A aveia branca é uma espécie de inverno com inúmeros benefícios aos sistemas de cultivo e na alimentação animal e humana. É reconhecida como alimento nutracêutico pelos benefícios à saúde. Esta condição tem promovido o aumento das áreas de cultivo buscando atender a demanda, porém, favorecendo o surgimento de doenças fúngicas, responsáveis por danos expressivos na produtividade e qualidade de grãos. A ferrugem da folha (Puccinia coronata f. sp avenae) e a helmintosporiose (Drechslera avenae (Eidam) Sarif) são as mais relevantes pela sua agressividade. Estas doenças não são controladas satisfatoriamente pela resistência genética e sua ocorrência e agressividade está relacionada a presença de ambiente favorável ao desenvolvimento dos fungos, hospedeiro suscetível e patógeno virulento. O uso de fungicida tem sido a alternativa mais eficiente de controle, na garantia de produtividade com retorno econômico ao agricultor. Entretanto, o uso de agrotóxicos tem gerado discussões acerca dos efeitos adversos ao ambiente, a segurança alimentar e a saúde pública, condição que reforça a busca por sistemas agrícolas mais sustentáveis. Esta revisão busca apresentar uma profunda discussão acerca dos agrotóxicos e alternativas mais sustentáveis que possam reduzir e/ou evitar a incidência e severidade de doenças fúngicas na aveia. Dentre as alternativas, a discussão engloba duas potenciais tecnologias de manejo, a semeadura envolvendo zonas de escape à restrição ao desenvolvimento dos fungos e uso de indutores abióticos de resistência por silício e potássio.
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