RESUMOTema: o termo linguagem é definido como organizado sistema de símbolos, com propriedades particulares que desempenham a função de codificação, estruturação e consolidação dos dados sensoriais, o que permite que experiências sejam comunicadas e seus conteúdos transmitidos. O desenvolvimento da linguagem depende não somente das condições biológicas inatas de cada indivíduo, como também sofre influência de fatores ambientais presentes nos meios em que as crianças estão inseridas, como por exemplo, a família e a escola. Objetivo: descrever e analisar as produções científicas relevantes para o entendimento da influência do ambiente familiar e escolar na aquisição e desenvolvimento da linguagem em crianças por meio de revisão da literatura. Conclusão: as produções científicas apresentadas apontam a relevância da estimulação no âmbito familiar e escolaridade dos pais, porém pôde-se perceber a carência de estudos que relacionassem o desenvolvimento infantil com o ambiente escolar. Outro fator que chamou atenção foi a falta de estudos que correlacionem vocabulário e fonologia com os fatores ambientais escolares e familiares. A partir da revisão da literatura abrem-se novas perspectivas de trabalhos a serem realizados na Fonoaudiologia para que as lacunas existentes possam ser preenchidas com novos conhecimentos sobre desenvolvimento infantil. DESCRITORES:Ambiente; Família; Linguagem; Fonoaudiologia; Creches; Desenvolvimento Infantil Conflito de interesses: inexistenteAs diferentes línguas são compostas por fonemas distintos. A criança, durante o seu desenvolvimento, aprende a ignorar alguns fonemas e dirige a atenção aos mais utilizados em sua língua materna. As regras permitem ao sujeito fazer a distinção entre os diversos fonemas da língua considerando suas particularidades 2 . Na aquisição fonológica normal, o domínio do sistema fonológico da língua alvo é atingido espontaneamente, em uma sequência e faixa etária comum à maior parte das crianças (quatro a seis anos)
Resumo:OBJETIVO: verificar a associação entre perfil fonológico e vocabulário de crianças de quatro a cinco anos e 11 meses, de escolas públicas e particulares de Belo Horizonte e analisar a influência da família e da instituição de ensino no desenvolvimento infantil.MÉTODOS: foram avaliadas 96 crianças de quatro a cinco anos e 11 meses, provenientes de duas instituições públicas e uma privada. Os responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Excluíram-se os participantes ausentes na instituição, com condições inadequadas de avaliação, alterações neurogênica ou cognitiva ou cujos responsáveis responderam menos de 70% do Inventário de Recursos do Ambiente Familiar. Utilizaram-se como instrumentos este inventário e as provas de fonologia e vocabulário do Teste de Linguagem Infantil.RESULTADOS:em todas as idades, os participantes mostraram melhor desempenho em fonologia. Crianças do gênero masculino apresentaram resultados piores na prova de vocabulário. Na relação com o ambiente familiar, a maioria dos participantes apresentou fonologia e vocabulário adequados. Crianças da instituição privada apresentaram desempenho inferior em ambas as provas. Em todas as instituições, dos participantes com vocabulário adequado, a maioria apresentou fonologia adequada. Crianças com fonologia alterada apresentaram 1,15 chances maiores de apresentarem alteração lexical.CONCLUSÃO: a associação entre fonologia e vocabulário de crianças de quatro a cinco anos e 11 meses mostrou influência do ambiente familiar no desenvolvimento infantil. A maior parte das crianças que apresentaram bom desempenho no vocabulário também demonstraram ter fonologia adequada. Não houve evidência de que instituição de ensino e escolaridade parental são determinantes para o desenvolvimento da criança.
The most used questionnaires for the assessment of the restriction on auditory participation were the Hearing Handicap Inventory for the Elderly (HHIE), Hearing Handicap Inventory for Adults (HHIA), and Hearing Handicap Inventory for the Elderly - Screening (HHIE-S). The use of restriction on auditory participation questionnaires can assist in validating decisions in audiology practices and be useful in the fitting of hearing aids and results of aural rehabilitation.
OBJETIVO: verificar a influência do nível de escolaridade materna no desenvolvimento da linguagem de crianças de 2 a 24 meses. MÉTODO: trata-se de estudo transversal realizado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada no Distrito de Venda Nova em Belo Horizonte, Minas Gerais. A amostra foi composta por 351 crianças, de ambos os sexos, com idades entre 2 e 24 meses. A pesquisa se deu por meio da aplicação do Protocolo de Perfil Comunicativo. RESULTADOS: a maioria (70,1%) das crianças avaliadas possuía desenvolvimento adequado à sua idade e a maioria das mães da amostra (54,1%) possuía entre 9 e 12 anos de estudo. CONCLUSÃO: o presente estudo não demonstrou diferenças com significância estatística no que diz respeito à escolaridade materna e o desenvolvimento da linguagem de crianças de 2 a 24 meses, pertencentes a uma UBS, localizada no Distrito Sanitário de Venda Nova em Belo Horizonte, Minas Gerais. No entanto, vale ressaltar a homogeneidade da amostra, em que a maioria das mães possuía entre 9 e 12 anos de estudo, ou seja, até o ensino médio completo ou não, sendo este um fator diferencial.
RESUMO Objetivo Verificar a associação entre qualidade de vida, aspectos socioambientais e estado geral de saúde de usuários de um Serviço de Atenção à Saúde Auditiva. Método Estudo observacional analítico do tipo transversal, com amostra aleatória simples. Realizou-se entrevista semiestruturada com 114 adultos e idosos, entre 19-92 anos, usuários de AASI atendidos em um serviço de saúde auditiva. Os participantes responderam questões referentes à caracterização, dados sociodemográficos e qualidade de vida. Para estudo dos aspectos assistenciais, realizou-se busca nos prontuários. Foram realizados os testes Mann Whitney, Quiquadrado e Exato de Fisher para associação. As análises foram realizadas no software STATA considerando 5% de significância. Para a análise multivariada, iniciou-se o modelo cheio com todas as variáveis significativas a 20%. Considerou-se modelo de regressão logística, sendo repetido até restarem as variáveis com p<5%. Resultados A maioria dos participantes era do gênero feminino, com idade superior a 60 anos e realizou a primeira consulta com o fonoaudiólogo. Quanto ao WHOQOL-bref, mais da metade da amostra relatou boa qualidade de vida e satisfação com a saúde. Em relação às queixas associadas, a maioria dos que não apresentavam tontura, plenitude auricular e depressão referiu boa qualidade de vida. Observou-se associação com significância estatística entre a satisfação com a saúde, maior média de idade e menor escolaridade. Na análise multivariada, o uso efetivo do AASI e não apresentar histórico de tontura associaram-se à boa qualidade de vida. Para a variável saúde, verificou-se que não apresentar tontura aumentou as chances de estar satisfeito com a saúde, enquanto que a cada ano a mais de escolaridade a chance de estar satisfeito reduziu. Conclusão O uso do AASI está relacionado a uma boa percepção da qualidade de vida e do estado de saúde de indivíduos que apresentam perda auditiva.
OBJETIVO:descrever e analisar o perfil fonológico de crianças na faixa etária de 4 anos a 5 anos e 11 meses frequentadoras de instituições de ensino infantil do município de Belo Horizonte, comparar o desenvolvimento fonológico das crianças do ensino público e privado e verificar a relação entre o desenvolvimento de linguagem e os recursos dos ambientes familiar e da escola.MÉTODOS:o estudo avaliou o desenvolvimento fonológico e o processamento auditivo de 96 crianças na faixa etária entre 4 e 5 anos e 11 meses pertencentes a três instituições de ensino infantil e também foi avaliado o ambiente escolar.RESULTADOS:os processos mais frequentes foram simplificação de liquida, simplificação de encontro consonantal e simplificação de consoante final. Na avaliação do processamento auditivo a maioria das crianças obteve resultado adequado. Foi observado que crianças que recebem menor estimulação familiar e frequentadoras de instituições públicas demonstraram chances maiores de apresentarem alteração fonológica.CONCLUSÃO:os resultados do estudo mostram a importância de uma boa estimulação do ambiente no qual a criança está inserida. Deste modo é de grande relevância que mais estudos sejam realizados e que verifiquem a influência do ambiente familiar e da escola na aquisição da linguagem infantil.
Objetivo: Analisar a restrição à participação auditiva, segundo fatores sociodemográficos, clínicos e assistenciais de adultos e idosos atendidos em um Ambulatório de Audiologia e no Serviço de Saúde Auditiva de um hospital de ensino. Métodos: Trata-se de estudo observacional analítico transversal com amostra probabilística composta por 152 indivíduos. Foi realizada a aplicação dos questionários Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB), Caracterização do Usuário, Hearing Handicap Inventory for Adults (HHIA) e Hearing Handicap Inventory for Elderly (HHIE) em adultos e idosos, respectivamente, de ambos os gêneros e com idade superior a 18 anos. Para análise dos dados, foram consideradas as seguintes variáveis resposta: restrição à participação auditiva, adulto e idoso, que foi estudada da seguinte forma: escore geral, dimensão social e dimensão emocional e o grau da restrição à participação auditiva (ausência, leve, moderado e significativo). Resultados: Foram observadas associações com significância estatística entre gênero feminino e percepção da restrição à participação auditiva, entre classe socioeconômica e grau de percepção da restrição à participação auditiva, e entre grau da perda auditiva e grau da restrição à participação auditiva. Conclusão: Os dados encontrados no estudo reforçam a importância do uso destes instrumentos, sendo eficazes na avaliação da autopercepção de restrição à participação auditiva e uma fonte de informação adicional para o terapeuta, auxiliando também na intervenção.
Purpose: to describe aspects of functioning and disability related to hearing and sociodemographic factors of audiology service users. Methods: an exploratory study with a probabilistic sample comprising 152 participants who answered a socioeconomic and assistance questionnaire. The functioning and disability were analyzed by means of the International Classification of Functioning, Disability, and Health. Descriptive data analyses were conducted. Results: most users of the Hearing Health Care Service considered they had mild (41.2%) or moderate (34.2%) disability in b1560 Auditory perception, and mild (36%) and moderate (35.1%) disability in b230 Hearing Functions. In Activities and Participation, the users of the Hearing Health Care Service obtained better results in d330 Speaking (83.3%), d315 Communicating with and receiving nonverbal messages (65.8%), and d760 Family relationships (65.1%). The hearing aid was a facilitator in these subjects’ social interaction with the environment. Most of those attending the Audiology Outpatient Center did not have disabilities or difficulties in the activities and participation, and the environment was a facilitator. Conclusion: most of the participants attending the Hearing Health Care Service had a disability in auditory perception and hearing functions. However, such a disability was not a limiting factor in the performance of most of the activities and participations assessed.
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