Pesquisaram-se, de 1998 a 2002, os locais e as áreas de cultivo, o número de plantas e as principais espécies e cultivares comerciais de frutíferas e nozes de clima temperado do Estado de São Paulo. Para tanto, analisaram-se os dados do Projeto LUPA (Levantamento Censitário de Unidades de Produção Agrícola do Estado de São Paulo) e de consultas aos fruticultores de diversas regiões paulistas. Verificou-se a existência de 6 famílias botânicas, 11 gêneros e 12 principais espécies de frutíferas e uma de noz de clima temperado. São elas, em ordem decrescente do número de plantas: videira rústica, videira fina, pessegueiro (incluindo nectarineira), figueira, caquizeiro, nogueira-macadâmia, macieira, ameixeira, pereira européia, pereira asiática, nespereira, quivizeiro e marmeleiro, sendo as duas primeiras responsáveis por 51% de toda a área ocupada com as referidas culturas de clima temperado. Constatou-se que esse segmento da fruticultura está sendo praticado em 9.510 propriedades de 65% dos municípios paulistas, englobando todas as 40 regionais agrícolas da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica e Integral), existentes no Estado. A videira e a pereira foram as únicas culturas que apresentaram mais de uma espécie botânica sendo cultivada comercialmente. Foram detectadas 53 principais cultivares, sendo a cultura do pessegueiro responsável pela maior fonte de diversidade varietal. Considerando as épocas de colheita das frutíferas e nozes pesquisadas, observaram-se produções de frutos em todos os meses do ano, especialmente entre outubro e abril. Registraram-se novos e importantes nichos de cultivo nas regiões de Jales, Presidente Prudente, Barretos e Jaú, com predominância das uvas finas, das pêras asiáticas, dos pêssegos adaptados e da nogueira-macadâmia, respectivamente.
Peach (Prunus persica L. Batsch), a typically temperate fruit tree, was introduced in Brazil through Portuguese colonization in the 1530s. Peach trees established at low latitude regions require climatic adaptation to subtropicaltemperate conditions of low-chilling. The first Brazilian peach breeding program was initiated by O. Rigitano in the late 1940s at the Instituto Agronômico (IAC). Research continued at IAC, aiming at full adaptation of selections to different climates of São Paulo State and other similar ecosystems. Pioneering peach crosses involved local and North American germplasm material of medium chilling requirement. Various low-chill and productive cultivars with high quality fruits were released. In the last decades, the best IAC cultivars (F 1 and F 2 hybrids) were intercrossed with peach and nectarine selections from the University of Florida. Fifty eight cultivars were released for areas with 0-200 chilling hours (below 7.2°C).
ABSTRACT-Brazil is a very large country with a diverse climate. This fact allows a diversity of plants to grow ranging from tropical rainforest in the Amazon, passing through Atlantic Forest along the coast, the cerrados (Brazilian savannah) in the Central West region, and semi-arid area in the Northeast. Latitude ranges from 5° N to 33° S, with most of this territory in the tropical region. There are enough reasons to plant breeders devoting great amount of their effort to improve plants suitable for warm climates, though. Among fruit crops, results of breeder's work have been noticed in several species, especially on peaches, grapes, citrus, apples, persimmons, figs, pears and others not so common, such as acerola, guava, annonas (sour sop, sugar apple, atemoya, cherimoya) and passion fruit. Peach tree introduced at low latitude (22 ± 2ºS) requires climatic adaptation to subtropical conditions of low chilling. In Brazil, the first peach breeding program aiming adaptation of cultivars to different habitats was developed by Instituto Agronômico de Campinas (IAC) beginning in the end of the 40's. Apple low chill requirement cultivars obtained in a South state, Paraná, are now been planted at low latitudes. Banana and pineapple breeding programs from Embrapa units along the country are successfully facing new sanitary problems. Petrolina/Juazeiro, in the Northeastern region (9°S), is the main grape exporting region with more than 6,000 ha. Grape growing in the region is based in the so called "tropical" rootstocks released by IAC, namely: IAC 313 'Tropical', IAC 572 'Jales'. Recently, Embrapa Grape and Wine released tropical grape seedless cultivars that are changing table grape scenario in the country. Index Terms: temperate fruits, tropical fruits, tropical and subtropical climates, productivity. O IMPACTO DO MELHORAMENTO GENÉTICO NA PRODUÇÃO DE FRUTAS EM CLIMAS QUENTES DO BRASILRESUMO-O Brasil, com suas dimensões continentais, apresenta grande diversidade de climas. Este fato permite o crescimento de grande diversidade de plantas desde a floresta tropical úmida do Amazonas, passando pela Mata Atlântica ao longo da costa, os cerrados, na região centro-oeste e nas áreas de semiárido no nordeste. A maior parte do território encontra-se na região tropical onde a latitude abrange de 5° N a 33° S. Há, portanto, razões suficientes para os melhoristas de plantas devotarem boa parte de seus esforços para melhorar plantas apropriadas aos climas mais quentes. Entre as frutíferas, os resultados dos trabalhos dos melhoristas têm sido notados em diversas espécies, especialmente pêssegos, uvas, citros, maçãs, caquis, figos, pêras e outras, não tão comuns, como acerola, goiaba, anonas (graviola, pinha, atemóia, cherimóia) e maracujá. Pessegueiros introduzidos em baixas latitudes (22 ± 2ºS) requerem adaptação climática às condições subtropicais de baixa ocorrência de frio. No Brasil, o primeiro programa de melhoramento de pêssego visando adaptação de cultivares a diferentes habitats foi desenvolvido pelo Instituto Agronômico de...
RESUMO -O achachairu (Garcinia sp), fruta largamente produzida na Bolívia, vem sendo comercializado no Brasil há vários anos. O fruto é globoso-oblongo, de polpa branca, suculenta e textura mucilaginosa e de sabor doce-acidulado equilibrado ( o Brix 15 e pH 4,1). Devido ao crescente interesse em seu cultivo no Brasil, pesquisaram-se a germinação das sementes e o desenvolvimento das plântulas durante os primeiros 12 meses após sua emergência. As sementes, extraídas de frutos bem maduros, foram postas a germinar em duas situações: 1) ambiente controlado em estufa tipo B.O.D., sob as temperaturas de 25 e 30 ºC, fotoperíodo de 16 horas e irradiância de 32 μmol.m -1 .s -1 , e 2) ambiente de temperatura não-controlada: 3) B.O.D, cuja temperatura oscilava entre 20 e 30 ºC, e 4) sob temperatura ambiente de laboratório (25± 2 ºC). O melhor resultado foi obtido na temperatura constante de 30 ºC, com germinação de 92% e índice de velocidade de germinação (IVG) de 0,255. Quando germinada em ambiente de laboratório, a germinação das sementes mostrou-se baixa (30%), com IVG de 0,015. O desenvolvimento das plântulas em casa de vegetação ocorreu de forma bastante lenta, principalmente nas primeiras semanas após a emergência. O primeiro par de folhas surgiu após três semanas da emergência das plântulas, quando essas mediam 8 cm em média. A partir do oitavo mês de desenvolvimento, as plântulas emitiram várias ramificações laterais a partir da porção mediana para a região apical. Termos para indexação: frutífera, propagação, Clusiaceae, Garcinia sp. SEEDS GERMINATION AND SEEDLINGS EARLY DEVELOPMENT OF ACHACHAIRUABSTRACT -The achachairu (Garcinia sp), a fruit widely grown in Bolivia, has been commercialized in Brazil for many years. The fruit is globular-oblong shaped, with a white succulent pulp, mucilaginous texture and a well balanced sweet-acid flavor ( o Brix 15; pH 4.1). Due to the increasing interest in its cultivation in Brazil, this work was carried out aiming to study the seeds germination and seedling development throughout the first 12 months after seed emergence. The seeds, after being extracted from full ripe fruits were placed in a B.O.D. type chamber, under the following temperatures: 25, 30, 20-30 ºC, as well as under room temperature (25±2 ºC). The best result was given by the steady temperature of 30ºC, with a germination of 92% and a germination speed index (GSI) of 0,255. At room temperature, seeds germination was low (30%), with a GSI of 0,015. Seedling development at greenhouse conditions was very slow mainly throughout the first weeks post emergence. The first pair of leaves appeared 25 days after seedling emergence, when seedlings averaged 8cm. From the eighth month on, many lateral branches were burst out, from the seedling medial portion towards the apical one.
RESUMO -O conhecimento dos estádios florais e do desenvolvimento das nozes da nogueira-macadâmia é indispensável para o adequado manejo das plantas, visando a pesquisas de polinização e de cruzamentos controlados. Pesquisaram-se, neste trabalho, os padrões fenológicos temporais de sete cultivares de macadâmia (Macadamia integrifolia), do banco de germoplasma do Instituto Agronômico (IAC). Verificaram-se pequenas variações entre os estágios fenológicos iniciais, desde a emissão dos rácemos até a fase de botão floral inchado. O ciclo desde a emissão do botão floral até a queda dos frutos foi de 253 dias. Os estágios fenológicos -frutos maduros e queda dos frutos -ocorreram a partir do dia 10 de fevereiro até o final de março. Termos para indexação: Macadamia integrifolia, macadâmia, seleções IAC, fenologia. CHARACTERIZATION OF THE PHENOLOGICAL STAGES OF SEVEN MACADAMIA NUT CULTIVARS AND SELECTIONABSTRACT -The knowledge of phenological stages and nut development of macadamia trees is essential for the adequate management of the plant, aiming pollination studies and controlled crossing between cultivars, needed in breeding programs. The phenological temporal patterns of seven macadamia cultivars selected at the Instituto Agronômico (IAC) were researched in the collection of cultivars. Small variations were verified among the initial phenological stages, from emission of the racemes up to the swollen flower bud stage. The complete cycle, from the flower bud emission to the fruit dropping took 253 days. The phenological stages -mature fruits and fruit dropping -occurred from the second tenth of February to the end of March.
O objetivo do presente trabalho foi estudar a posição do ramo associada a diferentes ferimentos, substratos e concentrações de ácido indolbutírico (AIB) no enraizamento de alporques de figueira 'Roxo de Valinhos'. No primeiro experimento, foram realizados alporques na porção basal, mediana e apical dos ramos, no início do mês de março. No preparo dos alporques, foram realizados diferentes ferimentos: anel inteiro (anéis de três cm de comprimento), dois cortes (cortes paralelos de três cm de comprimento e um cm de largura), um corte (corte de três cm de comprimento e um cm de largura) e a testemunha com ausência de corte. Em seguida, colocou-se, no local do tratamento, substrato à base de casca de pínus umedecido, envolvendo-se com plástico transparente e amarrando-se nas extremidades, para evitar a perda de umidade. Passados 50 dias, os alporques foram removidos para a avaliação da porcentagem de alporques calejados, enraizados e o número médio de raízes. Em seguida, foram transplantados para leito de areia umedecido sob telado constituído de sombrite com 50% de luminosidade. Passados 30 dias, foram mensurados a porcentagem de alporques vivos e brotados, e o número médio de brotos. No segundo experimento, os alporques foram realizados no mês de abril, na porção mediana dos ramos, sem ferimento, aplicando-se no local, diferentes concentrações de AIB (0; 1.000; 2.000 e 3.000 mg L-1) e, em seguida, foram envolvidos pelos seguintes substratos: casca de pínus umedecido, esfagno umedecido e a mistura de ambos na proporção 1:1 v/v. Passados 60 dias, os alporques foram removidos para a mensuração da porcentagem de alporques calejados, enraizados e o número médio de raízes. Concluiu-se que os alporques devem ser realizados na porção mediana dos ramos, ausentes de ferimento, tratados com 1.000 mg L-1 de AIB e envolvidos com substrato à base de casca de pínus.
Na Estação Experimental de Jundiaí (23°08'S), do Instituto Agronômico (IAC), controlou-se o número de dias entre a antese e a maturação dos frutos de vinte cultivates de pêssegos (Prvnus persica L. Batsch) e nectarinas (P. persica L. Batsch var. nucipersica). Com base nos resultados obtidos, elaborou-se nova tabela classificatória para ciclos de frutificação, da qual constam, respectivamente, a faixa de maturação, o número de dias entre a flora da e a colheita dos frutos e os cultivares: ultraprecoce,<74dias (Fia. 7-3); bem precoce, 75-90 dias (Flordaprince, Tropical e Maravilha); precoce, 91-120 dias (Régis-1, Jóia-1, Jóia-4, Delicioso Precoce, Centenária, Doura do-1, Aurora-1, Aurora-2, Ouromel-3 e Josefina); mediana, 121-150 dias (Canário, Cristal e Talismã); tardia, 151-180 dias (Biuti e Rei da Conserva) e bem tardia,>181 dias (Bolão).
RESUMO -O presente trabalho teve como objetivo estudar a emergência e o desenvolvimento de plantas de marmeleiro, com potencial para serem utilizadas como porta-enxertos. O trabalho foi desenvolvido no Centro APTA Frutas/IAC, de maio/05 a janeiro/ 06. Sementes dos marmeleiros 'Mendoza INTA-37', 'Provence', 'Portugal' e 'Japonês' foram extraídas de frutos maduros, lavadas em água corrente, secas à sombra por 48 h e estratificadas a frio por 20 dias. Em seguida, foram semeadas em bandejas de poliestireno (72 células, capacidade de 120 cm 3 /célula) contendo a vermiculita como substrato. Foi feito contagem da porcentagem de emergência após 30 dias da semeadura, a cada 10 dias, em um total de quatro coletas. Em seguida, foi retirada uma amostra de 10 plântulas por repetição e avaliados a altura média da parte aérea, nº de folhas, massa seca média da parte aérea e das raízes. Foram ainda separados 10 plântulas uniformes e representativos de cada repetição e transplantados para sacos plásticos (capacidade de 3 L) contendo como substrato solo + esterco de curral curtido + areia (1:1:1 v/v). As plântulas permaneceram em viveiro telado (sombrite 50%), sendo irrigadas periodicamente. A cada 30 dias, foram mensurados a altura e o diâmetro das plântulas até o final da sexta avaliação (após 180 dias do transplantio). Concluiu-se que o marmeleiro 'Japonês' apresenta maior porcentagem de emergência (70%), altura das plântulas (111,83 cm) e diâmetro (0,7 cm), possuindo maior performance e uma excelente alternativa como porta-enxerto para marmeleiros. Termos para indexação: Chaenomeles sinensis L., Cydonia oblonga Mill., propagação. EMERGENCY AND PLANT DEVELOPMENT OF QUINCE CULTIVARS TO BE USED AS ROOTSTOCKABSTRACT -The present work has as objective to study the emergency and development of quince seedlings with potential to be used as rootstock. The work was developed in the APTA Center Fruits/IAC, from May/05 to January/06. Seeds of 'Mendoza INTA-37', 'Provence', 'Portugal' and 'Japonês' quince were collected from mature fruits, washed in water, dried under shade for 48 h, and stratified in cold for 20 days. After that, these seeds were sowed in polystyrene trays (72 cell of 120 cm 3 /cell), containing vermiculite as substrate. The percentage of emergency was determined after 30 days, at intervals of 10 days, in a total of four collections. On the end of this period, 10 seedlings were removed from each replication and evaluated the height of the aerial part, the number of leaves, and the medium dry mass of aerial and root parts. Also, 10 uniform representative seedlings of each replication were separeted and transplanted to polyethylene bags (capacity of 3 L) containing substrate composed by soil + cattle manure + sand (in the volumetric proportion of 1:1:1) fertilized with 191 g CaHPO 3 , 10 g KCl and 100 g CaCO 3 in 100 L substrate. Then plants were maintained under shading sieve (50% shading), being irrigated periodically. The height and diameter of seedlings were evaluated at intervals of 30 days until the end of the sixth...
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.