Partimos de um diagnóstico, comum a diversos autores, de que o início do século XXI é marcado por uma imagem de tempo hegemônica, que pode ser sintetizada pelo regime do simulacro, tal como concebido por Jean Baudrillard. Esse regime é regulado pelas demandas do sistema econômico do capitalismo tardio, que visa neutralizar toda capacidade humana crítica, sensorial e perceptiva, em favor do estímulo à produção e ao consumo ininterruptos. O principal objetivo desta pesquisa é questionar se seria possível subverter-ainda que provisoriamente-a lógica do regime do simulacro, por meio do emprego poético das tecnologias digitais na concepção de obras de arte. A metodologia consiste em verificar as operações poéticas realizadas pelos artistas Harun Farocki, Bill Viola e Anthony McCall, que exemplificam essa ideia, mobilizando os autores da bibliografia específica a partir das questões suscitadas pelas obras. Em outras palavras, trata-se de buscar as figuras ou imagens de tempo criadas por artistas, especificamente em instalações audiovisuais contemporâneas, que diferem da ordem do simulacro e revelam uma dimensão política resistente à imagem de tempo hegemônica. Palavras-chave: arte contemporânea; imagens de tempo; poéticas tecnológicas; Harun Farocki; Bill Viola; Anthony McCall.
■ RESUMO: O curso de filosofia deve desenvolver no aluno uma habilidade técnica na interpretação de diferentes modalidades discursivas -análoga ao "exercício de escuta", no sentido psicanalítico -que lhe permita a experiên-cia da "dominação intelectual": da posse, ainda que provisória, de uma "lín-gua da segurança" que coloque em "suspensão" os "lugares de conversação". Quebrando a barreira entre os gêneros dos discursos, entre as diferentes disciplinas, e entre os diversos interlocutores, o curso de filosofia -seja na universidade, no ensino médio e mesmo fora dos cursos regulares -poderá, desse modo, estimular a produção de um diálogo intenso, laicizado, entre múltiplos sujeitos de enunciação, contribuindo para a constituição do "espaço público". Somente assim a filosofia conquistará definitivamente entre nós, sua madureza.■ PALAVRAS-CHAVE: Filosofia; educação; ensino; Lyotard; Derrida.
A leitura filosóficaO professor de filosofia deve ensinar "Filosofia": mas, qual filosofia? -ou ainda: "Qual a especificidade dessa "disciplina"? A filosofia, segundo Jean-François Lyotard (1993, p.117), "não é um terreno recortado na geografia das disciplinas". "E se não há conteúdos básicos e méto-dos fixados -como mostra Celso Fernando Favaretto (1995) -o que deve ser considerado o mínimo necessário para realizar uma suposta
A alTermodernidade de niColAS bourriAud BOURRIAUD, Nicolas. Radicante: por uma estética da globalização. Tradução Dorothée de Bruchard. São Paulo: Martins Fontes, 2011a. (Coleção Todas as Artes). BOURRIAUD, Formas de vida: a arte moderna e a invenção de si. Tradução Dorothée de Bruchard. São Paulo: Martins Fontes, 2011b. (Coleção Todas as Artes).
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