Resumo Objetivo Descrever as mudanças nos estilos de vida, quanto ao consumo de tabaco, bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física, no período de restrição social consequente à pandemia da COVID-19. Métodos Estudo transversal realizado com dados do inquérito ConVid sobre comportamentos em saúde. Os dados foram coletados por meio de questionário on-line autopreenchido pelos participantes. Procedimentos de pós-estratificação foram empregados para o cálculo das prevalências e intervalos de confiança de 95%. Resultados Participaram 45.161 indivíduos com 18 ou mais anos de idade. Durante o período de restrição social, foi relatada diminuição da prática de atividade física e aumento do tempo em frente a telas, da ingestão de alimentos ultraprocessados, do número de cigarros fumados e do consumo de bebidas alcóolicas. Foram observadas diferenças segundo sexo e faixa etária. Conclusão Os resultados apontam uma piora dos estilos de vida e aumento de comportamentos de risco à saúde.
Resumo Objetivo: Analisar a frequência de tristeza, nervosismo e alterações do sono durante a pandemia de COVID-19 no Brasil, identificando os segmentos demográficos mais afetados. Métodos: Estudo transversal, com questionário aplicado via web a adultos e idosos, coletando informações sobre condições de vida, saúde e comportamento. Foram estimadas prevalências e razões de prevalências ajustadas por idade e sexo. Resultados: De 45.161 brasileiros respondentes, verificou-se que, durante a pandemia, 40,4% (IC95% 39,0;41,8) se sentiram frequentemente tristes ou deprimidos, e 52,6% (IC95% 51,2;54,1) frequentemente ansiosos ou nervosos; 43,5% (IC95% 41,8;45,3) relataram início de problemas de sono, e 48,0% (IC95% 45,6;50,5) problema de sono preexistente agravado. Tristeza, nervosismo frequentes e alterações do sono estiveram mais presentes entre adultos jovens, mulheres e pessoas com antecedente de depressão. Conclusão: As elevadas prevalências encontradas indicam a necessidade de garantir a provisão de serviços de atenção à saúde mental e à qualidade do sono, adaptados ao contexto pandêmico.
Objetivo. Analisar a frequência de tristeza, nervosismo e alterações do sono durante a pandemia de COVID-19 no Brasil, identificando os segmentos demográficos mais afetados. Métodos. Estudo transversal, com questionário aplicado via web a adultos e idosos, coletando informações sobre condições de vida, saúde e comportamentos de saúde. Foram estimadas prevalências e razões de prevalência ajustadas por idade e sexo. Resultados. Com dados de 45.161 respondentes, verificou-se que, durante a pandemia, 40,4% (IC95% 39,0; 41,8) dos brasileiros sentiram-se frequentemente tristes ou deprimidos e 52,6% (IC95% 51,2; 54,1) frequentemente ansiosos ou nervosos; 43,5% (IC95% 41,8; 45,3) relataram início de problemas de sono e 48,0% (IC95% 45,6; 50,5) problema de sono prévio agravado. A tristeza e o nervosismo frequentes e as alterações do sono estiveram mais presentes entre adultos jovens, mulheres e pessoas com antecedente de depressão. Conclusão. As elevadas prevalências encontradas indicam a necessidade de garantir a provisão de serviços de atenção à saúde mental e à qualidade do sono de forma adaptada ao contexto pandêmico.
In order to assess the human immunodeficiency virus type 1 (HIV-1 .9%), and B/F viral recombinant forms (3.3%). The subtype C was identified in two patients (0.4%) and the recombinant CRF_02/AG virus was found infecting one patient (0.2%). The HIV-1 genotyping profile associated to the reverse transcriptase inhibitors has shown a high frequency of the M184V mutation followed by the timidine-associated mutations. The K103N mutation was the most prevalent to the nonnucleoside RT inhibitor and the resistance associated to protease inhibitor showed the minor mutations L63P, L10F/R, and A71V as the more prevalent.A
Resumo: O presente estudo tem o objetivo de caracterizar a população idosa brasileira durante a pandemia de COVID-19, considerando suas condições de saúde, socioeconômicas, desigualdade de sexo, adesão ao distanciamento social e sentimento de tristeza ou depressão. Estudo transversal realizado com idosos brasileiros que participaram de um inquérito de saúde (N = 9.173), com método de amostragem “bola de neve virtual”. Os dados foram coletados via web, por meio de questionário autopreenchido. Foram estimadas prevalências, intervalos de confiança e, para verificar a independência das estimativas, utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson. Durante a pandemia, houve diminuição da renda em quase metade dos domicílios dos idosos. O distanciamento social total foi adotado por 30,9% (IC95%: 27,8; 34,1) e 12,2% (IC95%: 10,1; 14,7) não aderiram. Idosos que não trabalhavam antes da pandemia aderiram em maior número às medidas de distanciamento social total. Grande parte apresentou comorbidades associadas ao maior risco de desenvolvimento da forma grave de COVID-19. Sentimentos de solidão, ansiedade e tristeza foram frequentes entre os idosos, especialmente entre as mulheres. A pandemia da COVID-19 aprofundou a desigualdade ao afetar os idosos mais vulneráveis. Estratégias para mitigar a solidão e o distanciamento social devem ser feitas levando-se em conta a vulnerabilidade social e a acentuada diferença entre homens e mulheres quanto à composição domiciliar e às condições socioeconômicas e de trabalho. Recomenda-se o desenvolvimento de pesquisas representativas da população idosa brasileira e que investiguem o impacto da pandemia neste grupo.
RESUMO: Objetivo: Descrever as mudanças nas condições socioeconômicas e de saúde dos brasileiros durante a pandemia de COVID-19. Métodos: Estudo transversal com dados de pesquisa de comportamentos realizada pela internet de 24 de abril a 24 de maio de 2020 com 45.161 participantes recrutados por amostragem em cadeia. Foi feita uma análise descritiva de temas abordados na pesquisa: adesão às medidas de restrição social, diagnóstico do novo coronavírus, situação de trabalho e rendimentos, dificuldades nas atividades de rotina, presença de comorbidades, estado de ânimo e acesso aos serviços de saúde. Foram estimados as prevalências e os intervalos de 95% de confiança. Resultados: Aproximadamente 75% dos brasileiros aderiram à restrição social. Quanto aos sintomas de gripe, 28,1% relatou ter apresentado algum sintoma, mas apenas 5,9% realizou teste para COVID-19. Em relação à situação socioeconômica, 55,1% relatou diminuição do rendimento familiar, e 7% ficou sem rendimento; 25,8% dos indivíduos ficaram sem trabalhar, sendo o grupo de trabalhadores informais o mais afetado (50,6%). Quanto às condições de saúde, 29,4% avaliou que a sua saúde piorou; 45% teve problemas no sono, 40% apresentou, frequentemente, sentimento de tristeza e 52,5% de ansiedade/nervosismo; 21,7% procurou serviço de saúde e, entre estes, 13,9% não conseguiu atendimento. Conclusão: Os achados mostram a importância do controle da pandemia de COVID-19 no Brasil, para mitigar os efeitos adversos na situação socioeconômica e nas condições de saúde relacionados às medidas de restrição social.
Neste trabalho, são relatadas experiências de georreferenciamento de dados de saúde em alguns Municípios brasileiros, analisadas segundo a disponibilidade e atualização de bases cartográficas e o tratamento de dados de endereço nos sistemas de informações em saúde (SIS). A diversidade de estratégias de georreferenciamento de dados no Brasil é resultado das condições particulares de desenvolvimento desses projetos nos Municípios, o que influi na eficiência e precisão da localização dos eventos de saúde. São sugeridas estratégias para captação e armazenamento de dados de endereço nos SIS e sua compatibilização com os cadastros de logradouros existentes, bem como o desenvolvimento de programas e aplicativos que permitam buscas e relacionamentos entre essas duas bases de dados. Palavras-chave: georreferenciamento; sistemas de informações em saúde; cartografia; geoprocessamento.
Resumo Objetivo: Analisar a adesão da população às medidas de restrição de contato físico e disseminação da COVID-19 no Brasil. Métodos: Inquérito de saúde, realizado pela internet, com amostragem em cadeia, no período de 24 de abril a 24 de maio de 2020. A intensidade da adesão à restrição de contato físico foi analisada segundo características sociodemográficas, utilizando-se modelos de regressão logística para investigar associações com ‘Nenhuma/pouca adesão’. Resultados: Dos 45.161 participantes, 74,2% (73,8-74,6%) relataram intensa adesão às medidas. O grupo que não aderiu às medidas foi composto homens (31,7%), com idade de 30 a 49 anos (36,4%), baixa escolaridade (33,0%), trabalhando durante a pandemia (81,3%), residentes nas regiões Norte (28,1%) e Centro-Oeste (28,5%) do país. Houve importante redução das taxas de crescimento diário, de 45,4 para 5,0%. Conclusão: Grande parte da população brasileira aderiu às medidas de restrição de contato físico, o que, possivelmente, contribuiu para reduzir a disseminação da COVID-19.
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