Neste artigo, analisamos a regionalização do espaço brasileiro com base na noção de desenvolvimento geográfico desigual. Partimos de regionalizações de diferentes épocas e autores, fundamentadas em metodologias também diferentes, e, a partir daí, dirigimos o olhar para o processo histórico de produção do espaço brasileiro considerando seus legados espaciais. As noções de totalidade, fragmentação do espaço e configuração geográfica são centrais para esta análise, assim como as noções de divisão territorial do trabalho, forças produtivas e condições gerais de produção. Ao final, sobrepomos cartograficamente informações acerca da distribuição geográfica da força de trabalho no país, a rede rodoviária federal e um indicador de renda, de que resulta um mapa síntese da regionalização do espaço brasileiro.
Este texto aborda a temática da relação porto−cidade apoiando-se na seguinte estratégia expositiva: primeiramente, empreendemos uma breve introdução ao tema, ressaltando a histórica imbricação entre essas distintas entidades espaciais; em seguida discorremos sobre diferentes modelos teóricos sobre a relação porto-cidade, emanados de diferentes autores, os quais têm em comum uma abordagem espaçotemporal. A partir dessas reflexões iniciais, abordamos o caso de Santos, empreendendo uma breve retrospectiva histórica sobre a relação entre o porto e a cidade, para, ao final do texto, propormos um esquema representativo de diferentes momentos que, a nosso ver, marcaram esta relação.
Este artigo pode ser dividido em duas partes. Na primeira são abordadas questões teóricas que permeiam o estudo do turismo sob a ótica da ciência geográfica, bem como aspectos relativos à análise da participação do turismo na (re)organização de territórios. A partir dessa construção teórica são feitas na segunda parte do texto considerações acerca da participação do turismo na (re)organização de espaços urbanos brasileiros.
Como é amplamente sabido pelos geógrafos, estivemos e ainda estamos bem distantes de ter uma unidade na Geografia dada pelo movimento de renovação do pensamento geográfico ocorrido a partir dos anos 1970 e ao qual se chamou Geografia Radical, nos EUA, e Geografia Critica, na França, Alemanha e Brasil, entre outros. A despeito disso, este foi e é um dos movimentos mais importantes na história do pensamento geográfico. Isto posto, este artigo analisa esse movimento considerando sua relação com a economia política de orientação marxista, destacando o protagonismo de autores brasileiros (entre os quais diversos professores do Departamento de Geografia da FFLCH/USP) e estrangeiros que contribuíram para sua disseminação e consolidação, principalmente no Brasil. Um enfoque especial é dado à noção de desenvolvimento geográfico desigual.
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