Trata-se de um relato de experiência de alunos e preceptores do PET-Saúde/ Redes, a partir de suas ações conjuntas em uma unidade de saúde. Destaca-se a construção do trabalho em equipe e a importância da soma de diferentes visões na construção de parcerias necessárias à efetivação do projeto. Como objetivo, pretende-se demonstrar como a participação neste PET influenciou na formação dos estudantes e profissionais envolvidos. Este estudo levanta questões sobre o trabalho interdisciplinar e o impacto na construção de diferentes saberes ao se unirem com objetivos comuns. A discussão é feita a partir do tema ‘desmedicalização da vida’, onde profissionais de Terapia Ocupacional, Farmácia e Psicologia realizam ações no campo da saúde mental, apresentando dificuldades, estratégias e experiências exitosas no processo de trabalho, permitindo a reflexão e discussão em conjunto sobre a construção contínua dos saberes em saúde.
Este estudo apresenta as concepções e práticas de Agentes de Combate a Endemias município de Novo Hamburgo/RS, bem como reflexões acerca daquelas, com o objetivo de rever a metodologia do trabalho realizado, sob a ótica da Educação Ambiental (EA) crítica, contribuindo para inovação e atualização do Programa Nacional de Combate à Dengue – PNCD. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, com a utilização de metodologias participativas, tendo como referência a EA crítica descritas por Marcos Reigota, Philippe Pomier Layragues e Mauro Guimarães. A pesquisa teve como questão central se os Agentes de Combate a Endemias do município de Novo Hamburgo desenvolvem seu trabalho na perspectiva da EA crítica. Os resultados apontaram que a maioria dos agentes apresenta uma concepção de meio ambiente antropocêntrica e naturalista, o que dificulta a realização de ações no sentido da EA crítica. Após palestras e rodas de conversas acerca dos fundamentos da EA, foram sugeridas algumas mudanças na forma de trabalho, como ações em rede entre as diferentes políticas no município, bem como pistas para uma revisão das ações do Programa Nacional de Combate à Dengue que levem ao seu desenvolvimento na perspectiva de uma EA crítica, com resultados no combate ao Aedes aegypti mais satisfatórios.Palavras-chave: Aedes aegypti. Educação Ambiental Crítica. Educação em Saúde.ABSTRACTThis study presents the conceptions and practices of Agents of Combat to Endemias in the municipality of Novo Hamburgo / RS. As well as reflections about those, with the objective of reviewing the methodology of the work done, from the point of view of Environmental Education (EA) critical, contributing to innovation and updating of the National Program to Combat Dengue - PNCD. It is a qualitative research, using participatory methodologies, using as reference the critical EA described by Marcos Reigota, Philippe Pomier Layragues and Mauro Guimarães. The research had as central question if the Agents of Endemias Fight of the municipality of Novo Hamburgo develop their work in the perspective of the critical EA. The results showed that most of the agents present a conception of anthropocentric and naturalistic environment, which makes it difficult to perform actions in the sense of critical EA. After conferences and discussions about the fundamentals of EA, some changes in the way of work were suggested, such as network actions between the different policies in the municipality, as well as clues for a review of the actions of the National Program to Combat Dengue that lead to its development in the perspective of a critical AE, with results in the more satisfactory Aedes aegypti.Keywords: Aedes aegypti. Critical Environmental Education. Health education.
Resumo Introdução: apresentam-se reflexões sobre a atividade de formação em saúde, no âmbito da graduação, oriundas de pesquisa e intervenção que tiveram como campo o dispositivo de formação Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), desenvolvido em uma instituição de ensino superior do estado do Rio de Janeiro. Objetivos: analisar a atividade desenvolvida no PET-Saúde a fim de interferir no contexto de formação e de adoecimento que vem sendo relatado por estudantes, de modo a fortalecer e ampliar seus recursos para a ação. Métodos: empregamos o método de instruções ao sósia por meio da perspectiva da clínica da atividade. Resultados: a intervenção possibilitou não só explicitar e compartilhar os recursos para ação que têm sido construídos coletivamente e pessoalmente pelos estudantes, mas também discutir os critérios de um trabalho bem feito nas práticas de cuidado em saúde. Conclusão: constatamos que encarar a formação como meio de desenvolvimento de recursos para a ação a torna um processo mais potente, tanto em sua eficácia quanto em seu potencial em produzir saúde. Para isso, afirmamos a imprescindibilidade de viver os conflitos da atividade de trabalho para o qual se quer formar, conjugada com espaços coletivos de discussão das experiências vividas nos dispositivos de formação.
Every sport that is known, prevents a series of skills, real or acquired over time, which aim at the explosiveness of the gesture, looking for the maximum possible performance. The aim of this research work is to analyze a very important element, but very underrated: the clumsiness, which is able to change the result of a sport competition and which can be defined, in every sport, the enemy of every athlete.
No presente trabalho, propomo-nos a refletir sobre a colonialidade do saber e como ela está presente nas pesquisas em Educação Ambiental. Nesse sentido, sumarizamos duas técnicas de pesquisa participantes, Observação Participante e Cartas Pedagógicas, e analisamos os resumos de teses e dissertações defendidas no Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande – FURG entre os anos de 2005 e 2020, verificando se a Observação Participante e as Cartas Pedagógicas foram utilizadas enquanto técnica de pesquisa. Entre os anos de 2005 e 2020, nenhuma tese ou dissertação utilizou as Cartas Pedagógicas e apenas 5,8% das pesquisas analisadas utilizaram a Observação Participante, apontando para o potencial da utilização dessas técnicas como giro metodológico das pesquisas em Educação Ambiental.
A Constituição Federal de 1988 reconhece os direitos culturais como direitos fundamentais de todo cidadão. Pautada nessa afirmativa, pretendemos discutir como a terapia ocupacional pode contribuir para a promoção da cidadania cultural e para a valorização da cultura e da memória de grupos e populações heterogêneas por meio de práticas artísticas comunitárias. Práticas essas que possibilitam evidenciar os modos como esses grupos constroem suas identidades a partir de referências culturais do território e de que maneira participam do reconhecimento destas como patrimônio cultural. Para isso trazemos a experiência de um projeto de extensão interinstitucional que desenvolve ações desde 2018 na região portuária do Rio de Janeiro. Por meio de metodologias de educação patrimonial e de arte-educação de cunho participativo, trabalhamos com a identificação e o compartilhamento das referências culturais presentes nesse território, observando como essas produções contribuem com o fortalecimento de uma rede de cooperação e com o protagonismo cultural dessa população. Ao partirmos da compreensão de cultura em sua tripla dimensão - simbólica, cidadã e econômica (BRASIL, 2013), e no que tange especificamente à dimensão cidadã enquanto um direito social básico, a Constituição Federal de 1988 é um marco. Esta prevê que os direitos culturais “devem ser garantidos com políticas que ampliem o acesso aos meios de produção, difusão e fruição dos bens e serviços de cultura” (BRASIL, 2013, p.17). Em 2010, é criada a Lei nº 12.343 que institui o Plano Nacional de Cultura (PNC) e cria o Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (RUBIM, 2007, DORNELES, 2011), afirmando a função do Estado de ampliação e universalização do acesso e apontando para a necessidade de equilibrar a oferta e a demanda cultural a partir do apoio e implantação de equipamentos culturais, assim como o financiamento de sua programação (BRASIL, 2010). Vemos que mesmo antes dessa institucionalização, os direitos culturais já vinham sendo pautados por grupos minoritários que buscavam meios de sobreviver frente ao abandono do Estado em relação às políticas culturais. Ações essas coletivas e comunitárias que se tornaram resistência à cultura hegemônica e a uma visão de cultura como negócio (DORNELES, LOPES, 2016).
ResumoEste artigo tem como proposta explorar um campo de coerência para a psicologia do trabalho no Brasil por meio de algumas pesquisas em clínica da atividade. Dentre as heranças que o compõem, destacam-se o campo da saúde do trabalhador e a análise institucional. Também outras referências como Oddone, Wisner e Canguilhem fazem parte desse campo, marcado por uma multirreferencialidade em que a pesquisa-intervenção se constitui na construção de métodos de análise a partir da situação de trabalho. Afirmamos uma psicologia do trabalho que valoriza a controvérsia como fonte de desenvolvimento de recursos de ofício. Palavras-Chave: Psicologia do trabalho; Clínica da atividade; Análise institucional; Saúde do trabalhador.La clinique de l'activité au Brésil: pour un autre psychologie du travail Résumé L'objectif de cet article est d'explorer un champ de cohérence pour la psychologie du travail au Brésil au moyen de certaines recherches en clinique de l'activité. Parmi les héritages qui le composent, se distinguent le domaine de la santé du travailleur et l'analyse institutionnelle. D'autres références comme Oddone, Wisner et Canguilhem font également partie de ce domaine, marqué par une multiréférentialité dans laquelle la recherche-intervention se constitue dans la construction de méthodes d'analyse à partir de la situation de travail. Nous affirmons ainsi une psychologie du travail valorisant la controverse comme source de développement de ressources de métier. Mots clés: Psychologie du travail; Clinique de l'activité; Analyse institutionnelle; Santé du travailleur. IntroduçãoA clínica da atividade se constituiu na França, nos anos 1990, como uma vertente da psicologia do trabalho. É apresentada por Yves Clot (2010b) como herdeira de uma tradição francófona em que se destacam a psicologia ergonômica desenvolvida por Faverge e Leplat, a ergonomia de Wisner e a psicopatologia do trabalho francesa, com o trabalho de Le Guillant. Na perspectiva da clínica da atividade, o trabalho exerce uma função psicológica, podendo ser fonte de saúde ou adoecimento. No Brasil, ela tem sido assumida em grupos de pesquisa, que, de diferentes modos, a tomam como ferramenta para as suas práticas de pesquisa e intervenção.Desse modo, temos construído, com a clínica da atividade e outras heranças teórico-metodológicas, um campo de coerência que tem dado sentido à prática universitária de pesquisa, ensino e extensão no campo da psicologia do trabalho. Nessa atividade, recentemente nos deparamos com uma questão interessante no grupo de estudantes de graduação da Universidade Federal Fluminense, em Niterói-RJ, que participam de nosso coletivo: um estranhamento e uma dificuldade em definir o que é a psicologia do trabalho. Tomando esse estranhamento como motor da atividade de pesquisa, os estudantes foram em busca de uma definição que estivesse presente no discurso do corpo docente e discente da universidade.Como resultado, encontraram, é claro, diferentes sentidos possíveis para a psicologia do trabalho, mas gostaríamos de destacar um deles ...
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