Resumo O objetivo deste artigo é avaliar a prevalência de desnutrição em crianças menores de 60 meses residentes em comunidades remanescentes de quilombos de dois municípios do estado do Maranhão e seus fatores associados. Estudo transversal com amostra de 372 crianças realizado em agosto de 2015. Foram coletadas informações socioeconômicas, demográficas, maternas e das crianças. A antropometria seguiu o proposto pela Organização Mundial da Saúde. Foram calculados os índices estatura para idade e peso para estatura utilizando o software Anthro versão 3.2.2. Foi realizada regressão de Poisson com variância robusta para a associação da desnutrição com as variáveis estudadas, utilizando o software Stata versão 14.0. A desnutrição em crianças foi elevada segundo a estatura-por-idade (15,1%) e peso-para-estatura (7%). Crianças cujas mães possuíam baixa estatura (< 1,497 m) apresentaram mais chances de possuírem déficit de estatura-para-idade (p < 0,05). Nenhuma variável se associou estatisticamente ao baixo peso-para-estatura. A desnutrição infantil persiste como problema de saúde pública em regiões vulneráveis e os fatores maternos como a baixa estatura materna podem explicar a baixa estatura dos filhos. Aponta-se para a necessidade de ações de enfrentamento deste desvio nutricional.
RESUMO: Introdução: O combate à má nutrição está entre os maiores desafios de saúde e precisa ser norteado conforme a realidade de cada região. Estudos que avaliem o estado nutricional são imprescindíveis para embasar intervenções, principalmente em crianças. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico nutricional de crianças menores de cinco anos atendidas pela Estratégia Saúde da Família (ESF) no Maranhão. Método: Estudo transversal com crianças de 6 a 59 meses, de uma amostra do tipo probabilística e estratificada, representativa para o estado. Foram coletadas, por entrevistas, as variáveis “idade da criança”, “sexo”, “situação do domicílio” e “classificação de Insegurança Alimentar” (Escala Brasileira de Insegurança Alimentar). Foi realizado o cálculo dos valores de escore z (Z) de estatura para a idade, peso para a estatura e índice de massa corpórea (IMC) para a idade. Oestado nutricional foi classificado segundo as normas do Ministério da Saúde. Para a análise dos dados foram utilizados métodos estatísticos de correlação. Resultados: Das 956 crianças, 9,6% apresentaram estatura baixa ou muito baixa. Segundo o Z de IMC, o excesso de peso foi observado em 23,2% das crianças. As crianças da zona rural têm média Z de estatura e de IMC menor. No total, 70,4% das crianças apresentaram situação de insegurança alimentar, com correlação inversa com a estatura (r: -0,15; p < 0,0001) e sem correlação com o Z de IMC (r: -0,05; p = 0,09). Conclusão: A desnutrição crônica ainda pode ser considerada um problema de saúde pública no Maranhão, a despeito da transição nutricional que já ocorre nessas famílias.
Fe-deficiency anaemia is considered an important public health problem both in wealthier countries and in those of medium and low income, especially in children under 5 years of age. The shortage of studies with national representativity in medium-income countries, such as Brazil, prevents the knowledge of the current situation and its associated factors. We conducted a systematic review and meta-analysis to estimate the pooled prevalence of Fe-deficiency anaemia in Brazilian children under 5 years of age and determined the factors involved in the variability of the estimates of prevalence. We collected fifty-seven studies from the databases MEDLINE, LILACS and Web of Science, along with the reference lists of included articles. We contacted authors for unpublished data. We did not restrict publication timespan and language. This systematic review and meta-analysis was reported according to the guidelines by PRISMA. The pooled prevalence of anaemia in Brazil was 40·2 (95 % CI 36·0, 44·8) %. The age range of the child and the period of data collection were associated with the anaemia prevalence. The pooled prevalence of anaemia was higher in children under 24 months of age (53·5 v. 30·7 %; P < 0·001) and in studies with data collected before 2004 (51·8 v. 32·6 %; P = 0·001). The efforts made by the Brazilian government were successful in the reduction of anaemia in children under 5 years of age in Brazil in the evaluated period. However, prevalence remains beyond acceptable levels for this population group.
Prevalência e fatores associados à anemia em mulheres e crianças no Maranhão São Paulo 2013 "Alimentos vem primeiro, depois a moral". Bertolt Brecht 6 RESUMO Frota MTBA. Prevalência e fatores associados à anemia em mulheres e crianças atendidas pela Estratégia de Saúde da Família no Maranhão. [tese de doutorado]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da USP; 2013. Introdução-A anemia é considerada um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade, afetando as populações de quase todos os países, sobretudo aqueles onde predominam padrões dietéticos deficientes e fatores ambientais adversos. Objetivo-Investigar a prevalência e os fatores associados à anemia em crianças menores de cinco anos e mulheres em idade reprodutiva entre a população atendida pela Estratégia da Saúde da Família (ESF), no estado do Maranhão. Métodos-Foi realizado um estudo de corte transversal de base populacional. A amostra se constitui de 978 crianças de seis a 59 meses e 978 mulheres de 15 a 49 anos de idade cadastradas na ESF em 21 municípios escolhidos por sorteio sistemático probabilístico entre as quatro macrorregiões e capital do Estado. A coleta de dados foi realizada em entrevistas domiciliares por meio de questionário aplicado junto às mães ou responsáveis pelas crianças, contendo informações sobre a situação socioeconômica e demográfica e de segurança alimentar da família, e das condições de saúde das mulheres e das crianças. Foram medidos peso e altura, para avaliação do estado nutricional e feita a dosagem da concentração de hemoglobina do sangue capilar com leitura imediata pelo hemoglobinômetro portátil Agabe®. A associação entre a anemia e as variáveis foi verificada primeiramente por análise bivariada e posteriormente por regressão de Poisson, segundo modelo hierarquizado. Resultados-A prevalência média de anemia entre as mulheres foi de 36,% para o estado do Maranhão e 55,1% para a capital, São Luís. Entre as crianças, a prevalência também foi mais elevada na capital (68,7%) em relação ao estado como um todo (51,6%). Tanto as mulheres como as crianças apresentaram prevalências mais elevadas na área urbana. O grupo de 6-23 meses de idade foi mais afetado pelo problema (65%) do que o de 24-59 meses (42%), assim como aquele cujas mães também apresentavam anemia (63,6%). A análise de regressão identificou como fatores de risco para a anemia em crianças ter idade inferior a dois anos, presença de anemia materna, coabitação de três ou mais crianças menores de cinco anos no domicílio e residir na capital do estado. Para as mulheres os fatores de risco associados à anemia foram morar na capital e estar acima do peso. Conclusões-As elevadas prevalências de anemia encontradas em crianças e mulheres no Maranhão a configuram como um problema de saúde pública entre a população atendida pela ESF. É necessária a busca de intervenções factíveis de serem aplicadas uma vez que, tanto o Programa Nacional de Suplementação do Ferro, para lactentes, como o de fortificação das farinhas de trigo e de milho vigentes no Brasil não conseguiram ...
Introduction: Inadequate diet, whether due to excess or insufficient calories and nutrients, results in health risk situations as well as inadequate nutritional profile. The presence of nutritional deficiencies is more visible in women and, therefore, is more likely to reflect the risks of such deficiencies. Knowing the profile of the nutritional status of the female population of Maranhão, Brazil, which provide evidence of the nutritional status of their families, may support the creation of specific actions to combat eating problems and, consequently, improve their health. Objective: To evaluate the nutritional profile and its relationship with social determinants in a population of women attended by the program of Family Health Strategy in Maranhão. Methods: Cross-sectional study with 989 women aged 15 to 49 years, carried out during July to September 2010. Socioeconomic data were collected through a questionnaire, in addition it was applied of the Brazilian Food Insecurity Scale to know the level of food insecurity. Body mass index (BMI) and hip and waist circumference measurements were obtained to verify the nutritional profile. The variables were analyzed for frequencies, distribution and central tendency. Bivariate analysis was performed as to the associations between socioeconomic variables and BMI. The Spearman correlation coefficient was used between the food safety score and the BMI, adopting a significance level of 5%. Multivariate linear regression analysis was performed. Results: It was found a relationship between the BMI classification with some social determinants such as age, family income and food insecurity. There is a high prevalence of women at nutritional risk, especially for overweight and obesity, as well as the presence of thinness and short stature. Conclusion: Socioeconomic factors have a significant association with women's Body Mass Index indicating that there is an important relationship between age-matched maternal Body Mass Index and food insecurity.
Este trabalho teve por objetivo analisar a condição de (In) Segurança Alimentar e fatores associados em famílias com crianças menores de cinco anos de idade no Estado do Maranhão. Trata-se de um estudo transversal de base populacional, descritivo e analítico, composto por 978 famílias atendidas pela Estratégia de Saúde da Família, no estado do Maranhão, em 2010. A situação de insegurança alimentar foi avaliada pelo questionário socioeconômico e demográfico em visitas domiciliares, além da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Foram encontradas 70,5% das famílias em situação de insegurança alimentar. Correlação positiva entre a insegurança alimentar e os fatores demográficos e sociais, tais como localização do domicílio, coexistência de três ou mais crianças com idade inferior a cinco anos, baixa renda familiar, escolaridade e classe social foram encontrados. Concluiu-se que os resultados deste trabalho revelam uma expressiva frequência de famílias com crianças menores de cinco anos sobrevivendo em situação de vulnerabilidade e confirmam os resultados divulgados por pesquisas nacionais.
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