ResumoDesenvolve-se uma metodologia traçada por um roteiro em algoritmo factível e amigável para efetivação em planilhas eletrônicas, reconhecidas como uma interface popular para cálculos. Buscase, assim, apresentar uma ferramenta útil para alunos de graduação e recém-graduados em engenharia florestal, ou engenheiros mais experientes que ainda não dominem a técnica, para ajuste de um modelo de função densidade de probabilidade, com o objetivo de descrever a estrutura da distribuição diamétrica de populações florestais. O modelo adotado é o da função de Weibull, e o método de ajuste é o do percentis, com simulações comparadas por teste de aderência de Kolmogorov-Smirnov. A eficiência do método apresentado é testada por comparação a outro método alternativo. Palavras-chave: Manejo florestal; florestas -modelos matemáticos; florestas -simulação por computador. Abstract Weibull diameter distribution function adjusts for electronic spreadsheet.This research develops a methodology based on easy and friendly algorithm for spreadsheets, a well known interface for calculus. It aims to present a helpful tool for forestry students, as well as for newly or experienced engineers who haven't already known adjustment techniques for a density function model of probability, which is useful into diametric distribution structure descriptions of forest population. It has Weibull's function as main model, percentile as adjustment method, and comparing simulations by Kolmogorov-Smirnov goodness-of-fit test. Efficiency of the presented method was tested by comparison to another method. Keywords: Forest management; forest -mathematical models; forest -computer simulator. INTRODUÇÃOO emprego de modelos de distribuição diamétrica é fundamental para a construção de quadros de produção florestal. O ajuste desses modelos requer um processo iterativo, não disponível automaticamente em pacotes computacionais, apropriado para solução através de uma linguagem de programação para computador. Devido ao fato de o uso dessas linguagens ainda não ser de domínio comum entre os florestais, procura-se neste trabalho apresentar um roteiro em algoritmo factível e amigável para efetivação em planilhas eletrônicas, reconhecidas como uma interface popular para cálculos. Busca-se, assim, apresentar uma ferramenta útil para alunos de graduação e recém-graduados em engenharia florestal, ou mesmo para engenheiros mais experientes que ainda não dominem a técnica, para ajuste de um modelo de função densidade de probabilidade. Para aqueles que já se aventuram em linguagens de programação, espera-se que o algoritmo possa também auxiliar em seus propósitos.Após a apresentação do algoritmo com o roteiro e montagem da planilha, em que se constrói um simulador para escolha da melhor opção de apresentação da função, conduz-se a confrontação do método apresentado com um método alternativo de ajuste da função por regressão não linear, com o intuito de testar a eficiência do primeiro.Objetiva-se, assim, além de apresentar uma metodologia de fácil aplicação para ajuste de u...
Zonas de vida ecológicas do Brasil. Muitos sistemas de classificação foram desenvolvidos para auxiliar na missão de descrever o clima, mas nenhum é capaz de atender a todas as atividades humanas. O sistema desenvolvido por Holdridge em 1947, chamado de "zonas de vida", é considerado o sistema de classificação climática mais ecológico pelo uso da biotemperatura. Diversos países já possuem um mapa das suas zonas de vida e o objetivo deste estudo é classificar cada município brasileiro de acordo com esse sistema. Dados de temperatura, precipitação, altitude e latitude, cedidos por Alvares et al., (2013), foram aplicados na metodologia descrita em Holdridge (2000). O mapa das zonas de vida foi comparado com o mapa de vegetação por meio de matrizes de correlação, que geraram índices de correspondência de 0 a 100%. Os resultados mostraram que o Brasil tem 35 zonas de vida. As mais comuns são floresta úmida tropical e floresta úmida tropical premontana, cobrindo quase 50% do território. Após as análises de correlação, foi possível identificar que 21 zonas de vida têm mais de 80% das suas superfícies explicadas por dois tipos de vegetação ou menos. A distribuição das zonas de vida foi consistente com as características de cada região, em termos de vegetação e clima; desta forma, o sistema de classificação de Holdridge pode ser considerado uma opção relevante e específica para tomadas de decisão na agricultura e silvicultura.
INCÊNDIOS FLORESTAIS ATENDIDOS PELA KLABIN DO PARANÁ NOAs ocorrências estão distribuídas ao longo da semana de forma homogênea, concentradas ao longo do dia das 11 às 18 horas (72,8% do total). As principais causas dos incêndios foram incendiários (54,2%) e queimas para limpeza (16,2%). A vegetação mais suscetível foi o pinus, com 41,3% das ocorrências e 22,5% da área afetada. Apesar de um grande número de ocorrências no eucalipto (22,2%), a área atingida foi menor que a de "outras espécies plantadas" (20,4%) e da capoeira (19,3%). Conclui-se que houve uma melhoria do sistema de proteção, considerando o aumento da área protegida e a diminuição da área afetada pelos incêndios. Ações de prevenção direcionadas aos incendiários e queimas para limpeza, sobretudo nos períodos de maior perigo, são necessárias. FOREST FIRES SUPRESSED BY KLABIN OF PARANA IN THE PERIOD 1965 -2009ABSTRACT: The records of fire occurrence enables planning for prevention and control, minimizing the damages. The objectives of this study were: determine the number of fires attended by fire brigades of Klabin in the period of 1965 to 2009, determine the fires temporal distribution, identify the probable causes, and identify the main classes of affected vegetation. To do so, records of fire occurrence provided by Klabin, as well as IAPAR meteorological data for the period were analyzed. The results showed that in the period of 1965 to 2009, there were 2,313 occurrences that affected 6,197 ha, with a reduction of the affected area over the period. The months of July, August and September presented the highest number of occurrence, totaling 1,183 (51.2%) fires. The events were uniformly distributed throughout the week, concentrated from 11 to 18 hours (72.8% of total). The main causes of fires were arson (54.2%), followed by cleaning burns (16.2%). The pine was the more susceptible vegetation, with 41.3% of the occurrences and 22.5% of the affected area. Although a large number of events occurred in eucalyptus (22.2%), the affected area was smaller than that "other planted species" (20.4%) and secondary forest (19.3%). In conclusion, there was an improvement of the protection system, considering the increase of the protected area and the decrease in the area affected by fires. Preventive actions directed to arsonists and agricultural burning, especially in periods of danger are needed.
O clima exerce notória influência nos processos do planeta, seja no cotidiano das pessoas, na distribuição de espécies vegetais e animais ou nas atividades agroflorestais. Inúmeras classificações foram propostas objetivando determinar o clima de uma região. Em 1947, Holdridge propôs uma classificação utilizando como variáveis a biotemperatura, a precipitação e a altitude, nomeando as suas classes como zonas de vida. Assim, o presente trabalho teve como objetivo classificar o estado de Minas Gerais de acordo com as zonas de vida de Holdridge, bem como comparar com a classificação proposta por Köppen e com a distribuição da vegetação no estado. Para isso utilizou-se uma base de dados meteorológicos, de 25 anos de registros, além da classificação de Köppen e das classes vegetacionais do estado. Foram encontradas nove zonas de vida, sendo as mais representativas: floresta úmida tropical premontana (45,1%), floresta úmida subtropical basal (19,1%) e floresta seca tropical premontana (10,8%). Ao comparar a classificação de Köppen e Holdridge, verificou-se que as classificações que obtiveram o maior valor de relação com a floresta úmida tropical premontana foram as do tipo Cwa (58,2%) e Cwb (50,3%). Na comparação com as classes vegetacionais foi verificado que a zona de vida floresta úmida tropical premontana teve maior relação com savana (67,3%) e savana/floresta estacional (72,3%). Com base nos resultados obtidos observou-se que a classificação de Holdridge apresentou boa relação nas comparações com Köppen e o mapa de vegetação, sendo assim adequado para classificação climática do estado de Minas Gerais.
O clima é a síntese de elementos meteorológicos observados durante um longo período de tempo e possui estreita relação com a vegetação. A classificação climática de Holdridge define zonas de vida representativas para as diferentes regiões da Terra, que refletem a conjuntura destes elementos meteorológicos. Este trabalho objetivou a classificação do estado do Rio Grande do Sul segundo este sistema, visando comparar com a classificação climática de Köppen, bem como as fitogeografias do estado. Com base em uma série histórica não contínua mínima de 25 anos, de 1950 a 1990, de dados pluviométricos e de temperatura, associados às variáveis de latitude e altitude, foi possível calcular e determinar as zonas de vida individualmente para os 496 municípios do estado. Oito zonas de vida foram encontradas, das quais se destacaram: floresta úmida temperada basal (74,0%); floresta muito úmida/floresta úmida temperada basal (13,8%); e floresta úmida/floresta muito úmida temperada basal (8,0%). A relação entre Holdridge e Köppen apresentou correspondência acima de 90% em sete das oito zonas de vida encontradas (87,5% do território do estado), predominantemente com o tipo climático Cfa (clima temperado, com chuva o ano todo e verão quente). Regiões de Estepe e Savana-estépica obtiveram 100% de correspondência com as zonas de vida floresta muito úmida temperada basal e com as respectivas transições com floresta úmida temperada basal. O sistema de zonas de vida de Holdridge mostrou-se uma importante ferramenta para o zoneamento agrossilvicultural do estado, uma vez que houve uma interação satisfatória quando comparado com o sistema de classificação climática de Köppen e com algumas fitogeografias.
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