O artigo destaca a Lei nº 13.415/2017, fruto da Medida Provisória nº 746/2016 que institui a política para o “Novo Ensino Médio” no Brasil, proposta de forma arbitrária pelo governo Temer (2016-2018). Objetiva-se discutir, a luz de referências teóricas, a concepção de currículo veiculada por esta política, assim como destacar as contradições entre o que se propôs no atual PNE (2014-2024) para a última etapa da Educação Básica. Em termos metodológicos, trata-se de um estudo teórico, tendo como fundamento um diálogo entre pesquisadores do campo investigativo teórico: Apple (2003); Freire (2015); Frigotto (2017); Frigotto e Motta (2017); Vieira (2017); Sousa e Aragão (2018). Considerou-se que a política para o “Novo Ensino Médio” concorre ferozmente para o avanço da perspectiva neoliberal e o estreitamento curricular nessa etapa de ensino, caminhando na contramão das proposições do atual PNE. Defendemos a concepção de currículo em uma perspectiva multicultural em um contínuo movimento de significação.
Silvestre Coelho RODRIGUES 3 RESUMO: O presente estudo discute as políticas da educação no Brasil, voltadas às questões da culpabilização da criança que fracassa na escola, a partir da unilateralidade do olhar, quando a escola se recusa a discutir seus critérios de avaliação, seleção e classificação. Desconsiderar os contextos sociais, familiares e econômicos dos alunos, significa considerar que estes alunos apresentam desempenhos iguais, adquirem as suas competências e habilidades a partir do mesmo método pedagógico e com o mesmo ritmo de aprendizagem. Este estudo evidencia a falsidade dessas premissas, quando reconhece a relevância das diferenças individuais e a tentativa de inocentização da escola em relação ao seu próprio desempenho. Recentes pesquisas (2015) apontam que as dificuldades de aprendizagem resultam no fracasso escolar, representam despreparo dos professores para entender as diferenças, erros pedagógicos na adoção de métodos que se distanciam dos repertórios linguísticos e culturais das crianças. Percebe-se, também, a ausência de uma mediação por parte de Trabalhador Social entre a família, a escola e a comunidade para oportunizar o sucesso da criança na escola. PALAVRAS-CHAVE:
The BNCC is configured as a curricular proposal that directs the states and municipalities to reformulate and reframe the curricula. This includes the initial and continuing training of basic education teachers, since the LDB (9.394 / 96) presents as a category of curricular adequacy to the BNCC. The present work aims to analyze the references presented in the BNCC for the implementation of the new curricula with regard to teacher training. Thus, it has as a problem: how the dialogue at BNCC is being built between the curriculum and the training of teachers. Methodologically, this is a research with a qualitative and documentary approach. We conclude that this document serves as a parameter to understand how teacher education is conceived in the light of the Base, since professionals in basic education will be the protagonists in the dynamics of the curriculum within the classroom.
O presente artigo tem como objetivo refletir por meio da análise documental e da literatura as políticas para a formação docente no cerne do que foi conquistado e do que retrocedeu no plano legal da sociedade civil, buscando pontuar a dinâmica em que se institui a legislação. Por outro lado, se concentra a reflexão com base no decênio do primeiro Plano de Educação Nacional 2001-2010, no segundo PNE 2014-2024 e as Diretrizes para a Formação Inicial, que tem apontado a possibilidade de uma organicidade da formação inicial de docentes. E neste cenário, como a Reforma do Ensino Médio engendrou modificações no plano formativo. Apresenta-se ainda, uma discussão referente as Políticas para a Formação Inicial, com intuito de pensar a valorização e a desvalorização profissional nas contradições do plano legal.
Este trabalho objetiva buscar e elencar as manifestações culturais no Bairro do Roger, João Pessoa, Paraíba. Objetiva também fazer uma relação entre a condição social de pobreza do bairro e a importância da educação e da cultura para favorecer a reflexão crítica e construção de pertencimento dos jovens desse local. A escolha dessa população para este estudo não foi ocasional. Entende-se, conforme o Materialismo Histórico-Crítico, que nela há fortes traços do poder excludente capitalista e da concepção de classes hegemônicas e subalternas. Foram consultados estudos e publicações que expõem adversidades vividas em passado próximo (1958 a 2003) por crianças, jovens e demais moradores e trabalhadores da região. Nem só de lutas e embates vivem as pessoas do Bairro do Roger. Há espaço para alegria, festejos e muita descontração entre esses moradores. Os mais experientes têm a incumbência de reger e repassar a importância de enaltecer e cultivar a história local, por meio dos movimentos culturais, religiosos e esportivos, fortemente difundidos nessa população. As principais manifestações culturais encontradas no bairro foram: Escolas de Samba, Demonstrações de Matrizes Africanas, Capoeira, Quadrilha Junina, Festejos Religiosos, Ala Ursas e Torneio de Argolinhas. Conclui-se que a educação, junto com a cultura do bairro do Roger, favorece um pensamento crítico e de pertencimento social, o que aprimora o reconhecimento do cidadão enquanto mantenedor de direitos e deveres comunitários e individuais. Reconhecer-se ajuda no reconhecimento do próximo, gerando respeito, empatia e o entendimento da diversidade social em que as pessoas estão inseridas.
Gostaríamos de saudar as/os participantes do I Seminário Nacional de Gênero e Práticas Culturais e, mais precisamente, as/os participantes da mesa temática 'Gênero, raça e etnia'. Temos aprendido, constantemente, com uma pesquisadora-que se encontra conosco, nesse momento-a professora Dra. Miriam de Albuquerque Aquino e também com o professor Dr. Antonio Novais. Certamente, continuaremos aprendendo neste debate com o Prof. Dr. Waldeci Ferreira Chagas, Dra. Solange Pereira Rocha e evidentemente, tod@s vocês que estão nesta plenária. Juntamente com as professoras Mirian, Ana Paula e com outras/os pesquisadoras/es, temos tentado organizar seminários e debates sobre a valorização da cultura afro-brasileira e afrodescendente, o debate de Formação de Professoras/ es e, especialmente, o debate sobre as Cotas, enquanto política de ações afirmativas para negros e negras, índios, pobres, enfim, os excluídos por classe, raça, gênero etc.
A educação das relações étnico-raciais e o diálogo intercultural representam uma discussão presente e assegurada nas políticas educacionais. Considerando isso, o objetivo desta pesquisa é analisar a educação das relações étnico-raciais e o diálogo intercultural na formação de professores, apontando os seus espaços na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), assim como na Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação) para a formação de professores da Educação Básica. Metodologicamente, este estudo apresenta uma abordagem qualitativa, caracterizando-se como documental, pois analisamos os documentos como a BNCC e a BNC- Formação à luz da análise de conteúdo de Bardin (2011). Os resultados caracterizam-se pela incipiente introdução dessa temática nesses documentos de formação de professores. Em termos de conclusão, percebe-se a necessidade de mantermos essas discussões na formação de professores para que esses documentos que norteiam a política educacional de formação docente não estejam distantes das demais legislações.
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