Este texto aborda a temática da relação porto−cidade apoiando-se na seguinte estratégia expositiva: primeiramente, empreendemos uma breve introdução ao tema, ressaltando a histórica imbricação entre essas distintas entidades espaciais; em seguida discorremos sobre diferentes modelos teóricos sobre a relação porto-cidade, emanados de diferentes autores, os quais têm em comum uma abordagem espaçotemporal. A partir dessas reflexões iniciais, abordamos o caso de Santos, empreendendo uma breve retrospectiva histórica sobre a relação entre o porto e a cidade, para, ao final do texto, propormos um esquema representativo de diferentes momentos que, a nosso ver, marcaram esta relação.
Neste artigo, analisamos a regionalização do espaço brasileiro com base na noção de desenvolvimento geográfico desigual. Partimos de regionalizações de diferentes épocas e autores, fundamentadas em metodologias também diferentes, e, a partir daí, dirigimos o olhar para o processo histórico de produção do espaço brasileiro considerando seus legados espaciais. As noções de totalidade, fragmentação do espaço e configuração geográfica são centrais para esta análise, assim como as noções de divisão territorial do trabalho, forças produtivas e condições gerais de produção. Ao final, sobrepomos cartograficamente informações acerca da distribuição geográfica da força de trabalho no país, a rede rodoviária federal e um indicador de renda, de que resulta um mapa síntese da regionalização do espaço brasileiro.
Este artigo pode ser dividido em duas partes. Na primeira são abordadas questões teóricas que permeiam o estudo do turismo sob a ótica da ciência geográfica, bem como aspectos relativos à análise da participação do turismo na (re)organização de territórios. A partir dessa construção teórica são feitas na segunda parte do texto considerações acerca da participação do turismo na (re)organização de espaços urbanos brasileiros.
Os impactos da pandemia da Covid 19 sobre o setor turismo são profundos e extensos e, sob uma perspectiva socioespacial, devem ser analisados considerando-se as distintas escalas geográficas envolvidas assim como as inter-relações entre elas. A análise contida neste artigo parte da escala mundo, buscando correlações entre esta e a escala da nação-Estado (Smith, 1988), assumindo o Brasil como um caso particular. Além disso, a escala local compõe este percurso analítico, contribuindo para revelar a multi e trans-escalaridade referidas no título acima. Aspectos econômicos compõem o espectro central a partir do qual busca-se revelar as dimensões social e espacial implícitas aos processos em curso.
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