O artigo discute como o conceito de Atividade, compreendido como unidade de análise do desenvolvimento humano, pode fundamentar o trabalho do professor na organização do ensino, de acordo com os pressupostos teórico-metodológicos da psicologia histórico-cultural. Para isso, aborda os processos de apropriação da cultura humana e o papel do trabalho coletivo na constituição dos sujeitos, destacando a atividade de ensino como um modo de realização da educação escolar. Nesse sentido, o texto apresenta e discute as potencialidades do conceito de Atividade Orientadora de Ensino (AOE) que, ao ser planejada e desenvolvida a partir dos elementos da Atividade - necessidade, motivos, objetivos, ações e operações, possibilita o desenvolvimento do psiquismo dos sujeitos que a realizam. A qualidade de mediação da Atividade Orientadora de Ensino se evidencia ao possibilitar que o sujeito singular se aproprie da experiência humana genérica na direção do pensamento teórico.
Ao Paulo, companheiro de horas e sonhos, com quem tenho descoberto a alegria e o sentido de "caminhar junto". Por sua generosidade e amor em todos os momentos. À nossa filha Cecília, luz nos nossos caminhos, expressão de amor. Pela alegria que a sua vinda trouxe à minha vida. Mas se essa transformação da inteligência não te reergue o coração com o aperfeiçoamento íntimo, se os princípios que abraças não te fazes melhor, à frente dos nossos irmãos da Humanidade, para que te serve o conhecimento? Se uma força superior te não educa as emoções, se a cultura te não dirige para a elevação do caráter e de sentimento, que fazes do tesouro intelectual que a vida te confia? Emmanuel. AGRADECIMENTOS A Deus, pelas experiências que me constituem. Aos meus pais Vanadil e Maria Helena que diante das dificuldades e lutas cotidianas souberam dar aos filhos o exemplo da dignidade, mostrando-nos sempre o valor do conhecimento e do trabalho. Obrigada também pelos inúmeros momentos nos quais não mediram esforços para me ajudarem, tão carinhosamente, a cuidar da Cecília. Ao querido orientador Prof. Dr. Manoel Oriosvaldo de Moura, por ter me acolhido generosamente nessa longa caminhada iniciada ainda durante o mestrado. Agradeço por ter me permitido a aproximação com muitas das reflexões presentes nessa pesquisa, por suas preciosas sugestões e experientes ponderações e, acima de tudo, por exemplificar a concepção de Educação Humanizadora que ensina. Obrigada, Ori, por compreender minhas opções no decorrer desse percurso. Ao Paulo, pelo apoio, compreensão e amor com os quais compartilhou comigo essa jornada. Obrigada também pelos muitos momentos de reflexão e pelas inúmeras leituras cuidadosas em diferentes momentos da realização desse trabalho. Em especial, pela ajuda com a formatação das referências bibliográficas. Ao Prof. Dr. Vitor Henrique Paro por me ter aceitado como aluna na disciplina que ofereceu na Pós-Graduação em 2003 e por suas preciosas contribuições no Exame de Qualificação. À Profª. Drª. Maria Isabel de Almeida pela leitura atenciosa e valiosas indicações bibliográficas oferecidas durante o Exame de Qualificação. Aos colegas do GEPAPe -Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Atividade Silem, Sílvia Tavares, Wellington e, aos novos colegas Algacir e Camila, pelos momentos coletivos de aprendizado. Em especial, à Sílvia Moraes e ao Sérgio Cobianchi pela leitura minuciosa do texto de Qualificação. Aos professores de Matemática, que diante do desafio de ensinar, se dispuseram a participar dessa pesquisa. Aos funcionários da FEUSP que solicitamente deram todo o apoio necessário a essa pesquisa. Em especial, agradeço aos funcionários da Secretaria de Pós-Graduação, do Apoio Acadêmico e da Biblioteca. Ao meu irmão Jonathan pela amizade e carinho e por termos aprendido juntos o sentido de compartilhar. À Cris pela ajuda delicada em tantos momentos ao longo desses anos. A toda minha família pelo apoio e compreensão nos momentos difíceis de ausência. Em especial, agradeço à Oneide e aos meus tios Charles e Sônia pelo suporte familiar q...
The objective was to assess the knowledge about ischaemic stroke among selected groups of persons at high risk for stroke. Outpatients referred to 3 hospital ultrasound departments in the Marche Region (Italy) were asked to answer a questionnaire. Data were collected on: (1) demographic characteristics; (2) risk profile determined using Coppola et al.'s scoring system; (3) knowledge about symptoms, risk factors, part of the body injured and best referral option for stroke. Of the 352 respondents, around 52% were unable to report even one warning symptom of stroke, while 58.4% of participants at increased risk did not know any risk factors. Only 64.5% identified the brain as the part of the body injured by stroke. Only 59.4% considered the Emergency Department as the best referral option in the event of stroke. This study confirms poor knowledge about stroke in our study population, particularly in subjects with increased stroke risk.
Esse artigo, de natureza teórica, tem como objetivo apresentar os aportes do enfoque histórico-cultural e da teoria da atividade à compreensão da constituição do humano no homem. O ponto de partida, para explicar o processo de humanização, é a teoria histórico-cultural, cuja origem epistemológica está no materialismo dialético, a partir das obras de Marx. O artigo, primeiramente, apresenta as categorias teóricas centrais à explicação do desenvolvimento e constituição do humano, tais como atividade, consciência, necessidade, motivo, apropriação. Num segundo momento, apresenta as contribuições da perspectiva teórica em foco à educação, especialmente à educação escolar. Entende-se, nesse sentido, a educação como o processo de apropriação da cultura humana resultado da atividade efetiva do homem sobre os objetos e o mundo circundante mediados pela comunicação. Por último, propõe o método materialista histórico dialético como base para a pesquisa em educação e apresenta seus princípios fundamentais à investigação da constituição dos fenômenos humanos.
O artigo apresenta uma pesquisa de doutorado que investigou o processo de formação de professores de matemática em atividade de ensino, ao elaborarem coletivamente situações desencadeadoras de aprendizagem. Fundamentando-se na teoria histórico-cultural e na Teoria da Atividade, elaborou-se uma proposta de formação continuada de professores, ancorada nos conceitos de trabalho e atividade, que se constituiu no campo empírico da investigação. Na análise comparativa dos dados provenientes de elaborações coletivas e socializações das propostas de ensino, buscaram-se evidências que revelassem mudanças no movimento de organização das ações dos professores. Os resultados evidenciam que, na (re)organização coletiva de suas ações, os professores atribuíram novos sentidos às próprias ações, à mediação e à escolha de instrumentos, apropriando-se das formas de realização colaborativa da atividade de ensino. Nesse percurso de formação, o novo fazer dos professores constituiu-se, de forma mediada, na práxis pedagógica, o que corrobora o coletivo como espaço de produção de conhecimento.
ResumoCom base na Teoria Histórico-Cultural, nas proposições gerais de Vigotski acerca do caráter social do psiquismo humano e no conceito de atividade aprofundado por Leontiev, a pesquisa investigou a aprendizagem de elementos da docência da Matemática em estudantes de Pedagogia que participaram do Clube de Matemática em uma universidade pública paulista. Os dados analisados foram produzidos pelos sujeitos na forma de portfólio reflexivo individual e relatório final coletivo. A análise dos dados revela que a transformação coletiva das atividades desencadeada pelas necessidades postas aos sujeitos vincula-se ao movimento de atribuição de novos sentidos à reorganização de ações e sua relação com o planejamento, à relação do sujeito com o ensino da Matemática, à relação entre a teoria e a prática na organização do ensino e às condições objetivas do trabalho do professor. Assim, aponta para o movimento de formação docente em atividade de ensino no Clube de Matemática.Palavras-chave: Formação de professores; ensino de matemática; Psicologia Histórico-Cultural. Learning to teach thorugh activity in the mathematics club AbstractBased on the Historical-Cultural theory and on Vygotsky's general propositions about the social nature of the human psyche and the concept of activity deepened by Leontiev, we have investigated elements of the learning of Mathematics teaching in Pedagogy students who participated in the Mathematics Club at a public university in São Paulo. The data analyzed were produced by the subjects in the form of individual reflective portfolio and collective final report. Data analysis reveals that the transformation of collective activities, triggered by the needs placed upon the subject, is linked to the movement of assigning new meanings to the reorganization of actions and their relation to the planning, the subject's relation to the teaching of mathematics, the relationship between theory and practice in teaching organization, and objective conditions of the teacher's work. Thus, it points to the movement of teacher training in teaching activity in the Mathematics Club.Keywords: Teacher education; mathematics education; Historic-Cultural Psychology. Aprendizaje de la docencia en actividad de enseñanza en el club de matemáticas ResumenCon base en la Teoría Histórico-Cultural, en las proposiciones generales de Vygotsky acerca del carácter social del psiquismo humano y en el concepto de actividad profundizado por Leontiev, el estudio investigó el aprendizaje de elementos de la docencia de la Matemáticas en estudiantes de Pedagogía que participaron del Club de Matemáticas en una universidad pública paulista. Los datos analizados fueron producidos por los sujetos en la forma de portfolio reflexivo individual e informe final colectivo. El análisis de los datos muestra que la transformación colectiva de las actividades desencadenada por las necesidades puestas a los sujetos se vincula al movimiento de atribución de nuevos sentidos a la reorganización de acciones y su relación con el planeamiento, a la relac...
Resumo: Neste artigo relatamos uma investigação, realizada com estudantes de 8ª série de uma escola pública, sobre o papel dos conhecimentos prévios e das interações sociais na aprendizagem do conceito de função. Comparando momentos de trabalho individual com situações de interação constatamos que a interação possibilitou um movimento de compreensão do conceito, no sentido da abstração e de generalização, que não ocorreu na situação de trabalho individual.Unitermos: Aprendizagem, conceitos prévios, interações sociais, conceito de função. Abstract: This paper reports a research about the influences of previous ideas and social interaction in learning of function concept carried out with 8 th grade students of a public school. Comparing moments of individual work with interactions situations we observed that the circumstances where interactions occurs, a greater comprehension of concept and how it enables abstraction and generalization was made possible whereas this did not occur in the situation where individual work was carried out. Keywords: Learning, previous ideas, social interaction, function concept. Considerações teóricasEm muitas situações de nossa prática pedagógica sentimo-nos surpresos frente às dificuldades de aprendizagem de nossos alunos em atividades de ensino propostas em sala de aula. Reflexões sobre esse fato nos trazem inevitáveis questionamentos. Existiram fatores capazes de favorecer a aprendizagem? Quais seriam eles? Como o trabalho desenvolvido em sala de aula influencia este processo?Fatores como a afetividade, a disposição, o interesse, o ambiente social, as interações, a relação do conceito com a realidade concreta e os conceitos prévios têm sido levantados pelos educadores como possíveis respostas a essas questões (Coll e Solé, 1997).Na busca de possíveis esclarecimentos sobre as questões acima realizamos uma pesquisa que teve como objetivo investigar como os conhecimentos prévios e as interações sociais influenciam na aprendizagem do conceito de função.A escolha desse conceito deve-se a dois fatores. Primeiramente, a sua relevância social caracterizando-se como o instrumento que explicita a interação quantidade-qualidade na busca de regularidades dos fenômenos naturais ou sociais. Em segundo, ao seu papel dentro de uma estruturação lógica do conhecimento matemático.Baseamos nossa investigação nos aportes teóricos que relevam o papel dos conhecimentos prévios e do contexto social na educação. Nesse sentido, encontramos, tanto na perspectiva construtivista quanto na histórico-cultural, contribuições para a realização da pesquisa.
ResumoO objetivo deste artigo é analisar a Atividade Orientadora de Ensino (AOE) no desenvolvimento de pesquisas em espaços formativos que tiveram como foco o professor que ensina matemática. Foram selecionadas quatorze pesquisas desenvolvidas no período de 2007 a 2016, no âmbito do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Atividade Pedagógica. O texto discute o conceito de AOE, seus elementos e os fundamentos teóricos que o sustentam buscando reconhecer sua presença na metodologia das pesquisas analisadas no processo de produção e análise de dados. As análises revelam que ainda que todas as pesquisas foram sido realizadas 1 Doutora em Educação (USP). Professora do Magistério Superior na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Pesquisadora dos grupos GEPAPe (USP) e GeforProf (UTFPR). Docente do Programa de Pós-Graduação PPGFCET (UTFPR) e PPGECM (UFPR). E-mail: malupanossian@hotmail.com 2 Pós-doutora em Educação (USP). Docente adjunto nível 4 (DE) na Faculdade de Matemática-FAMAT/UFU. Pesquisadora do grupo GEPAPe (USP), coordenadora e pesquisadora do grupo GEPEMAPe (UFU). Docente do Programa de Pós-Graduação PPGECM (UFU) e PPGED (UFU). E-mail: fabiana.marco@ufu.br 3 Pós-doutora em Educação (USP). Docente adjunto do Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Pesquisadora do grupo GEPAPe (USP), coordenadora e pesquisadora do grupo GEPEMat (UFSM). Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFSM) e do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática e Ensino de Física (PPGEM&EF). E-mail: anemari.lopes@gmail.com 4 Doutora em Educação (USP). Professora Adjunta na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Pesquisadora dos grupos GEPAPe (USP) e docente do Programa de Pós-Graduação PPGECM/UFPR. E-mail: flaviad@utfpr.edu.br 5 Pós-doutora em Educação. Professora Adjunto da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pesquisadora do grupo GEPAPe (USP) e líder do GEPPEDH (UNIFESP). Docente do programa de pós-graduação em Educação (PPGE-UNIFESP) e do Programa de pós-graduação em Educação (PPGE-FEUSP). E-mail: vanessadmoretti@gmail.com A matéria publicada nesse periódico é licenciada sob forma de uma Licença CreativeCommons -Atribuição 4.0 Internacional
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