Agrotóxicos: os venenos ocultos na nossa mesa

A produção sem agrotóxicos no controle de doenças foliares da aveia: indutor de resistência por silício e potássio e zona de escape

“…Ademais, a exposição crônica a agrotóxicos pode acometer inúmeros sistemas, ocasionando alterações celulares associadas a ocorrência de doenças hematológicas, dermatológicas, pulmonares, neurológicas, câncer, malformações congênitas, esterilidade, abortos espontâneos, entre outras. Dentre os problemas neurológicos degenerativos destaca-se a ocorrência de casos de ansiedade, perda de memória, mudança de humor, deficiência visual e atraso neurológico (Azevedo & Meyer, 2017;Lopes & Albuquerque, 2018;Frota & Siqueira, 2021). Ainda, cabe ressaltar que, os problemas de saúde pública provenientes do uso de agrotóxicos, apesar da sua nocividade, crescem em escala insustentável e a atual forma de produzir alimentos só tem a contribuir para o aumento da ocorrência destas doenças.…”

“…Ainda, cabe ressaltar que, os problemas de saúde pública provenientes do uso de agrotóxicos, apesar da sua nocividade, crescem em escala insustentável e a atual forma de produzir alimentos só tem a contribuir para o aumento da ocorrência destas doenças. Afora, o surgimento de outras complicações no decorrer dos anos devido ao contínuo uso de agrotóxicos na agricultura (Augusto, 2012;Garcia, et al, 2017;Mariyono et al, 2018;Frota & Siqueira, 2021). Tendo em vista esse cenário e os inúmeros problemas ocasionados pelo uso excessivo de agrotóxicos, surge a necessidade de desenvolvimento de novas alternativas que promovam uma agricultura mais sustentável visando reduzir e/ou evitar a incidência e severidade de doenças fúngicas em aveia, diminuindo a necessidade de aplicação de agroquímicos (Silva, et al, 2015;Cappelletti, et al, 2017;Corcino, et al, 2019;Sousa, et al, 2020).…”

Monitoramento de agrotóxicos em água para consumo humano no estado do Rio de Janeiro (2015-2019)

“…Muitos fatores influenciam nos impactos dos agrotóxicos à saúde, especialmente as características químicas, tempo de exposição, quantidade absorvida ou ingerida e condições prévias de saúde da população exposta (Veiga et al, 2006). São duas as principais formas de exposição aos agrotóxicos: o contato direto, seja no preparo, aplicação ou outro tipo de manipulação durante a cadeia produtiva, ou indireto, por meio do contato com águas, solo, atmosfera, alimentos contaminados ou mesmo pelo leite materno (Frota & Siqueira, 2021;Brasil, 2013;Ristow et al, 2020). Estima-se que aproximadamente 7 kg de agrotóxicos são consumidos por cada brasileiro anualmente (Frota & Siqueira, 2021).…”

“…São duas as principais formas de exposição aos agrotóxicos: o contato direto, seja no preparo, aplicação ou outro tipo de manipulação durante a cadeia produtiva, ou indireto, por meio do contato com águas, solo, atmosfera, alimentos contaminados ou mesmo pelo leite materno (Frota & Siqueira, 2021;Brasil, 2013;Ristow et al, 2020). Estima-se que aproximadamente 7 kg de agrotóxicos são consumidos por cada brasileiro anualmente (Frota & Siqueira, 2021).…”

Os agrotóxicos mais vendidos no Brasil: Implicações em meio ambiente e saúde

“…Destes produtos, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 25 foram considerados de moderada a extremamente tóxicos para a saúde humana e 251 como compostos muito ou altamente perigosos ao meio ambiente. Ao todo, nos dois primeiros anos de mandato de governo do presidente Jair Bolsonaro, foram liberadas 967 novas substâncias para a agricultura, muitos dos quais já foram banidos em outros países devido à sua alta toxicidade, como é o caso do paraquate, proibido pela União Europeia, mas de uso autorizado nos Estados Unidos, Japão, China e nos demais países do Mercosul (Araujo Frota & Siqueira, 2021;Brasil, 2021).…”