2019
DOI: 10.11606/0103-2070.ts.2019.151262
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Epistemologia da laje

Abstract: Inspirado pelos efeitos reflexivos que o armário produz em Epistemology of the closet, de Eve Sedgwick, e pelas críticas feitas por Ananya Roy às teorizações que se voltam ao deciframento das chamadas megacidades do Sul Global, este ensaio propõe uma epistemologia da laje. Com base no referente “favela carioca”, a hipótese sugerida é de que a laje, empírica e conceitualmente, permite deslocamentos epistêmicos que desestabilizam dualismos seculares: favela versus cidade formal, espaço privado versus espaço públ… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1
1

Citation Types

0
1
0
2

Year Published

2020
2020
2021
2021

Publication Types

Select...
3

Relationship

2
1

Authors

Journals

citations
Cited by 3 publications
(3 citation statements)
references
References 18 publications
0
1
0
2
Order By: Relevance
“…E se, de grandes conjuntos do passado de matrizes não europeias, como Machu Picchu ou Teotihuacán, são a solidez, a perenidade e a monumentalidade o que lhes confere o "certificado civilizacional" de sítio arqueológico, no presente ainda se dá valor à dureza e ao arrojo do concreto armado e, por extensão, são depreciados os materiais provisórios ou leves -adobe, taipa, palha, madeira, bambu etc. -e desconsiderados os saberes conexos à antimonumentalidade da arquitetura em lajes em favelas, de palafitas ribeirinhas e chinampas lacustres, das malocas indígenas e dos quilombos e palenques, por exemplo (MOASSAB, 2016;CUNHA, 2019;FREIRE-MEDEIROS;. Também é verdade, porém, que grupos etnorraciais marginalizados por vezes veem o tombamento como único recurso capaz de evitar o desaparecimento dos ambientes construídos que albergam sua cultura, não podendo descartar o instrumento.…”
Section: Quatro "Teses" Sobre Colonialidade Decoloniali-dade E Arquiteturaunclassified
See 1 more Smart Citation
“…E se, de grandes conjuntos do passado de matrizes não europeias, como Machu Picchu ou Teotihuacán, são a solidez, a perenidade e a monumentalidade o que lhes confere o "certificado civilizacional" de sítio arqueológico, no presente ainda se dá valor à dureza e ao arrojo do concreto armado e, por extensão, são depreciados os materiais provisórios ou leves -adobe, taipa, palha, madeira, bambu etc. -e desconsiderados os saberes conexos à antimonumentalidade da arquitetura em lajes em favelas, de palafitas ribeirinhas e chinampas lacustres, das malocas indígenas e dos quilombos e palenques, por exemplo (MOASSAB, 2016;CUNHA, 2019;FREIRE-MEDEIROS;. Também é verdade, porém, que grupos etnorraciais marginalizados por vezes veem o tombamento como único recurso capaz de evitar o desaparecimento dos ambientes construídos que albergam sua cultura, não podendo descartar o instrumento.…”
Section: Quatro "Teses" Sobre Colonialidade Decoloniali-dade E Arquiteturaunclassified
“…Afinal, há cidades independentemente de urbanistas, paisagens e paisagismos sem paisagistas e arquiteturas sem arquitetos e até mesmo sem arquitetura (GUTIÉRREZ; NAME; CUNHA, 2020, p. 70-72). A despeito do que profissionais prescrevam ou proscrevam, informam diferentes intelectuais e abordagens que objetos, arquiteturas, cidades e paisagens continuarão a ser criados na prática viva de conhecimentos, técnicas e processos -por vezes ancestrais -conduzidos individual ou coletivamente por pessoas comuns e condenados da cidade, em seu cotidiano ordinário (RUDOFSKY [1964(RUDOFSKY [ ] 1973FATHY [1973] 2009; BOUFLEUR, 2013; VAN LENGEN, [1981FREIRE-MEDEIROS;MARQUES;MASS, 2020).…”
Section: Terceira "Tese": a Modernidade/colonialidade é Catástrofe Metafísica Que Naturaliza A Extração Da Natureza A Arquitetura Como Veunclassified
“…In addition to the sarau , there are countless other encounters where favela‐based knowledge is generated, shared, and valued. Bianca Freire‐Medeiros and Leo Name (2019) apply Roy's subaltern urbanism to the laje (favela rooftop patio), a uniquely favela‐based cultural site that destabilizes the boundaries between the favela and the formal city. On the cavernous hillsides of most favelas, lages are both private spaces and exposed to the public for neighbors to see.…”
Section: Cultivating the Favela As Theorymentioning
confidence: 99%