O presente trabalho, de abordagem qualitativa, apresenta como objetivo compreender as implicações sociais e afetivas de mulheres com perda urinária, que frequentam uma unidade de Atenção Primária de Saúde e não possuem nenhuma perspectiva de tratamento nesse nível de assistência. A técnica utilizada para a coleta das opiniões foi a entrevista semi-estruturada e o método utilizado foi a análise de conteúdo. O cenário do estudo foi uma Unidade Regional de Saúde, localizada no município de Serra/ES. As entrevistadas foram mulheres com queixa de perda urinária que se encontravam na Unidade de Saúde para atendimento médico, totalizando 11 entrevistas. Os resultados apontam que as mulheres acreditam que a perda urinária tem solução, apesar de desconhecerem os tratamentos conservadores; expressam descrença nos médicos e no sistema de saúde, relataram temor pela cirurgia e pela progressão do quadro. Também emergiram relatos sobre restrições, ajustes de comportamento e limitação na convivência social como estratégias para conviver com a perda. Nesse sentido, verifica-se que há necessidade de atendimento deste agravo nas Unidades Primárias de Saúde e de um diálogo mais aberto e acolhedor dos profissionais de saúde nesse nível de atenção. Seria importante amparar e cuidar dessas pacientes nesse nível de assistência a fim de evitar sobrecarga no nível terciário de saúde e minimizar os gastos com internações, medicamentos e cirurgias.Palavras-chave: incontinência urinária, saúde da mulher, atenção primária, Sistema Único de Saúde.
Resumo:Este artigo, produzido na forma de um estudo teórico, tem o objetivo de evidenciar como os afetos relacionados à vida familiar, podem ser mobilizados para o tratamento de câncer de mama e interferir nas expectativas de cura. O tema se situa no contexto de um tratamento que acarreta mutilações, que produz repercussões psicológicas, sexuais, sociais e econômicas na vida das pacientes. As reflexões aqui desenvolvidas utilizaram pesquisa em livros, documentos do Instituto Nacional de Câncer e do Ministério da Saúde sobre o assunto, dissertações, teses e artigos indexados, acessíveis para consulta na base de dados Scielo. Os resultados dos estudos indicam que, devido à redução na capacidade física e ao adoecimento, também podem ocorrer alterações na vida econômica da família. O tratamento em equipe interdisciplinar contribui para motivar as mulheres a reverterem suas expectativas, além de estimular os próprios familiares a cooperarem no tratamento como um todo. Como conclusão observou-se que o Serviço Social precisa trabalhar na equipe interdisciplinar com o suporte da família e das questões assistenciais e previdenciárias. Palavras-chave:
MUNDIALIZAÇÃO DO CAPITAL E POLÍTICA DE SAÚDE: desafios para as práticas integrativas e complementares no SUS Resumo: Este artigo discute resultados parciais de uma pesquisa de avaliação da experiência do serviço de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) do município de Vitória-ES. Tem por objetivo analisar como as determinações da economia e da política afetam o direito social à saúde, materializado no SUS, tomando-se como base experiência da PICs. Os procedimentos metodológicos, de natureza qualitativa, foram definidos a partir da perspectiva de análise crítica da sociedade de classes. Nos resultados foram identificados que, apesar da experiência ter iniciado em 1992, isto não se constituiu em condição suficiente para uma consolidação mais significativa. Constata que as PICs estão sujeitas às mesmas contradições que permeiam a gestão do SUS e ainda recaem sobre elas, restrições relacionadas a divergências entre os paradigmas da saúde. Conclui que, apesar dos entrevistados se considerarem comprometidos com a institucionalização das PICs, verifica-se, na prática cotidiana, que ainda existem muitas ressalvas ao modelo. Palavras-chave: Transformações societárias, Política de saúde, Sistema Único de Saúde, Práticas Integrativas e Complementares. CAPITAL GLOBALIZATION AND HEALTH POLICY: challenges for complementary and integrative practices in SUSAbstract: This paper discusses preliminaries results of an evaluation research on services experience of Integrative and Complementary Practices in the city of Vitória-ES. Aims to analyze how the decisions of economics and politics affect the social right to health materialized in the SUS, using as basic the experience of PICs. The methodological procedures of a qualitative nature were defined from the critical perspective of analysis of class society. The results identified at although the experience has started in 1992 it consisted not in sufficient condition for a more significant consolidation. Is was found that PICs is subjected to the same contradictions that permeate the SUS management and still fall on them restrictions related to disagreement among health paradigms. It concludes that despite the respondents consider themselves committed to the institutionalization of PICs; it turns out in the daily practice there are still many restrictions to the model.
Este trabalho tem como objetivo discutir o impacto das orientações neoliberais nas relações de trabalho, considerando as reformas ocorridas na Consolidação das Leis do Trabalho e na atual reforma trabalhista em curso. Metodologicamente, trata de um texto teórico realizado a partir de pesquisa bibliográfica em artigos indexados, na legislação trabalhista, no projeto de lei aprovado e em reflexões técnicas relacionadas ao tema trabalho. Verifica que o impacto da reforma trabalhista na desregulamentação do trabalho no Brasil só tende a se consolidar com sua legalização, além de se considerar que o projeto societário neoliberal se consagra no Brasil em mais uma modernização conservadora. Como conclusão, acredita que as perspectivas futuras, mediante a reforma em curso, só intensificarão a precarização do trabalho, a pobreza, a informalidadee a desigualdade social no Brasil.Palavras-chave: Reforma trabalhista, modernização conservadora, precarizaçãodo trabalho, neoliberalismo.
VIOLÊNCIA E A DESTRUTIVIDADE DA SOCIEDADE DO CAPITAL: consequências para as políticas públicas Resumo: Este trabalho, um ensaio teórico e analítico, tem como objetivo refletir sobre como a mundialização do capital e sua desregulamentação neoliberal vêm esgarçando a sociabilidade, cuja processualidade fenomênica pode ser observada nas atuais formas de violência. Traz uma reflexão da perspectiva metodológica estrutural e de totalidade, considerando as relações de poder de classe que se materializam no Estado e em suas políticas. Discute as implicações do fenômeno de expansão incontrolável do capital evidenciada nas relações sociais atuais, assim como no Estado, incapaz de responder efetivamente com políticas públicas efetivas. Conclui que indivíduos, segmentos, classes e nações mais vulneráveis encontram-se à mercê dos interesses estruturais internacionais de poder contemporâneos, onde a violência desenha apenas um dos traços civilizatórios atuais da lógica desejáveis e justas. Palavras-chave: Processo civilizatório, sociedade capitalista, mundialização do capital, violência, políticas públicas VIOLENCE AND DESTRUCTIVENESS OF CAPITALIST SOCIETY: consequences to public policies Abstract: This paper, a theoretical and analytical essay aims to reflect about the globalization of capital and its neoliberal deregulation which come fraying sociability, whose phenomenal processuality can be observed in current forms of violence. The reflection is realized structural and methodological perspective of totality, considering the relations of class power and that materialize in the state and its policies. Discuss the implications of the phenomenon of uncontrollable expansion of capital in the current social relations, and how the state is unable to respond effectively to public policies. Concludes that individuals, sectors, classes and more vulnerable nations are at the mercy of international structural interests of contemporary power, where violence draws only one of the current civilizational traits desirable logical and fair.
O presente trabalho enseja contribuir com o debateatual sobre subjetividade e saúde mental no Serviço Social a partirde três objetivos: o primeiro busca contextualizar a discussão dasubjetividade e dos sofrimentos mentais em face da estruturada desigualdade social no Brasil; o segundo problematiza asdificuldades que o Serviço Social ainda enfrenta para realizarum diálogo sobre subjetividade nos marcos de uma perspectivasocial crítica, assim como de contribuir de forma mais efetiva nosrumos da Política de Saúde Mental atual e, por fim, o terceiroobjetivo problematiza a necessidade do Serviço Social se abrirpara uma convivência mais profícua e propositiva para aprofundaruma reflexão profissional sobre subjetividade e saúde mental,tendo em vista sua interação com os outros saberes desse espaçomultiprofissional, interdisciplinar e intersetorial que tem sido omodelo da atenção à saúde mental no SUS.
As estratégias neoliberais estão reiteradamente buscando novas opções para a utilização de mecanismos democráticos a favor dos interesses capitalistas, visando reconstruir suas formas de dominação. Na expectativa de manutenção de hegemonia, tais estratégias podem fragilizar toda concepção teórica de proteção social, legalmente conquistada, quando utilizadas organizações não governamentais para a desresponsabilização estatal. O presente artigo discute, a partir dos dados oficiais e paradigmas teóricos existentes, a atuação da rede privada de assistência social e as consequências do hibridismo legal relacionadas ao financiamento público, objetivando provocar reflexões sobre as contradições que envolvem benefícios e os danos da atuação das entidades no atendimento socioassistencial.
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