Our core hypothesis is that the emergence of human language arose very rapidly from the linking of two pre-adapted systems found elsewhere in the animal world—an expression system, found, for example, in birdsong, and a lexical system, suggestively found in non-human primate calls (Miyagawa et al., 2013, 2014). We challenge the view that language has undergone a series of gradual changes—or a single preliminary protolinguistic stage—before achieving its full character. We argue that a full-fledged combinatorial operation Merge triggered the integration of these two pre-adapted systems, giving rise to a fully developed language. This goes against the gradualist view that there existed a structureless, protolinguistic stage, in which a rudimentary proto-Merge operation generated internally flat words. It is argued that compounds in present-day language are a fossilized form of this prior stage, a point which we will question.

Early modern humans developed mental capabilities that were immeasurably greater than those of non-human primates. We see this in the rapid innovation in tool making, the development of complex language, and the creation of sophisticated art forms, none of which we find in our closest relatives. While we can readily observe the results of this high-order cognitive capacity, it is difficult to see how it could have developed. We take up the topic of cave art and archeoacoustics, particularly the discovery that cave art is often closely connected to the acoustic properties of the cave chambers in which it is found. Apparently, early modern humans were able to detect the way sound reverberated in these chambers, and they painted artwork on surfaces that were acoustic “hot spots,” i.e., suitable for generating echoes. We argue that cave art is a form of cross-modality information transfer, in which acoustic signals are transformed into symbolic visual representations. This form of information transfer across modalities is an instance of how the symbolic mind of early modern humans was taking shape into concrete, externalized language. We also suggest that the earliest rock art found in Africa may constitute one of the first fossilized proxies for the expression of full-fledged human linguistic behavior.

Neste artigo, discutimos alguns aspectos da morfologia não-concatenativa do português brasileiro, concentrando-nos nas propriedades morfossintáticas e semânticas dos blends. Tratamos, mais especificamente, dos blends fonológicos, nos quais há a sobreposição de segmentos idênticos das palavras-fontes que o constituem (e.g., roubodízio < roubo + rodízio). Demonstramos que, mesmo nos blends formados através de sobreposição de segmentos fonológicos idênticos, o input imediato para a mesclagem decorre de fatores semânticos, e não fonológicos, sendo esses últimos epifenomenais, tal como sugerido em Minussi e Nóbrega (2014)

RESUMO Neste artigo, analisamos as propriedades e a distribuição dos adjetivos intensificadores no português brasileiro, tendo em vista suas propriedades morfossintáticas, sintáticas e semânticas. Submetemos os dados a testes com o propósito de verificar seu comportamento em relação à ordem, definitude, e tipo de sentenças e sintagmas em que ocorrem. A partir disso, propomos algumas generalizações com relação à sua distribuição: (i) são exclusivamente prepostos, (ii) ocorrem em sintagmas definidos e indefinidos, (iii) ocorrem em sentenças exclamativas, e (iv) podem ser empregados em contextos de duplicação de determinante em sintagmas nominais indefinidos. No que concerne à categoria lexical que modificam, observamos a formação de dois subgrupos: aqueles que modificam apenas nomes (viz., baita, bruta, senhor(a), puta) e aqueles que modificam nomes e palavras de outra natureza categorial (viz., mega, hiper, super). Essas considerações nos fornecem um conjunto de informações sobre a controversa natureza morfológica de mega, hiper e super. Embora sejam tratados como prefixos, argumentamos que essa análise não é plausível. Em contrapartida, sugerimos que tais formas sejam consideradas adjetivos autônomos. Essa assunção, por sua vez, permite-nos explicar facilmente formações como supermercado, mega-feirão e hipercorreção, analisando-as como compostos de combinação categorial A-N, contrariamente ao que a literatura vem assumindo.