2021
DOI: 10.11606/issn.2317-2762.psrevprogramapsgradarquiturbanfauusp.2021.176627
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões espaciais básicas e em arquitetura

Abstract: Parto de um artigo de Nelson Maldonado-Torres, no qual ele apresenta dez teses com vistas a uma analítica da colonialidade e da decolonialidade, mas ressalvo sua pouca atenção concedida à análise espacial, como faz boa parte da literatura decolonial. Assim, proponho um esboço de uma outra analítica, com base no giro decolonial, mas voltada ao espaço e, em especial, à arquitetura. Em um primeiro movimento, apresento questões fundamentais do giro decolonial, delas destacando algumas dimensões espaciais básicas p… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1
1

Citation Types

0
0
0
1

Year Published

2022
2022
2024
2024

Publication Types

Select...
3
1

Relationship

0
4

Authors

Journals

citations
Cited by 4 publications
(3 citation statements)
references
References 14 publications
(14 reference statements)
0
0
0
1
Order By: Relevance
“…Isso implica dizer que a visibilidade da reprodução de práticas racistas, muitas vezes, é ocultada, não questionada ou mal interpretada. Isso ocorre porque a ideologia dominante, fruto de uma "catástrofe metafísica" na qual a diferença entre eu e outro foi construída mediante a lógica colonial senhor e escravo que, ao mediar diferenças entre pessoas negras e brancas, como cor da pele ou práticas culturais, concebe representações e identidades que naturalizam o racismo, à medida que são operadas práticas de discriminação, violência e dominação sobre a população negra e indígena (MALDONADO-TORRES, 2018).…”
Section: )unclassified
“…Isso implica dizer que a visibilidade da reprodução de práticas racistas, muitas vezes, é ocultada, não questionada ou mal interpretada. Isso ocorre porque a ideologia dominante, fruto de uma "catástrofe metafísica" na qual a diferença entre eu e outro foi construída mediante a lógica colonial senhor e escravo que, ao mediar diferenças entre pessoas negras e brancas, como cor da pele ou práticas culturais, concebe representações e identidades que naturalizam o racismo, à medida que são operadas práticas de discriminação, violência e dominação sobre a população negra e indígena (MALDONADO-TORRES, 2018).…”
Section: )unclassified
“…La modernidad/colonialidad es un paradigma de guerra que se coloca como justo y que normaliza la violencia contra los sujetos colonizados que, por ser considerados entidades subhumanas marcadas por las barbarie y primitividad, pasan a ser percibidos como razón final para tal violencia, cabiendo a "eles demonstrar que não são a fonte da violência ao adotar os costumes e os modos de pensar dos colonizadores" (Maldonado-Torres, 2018, p. 39-40). Sin embargo, como afirma Frantz Fanon (2008Fanon ( , 2015, como los "condenados" son siempre mantenidos debajo de las dinámicas de acumulación y explotación que permiten la ascensión en la estructura de poder, ésta nunca será completamente exitosa (Fanon, 2008;Maldonado-Torres, 2018). Del mismo modo, como las características que definen las condiciones de reconocimiento de la humanidad son las características de la razón iluminista, de la blanquitud, de la civilización europea (Fanon, 2008(Fanon, , 2015, los colonizados y las colonizadas no blancas nunca tendrán éxito completo en sus reivindicaciones por reconocimiento social de su humanidad y la violencia contra ellos estará siempre justificada 71 .…”
Section: Introductionunclassified
“…Com isso, mesmo os que se tornam "sem-estado" ainda estão sob o controle do poder do Estado, em uma vida impregnada de poder, haja vista que a categoria "sem-estado" é reproduzida não apenas pelo Estado-nação, mas sobretudo por uma operação de poder que visa alinhar, coercitivamente, nação e estado, com hífen, como uma corrente. 108 Dessa forma, categorias como refugiado, cidadão e sem-estado produzem e são produzidas dentro de contextos que têm funcionamentos precisos de poder, noção de ser e concepções de conhecimento 109 . Ou seja, podemos relacionar que esses esquemas epistemológicos e ontológicos na definição da categoria refugiado são em si operações de poder que constituem e destituem a definição de refugiado em prol tanto de sua afirmação quanto de sua negação.…”
Section: O Colonialismo O Eurocentrismo E O Nacionalismo Como Express...unclassified