<p>As características físico-químicas de frutas climatéricas são alteradas de acordo com o grau de maturação, evidenciado pelo aumento da taxa respiratória e produção de etileno, seguido pelo decréscimo no começo da senescência. A banana é considerada uma fruta climatérica e, portanto, apresenta alta perecibilidade. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo analisar as características físico-químicas da casca da banana <em>in natura</em> e desidratada de quatro espécies (nanica, prata, terra e maça) em diferentes estádios de maturação (verde, madura e senescência). Foram realizadas análises de umidade, cinzas, pH e acidez titulável. Os resultados de umidade para a casca da banana <em>in natura</em>, não alteraram significativamente, com exceção da banana terra, que teve sua umidade reduzida para 63,67% (senescência). Após a desidratação, apenas a umidade da banana terra apresentou uma variação significativa entre os estádios de maturação. As análises de pH e a acidez para as amostras <em>in natura</em> foram influenciadas conforme o grau de amadurecimento, sendo observado de forma geral um aumento da acidez e redução do pH, para todas as espécies. Após a desidratação o pH das bananas terra e prata não foi influenciado pelo processo de maturação. No entanto, a acidez das bananas maçã e terra diminuiu, e das bananas nanica e prata aumentou. Quanto ao teor de vitamina C, os frutos em senescência apresentaram teor superior aos frutos verdes, para todas as espécies, com exceção da banana nanica. Sendo assim, as partes consideradas não comestíveis, ou seja, aquelas normalmente descartadas podem ser utilizadas na elaboração de diversos produtos, como a farinha.</p>
A seriguela (Spondias purpúrea L.) é comumente cultivada no Nordeste brasileiro, sendo uma fruta que se adapta a diferentes temperaturas e é de fácil cultivo, tanto em solos drenados ou secos. Das diversas espécies que compõe o gênero Spondias, a seriguela se destaca, sendo rica em componentes nutricionais benéficos a saúde, como a vitamina C, fonte de fibras, razoável teor de calorias e baixo teor de gordura e proteínas. Sua comercialização é regionalmente feita de forma in natura. Apesar de conter um caroço consideravelmente grande, apresenta um rendimento em polpa >50%, o que comprova uma forte potencialidade no processamento industrial, podendo ser utilizada na elaboração de bebidas fermentadas, geleias, sucos, vinhos, compotas, sorvetes, licores e refrigerantes. Porém, as frutas apresentam variações nas características físico-químicas conforme o local de colheita e estádio de maturação. Diante disso, esta pesquisa teve como objetivo a caracterização físico-química da seriguela coletada em diferentes estádios de maturação. As frutas foram coletadas em três localidades diferentes do município de Barra do Bugres, MT nos estádios verde, de vez e maduro. As seriguelas foram higienizadas em água corrente abundante, descascadas e despolpadas. As cascas e polpas foram analisadas em relação a acidez total titulável, cinzas, umidade, pH, sólidos solúveis e vitamina C. Assim, a pesquisa mostrou que conforme o avanço da maturação o pH aumentou para todas as coletas e, consequentemente a acidez aumentou como também o teor de vitamina C e sólidos solúveis totais aumentaram. Devido a troca osmótica a casca transferiu umidade para a polpa. Em relação ao teor de resíduo mineral fixo a casca foi a que apresentou maior teor para todas as coletas.
O noni (Morinda citrifolia Linn) é uma fruta conhecida pelo seu alto valor nutracêutico, em especial pelo seu potencial antioxidante, que sofre influência de acordo com a forma de consumo, in natura ou processado. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo quantificar o teor de compostos fenólicos totais presentes na biomassa desidratada do noni. Para o preparo da biomassa, os frutos sem sementes foram higienizados e triturados. Posteriormente, as amostras foram desidratadas a 60 ºC em estufas com circulação de ar forçada. As amostras foram submetidas a extração com etanol, incubadas ou não em banho ultrassônico, conforme condições do planejamento fatorial completo 22, cujas variáveis foram o tempo e o pH. Ao final da extração, o solvente foi evaporado, o extrato diluído em 5 mL de água destilada e submetido a análise dos compostos fenólicos totais. Nas extrações incubadas com o banho ultrassônico observou-se que este contribuiu para o aumento da concentração de compostos fenólicos totais extraídos em comparação ao método de maceração. Além disso, a extração assistida por energia ultrassônica reduziu o tempo de extração de 240 para 15 minutos. Desta forma, o ultrassom pode ser considerado uma ferramenta útil para aumentar a transferência de massa no processo de extração de compostos fenólicos da biomassa desidratada do noni.
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