, há necessidade de investimento em práticas de saúde que visualizem o indivíduo por inteiro, com suas potencialidades, fragilidades e conhecimentos, que nem sempre condizem unicamente com o olhar biológico, mas que, podem andar lado a lado, de maneira equilibrada e coerente (4) . Essa discussão revelou a necessidade de movimentar os serviços de saúde, provocando reflexões sobre os processos de cuidado, alterando conceitos e rotinas impregnadas de comodismo, a fim de buscar uma nova cultura de saúde, na qual, os saberes e práticas dos usuários sejam considerados e valorizados pelos profissionais.…”

“…Contudo, os dados que se tem acesso revelam um cenário cinzento, isto é, o conhecimento dessas terapias se dá pelo senso comum, há pouca ou nenhuma reflexão em sala de aula (1) . Em pesquisa cujo objetivo foi analisar a percepção de profissionais da ESF do município de Florianópolis sobre as PIC, todos os sujeitos concordaram que estas deveriam ser contempladas nos cursos da área da saúde (4) .A enfermagem e a medicina possuem uma proposta de formação acadêmica diferenciada, apesar disto, o que se observa é um ensino ainda muito fragmentado e limitado aos aspectos biológicos. Atualmente, percebe-se um movimento que busca modificar essa formação a partir de reestruturação dos currículos, o que poderá estimular maior conhecimento e interesse a respeito das PIC, mas, para que ocorra a sua efetivação no SUS, requer a integração da medicina convencional e das práticas complementares nas unidades básicas de saúde, num convívio sincrético e respeitoso (18) .…”

“…Assim, na APS podem ser fortalecidas as ações de promoção da saúde, em especial, por meio das PIC. Essas práticas são estratégias importantes, essencialmente por buscar uma nova compreensão do processo saúde/doença, de forma holística e empoderadora (4) . Destacam-se algumas razões para a procura das PIC: a sua base teórica filosófica se contrapõem à atenção em saúde com enfoque biológico, cujo os fundamentos são o conhecimento cartesiano; a busca por visão holística que promova responsabilização, empoderamento, participação das pessoas nas decisões e ações com envolvimento da família e respeito às práticas populares; e a contestação às concepções do ser humano constituído das partes fragmentadas.…”

“…Destacam-se algumas razões para a procura das PIC: a sua base teórica filosófica se contrapõem à atenção em saúde com enfoque biológico, cujo os fundamentos são o conhecimento cartesiano; a busca por visão holística que promova responsabilização, empoderamento, participação das pessoas nas decisões e ações com envolvimento da família e respeito às práticas populares; e a contestação às concepções do ser humano constituído das partes fragmentadas. A finalidade das PIC é promover o bem-estar das pessoas Cienc Cuid Saude 2017 Jul-Set; 16(3) que as utilizam (3)(4) . Inserida na perspectiva de um novo modelo de atenção, a promoção da saúde possui dimensão global, considerando os aspectos biológicos, psíquicos, sociais, culturais e ambientais.…”

O que vem se falando por aí em competências no ensino da promoção da saúde na formação do enfermeiro?

“…A partir da Conferência de Ottawa, outros eventos internacionais debateram as discussões teóricas, conceituais e políticas da Promoção da Saúde, tais como Adelaide (no ano de 1988), Sundsvall (no ano de 1991), Jacarta (no ano de 1997) e México (no ano de 2000), e outras duas de caráter sub-regional em Bogotá 24 . A Declaração de Jacarta foi documentada após a Quarta Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde realizada em Jacarta, na República da Indonésia, em julho de 1997, e retrata um olhar para os determinantes em saúde e uma abordagem para enfrentar os desafios para a promoção da saúde no século XXI 25 .…”