Introduction: Paediatric intensive care units have made important advances in technology and assistance since the 1980s, which have made more favourable the prognosis of critically ill children all over the world. Objective: Identify the epidemiological profile and clinical outcomes of hospitalised children and adolescents in the Paediatric Intensive Care Unit of Hospital Vitória, Espirito Santo, Brazil. Methods: A descriptive and retrospective study carried out in the Paediatric Intensive Care Unit of Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória in the city of Vitória, Espirito Santo, Brazil. Age, sex, hospitalisation diagnosis, progression to discharge/death, and length of hospital admission were obtained from the Sector of Medical and Hospital Statistics Files between 2011 and 2012. For the descriptive analysis, categorical variables were expressed as absolute and percentage, and the continuous variables in average and standard deviation. For comparison, Pearson's chi-squared tests, Fisher's test, and Student's t test were used and p values <0.05 with confidence interval of 95% were considered statistically significant. Results: Of the 609 patients analysed, 342 (56.2%) were male (mean age: 72.7 ± 71.3 months). Respiratory disease, postoperative processes, and trauma were the main causes of hospitalisation. The average duration of hospitalization was 6.9 ± 5.5 days; 514 (84.4%) patients were discharged, 95 (15.6%) died, and of those, 53 (55.7%) died in less than 72 hours of hospitalisation. Conclusion: Most of the patients were less than 2 years of age. The leading causes of hospitalisation were respiratory disease (pneumonia, bronchiolitis, and asthma), sepsis, and head injury, which was the major cause of the trauma motivated by violence. The average hospital admission in the unit was one week and the mortality rate was 15.6%, with one third of the deaths recorded in the first 72 hours of hospitalisation.

Universality and Territorialization in SUS: contradictions and tensions inherentEDIALY CANCIAN TETEMANN  SILVIA MOREIRA TRUGILHO  LUCIANA CARRUPT MACHADO SOGAME   RESUMO -O presente texto aborda a questão da territorialização no âmbito da Estratégia de Saúde da Família, a partir da experiência de divisão territorial ocorrida na localidade rural de Aparecidinha, Santa Teresa -ES, com o objetivo de discutir as contradições inerentes ao princípio da universalidade do SUS e à territorialização na ESF, demonstrando como a noção rígida de território, tomada na concepção meramente geopolítica, resulta na rigidez da demarcação territorial da atenção básica, acarretando a dificuldade de acesso dos usuários do SUS às ações e serviços de atenção em saúde. Palavras-chave -Território. Universalidade. SUS. Estratégia de Saúde da Família.ABSTRACT -This paper addresses the issue of territorial under the Family Health Strategy, from the territorial division experience occurred in the rural town of Aparecidinha, Santa Teresa -ES, with the aim of discussing the contradictions inherent in the principle of SUS universality and territorialization in the FHS, demonstrating how the rigid notion of territory taken in purely geopolitical design results in the rigidity of territorial demarcation of basic health care, leading to difficulty of SUS users access to actions and health care services.

VIOLÊNCIA E A DESTRUTIVIDADE DA SOCIEDADE DO CAPITAL: consequências para as políticas públicas Resumo: Este trabalho, um ensaio teórico e analítico, tem como objetivo refletir sobre como a mundialização do capital e sua desregulamentação neoliberal vêm esgarçando a sociabilidade, cuja processualidade fenomênica pode ser observada nas atuais formas de violência. Traz uma reflexão da perspectiva metodológica estrutural e de totalidade, considerando as relações de poder de classe que se materializam no Estado e em suas políticas. Discute as implicações do fenômeno de expansão incontrolável do capital evidenciada nas relações sociais atuais, assim como no Estado, incapaz de responder efetivamente com políticas públicas efetivas. Conclui que indivíduos, segmentos, classes e nações mais vulneráveis encontram-se à mercê dos interesses estruturais internacionais de poder contemporâneos, onde a violência desenha apenas um dos traços civilizatórios atuais da lógica desejáveis e justas. Palavras-chave: Processo civilizatório, sociedade capitalista, mundialização do capital, violência, políticas públicas VIOLENCE AND DESTRUCTIVENESS OF CAPITALIST SOCIETY: consequences to public policies Abstract: This paper, a theoretical and analytical essay aims to reflect about the globalization of capital and its neoliberal deregulation which come fraying sociability, whose phenomenal processuality can be observed in current forms of violence. The reflection is realized structural and methodological perspective of totality, considering the relations of class power and that materialize in the state and its policies. Discuss the implications of the phenomenon of uncontrollable expansion of capital in the current social relations, and how the state is unable to respond effectively to public policies. Concludes that individuals, sectors, classes and more vulnerable nations are at the mercy of international structural interests of contemporary power, where violence draws only one of the current civilizational traits desirable logical and fair.

Apresenta-se neste texto algumas considerações sobre a morte e o morrer como elementos constitutivos da existência humana e da prática profissional de trabalhadores da saúde em contexto hospitalar. Toma como referência a concepção heideggeriana de morte, na qual o homem, ao reconhecer a morte como algo irremissível e insuperável, poderá se abrir para sua autenticidade, rompendo o modo de alienação existencial característico da sociedade contemporânea. No ambiente hospitalar, tanto quanto na sociedade em geral, a morte, muitas vezes negada, evoca diversos sentimentos e formas de comportamento. As afecções por ela provocadas são diversas, assim como os modos revelados de lidar com sua existência real e concreta. Em sua prática profissional, o trabalhador da saúde desenvolve ações reveladoras de diferentes modos de enfrentar e lidar com a morte, o que favorece a aquisição de aprendizagens significativas e demanda a efetivação de um espaço pedagógico educacional que auxilie o profissional da saúde na lida com a morte e o morrer no contexto hospitalar.

No abstract

O artigo versa sobre a violência cometida contra as juventudes, a partir da consideração dos homicídios de jovens no Brasil e, em especial destaque, no estado do Espírito Santo. Utilizou-se como metodologia a pesquisa social aplicada realizada a partir de literatura científica disponibilizada nas bases de dados indexadas na área de ciências sociais aplicadas, associada a dados contidos nos documentos denominados Mapa da Violência e Atlas da Violência e nos de produção do Instituto Jones dos Santos Neves. Objetivou-se desenvolver uma análise crítica reflexiva sobre a violência letal que incide sobre os jovens no Espírito Santo. Conclui-se que configura-se no estado um cenário de desproteção das juventudes desde o período de expansão do seu capitalismo industrial, cujo resultado tem sido o registro, por décadas, dos maiores índices de homicídios de jovens no País.

O artigo aborda a violência por arma de fogo cometida contra crianças e adolescentes na região sul do estado do Espírito Santo, tendo por objetivo desenvolver uma análise crítica e reflexiva respeito das expressões dessa forma de violência. Resulta de uma pesquisa documental realizada a partir de dados extraídos de boletins unificados do Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes) nos registros realizados no período de 2015 a 2017. Os resultados apontam índice crescente da violência por arma de fogo em municípios do sul do estado, incluindo pequenos municípios. Quanto às vítimas, os dados obtidos revelam que os adolescentes, em especial aqueles entre 16 e 17 anos, do sexo masculino, de cor parda e preta são as maiores vítimas da violência armada, com ferimentos na cabeça e tórax, tendo como elemento motivador o tráfico de drogas. Conclui-se que crianças e adolescentes encontram-se inseridos em processos sociais que potencializam a violência, na dinâmica desigual perversa que marca a sociedade brasileira, exacerbada pela sociabilidade do capital na sua atual organização produtiva e pela política neoliberal, em que o desmonte do Estado, a retração dos direitos sociais, a precarização do trabalho culmina na desproteção social de amplas parcelas da sociedade incluindo o segmento infanto-juvenil.

No abstract