<p>O objetivo do artigo é compreender quais fatores influenciam a participação dos alunos em um processo de avaliação docente, identificando os perfis mais e menos propensos a participar, incluindo características individuais e dos cursos aos quais estão vinculados. Os dados analisados são da avaliação docente semestral de uma IES privada entre 2016 e 2018. O modelo de análise é a regressão logística multinível. Os resultados apontam que características individuais e também dos cursos, afetam a probabilidade de participação discente na avaliação dos professores: ser mulher, acima de 41 anos de idade, beneficiário de programas de financiamento ou bolsa de estudos, em um curso de licenciatura ou em um curso integral tendem a aumentar a probabilidade de participação na avaliação docente.</p><p><strong>Palavras-chave</strong>: Avaliação Docente, Educação Superior, Participação do Aluno</p><p> </p><p><strong>Análisis de la participación discente en la evaluación docente en la enseñanza superior </strong></p><p>El objetivo del artículo es comprender qué factores influyen en la participación de los estudiantes en un proceso de evaluación docente, identificando los perfiles con mayor y menor probabilidad de participar, incluyendo las características individuales y los cursos a los que están vinculados. Los datos analizados provienen de la evaluación docente semestral de una IES privada entre los años 2016 y 2018. El modelo de análisis es la regresión logística multinivel. Los resultados muestran que las características individuales, así como las de los cursos, afectan a la probabilidad de participación discente en la evaluación de los profesores: el ser de género femenino, mayor de 41 años, beneficiario de programas de financiamiento o becas, en un curso de licenciatura o en un curso integral, aumenta la probabilidad de participar en la evaluación docente.</p><p><strong>Palabras clave</strong>: Evaluación Docente, Educación Superior, Participación del Alumno</p><p> </p><p><strong>An analysis of student participation in teacher evaluation in higher education </strong></p><p>The article aims to understand what factors are associated to student participation in teaching evaluations by identifying students’ profiles that are more and less likely to participate. We consider students’ individual characteristics and programs’ characteristics. The data are from the semiannual teaching evaluation from a private higher education institution between 2016 and 2018. We used multilevel logistic regression and the results indicate that both individual and program characteristics can affect the probability of student participation in teaching evaluation, i.e., being female, over 41 years old, receiving funding or scholarship, as well as being enrolled in a teacher licensure program or a full-time program are associated to higher probability of participating in teaching evaluations.</p><p><strong>Keywords</strong>: Evaluation of Teaching, Higher Education, Student Participation</p>
RESUMO: O artigo investiga a relação entre características do corpo discente e das instituições de ensino superior (IES) e a percepção dos estudantes quanto à dificuldade da prova do ENADE. A hipótese central é que essa percepção varia de acordo com características individuais, como sexo e raça, características socioeconômicas e características das IES. Analisam-se microdados do ENADE e do Censo do Ensino Superior, considerando-se apenas a prova de conteúdo geral para os cursos de Administração, Direito, Economia e Psicologia, em 2015. Os resultados apontam que características individuais são importantes para a percepção de dificuldade da prova e somente o percentual de professores com título de doutorado é significativo dentre as variáveis das IES.
Resumo O objetivo do artigo é explorar a configuração geral da entrega dos serviços socioassistenciais de proteção básica nos municípios brasileiros, situada no debate sobre a implementação de políticas sociais. Busca as grandes tendências da entrega de serviços no nível local com a análise da distribuição no plano macro, considerando que esse critério não é dado pelo Executivo central, mas é determinado no contexto local. Na ausência de estudos dessa natureza, adota-se um desenho de grounded theory e uso de análises quantitativas para aferir a relação entre a execução dos serviços socioassistenciais e a expressão de demanda de quem os recebe ou pode receber. Os resultados sugerem um comportamento discricionário diante do tamanho da demanda que molda o tipo de serviço oferecido: áreas de alta demanda priorizam serviços coletivos e áreas de menor demanda priorizam atendimentos individuais.
Objetivo: Argumenta-se que as transferências intergovernamentais constituem um elemento relevante para a compreensão da dinâmica federativa brasileira e, consequentemente, para as políticas públicas no Brasil. O artigo visa a responder a três conjuntos de questões: (1) Qual a dimensão das transferências em termos de valores de repasse? (2) Quais são os órgãos da administração pública federal que realizam essas transferências, quanto transferem e por meio de quais instrumentos? (3) Quais são os principais órgãos subnacionais ou instituições que recebem essas transferências, em quais regiões e unidades da federação estão situadas e quais montantes de recursos recebem?Metodologia: Propõe-se uma classificação das transferências voluntárias estabelecidas pelo Estado brasileiro no contexto do federalismo fiscal, dos normativos legais e das práticas administrativas consolidadas. A análise empírica é inédita e de cunho descritivo-exploratório.Resultados: Os resultados apontam que, de 2008 a 2017, a média de recursos repassados pelo governo federal sofreu grandes variações, com expressiva queda no ano de 2013 para 2014. Os valores mais expressivos são do Ministério da Saúde e das Cidades; Roraima, Acre e Amapá foram, proporcionalmente, os estados que mais receberam recursos do governo federal.Contribuições: Os entes federados são os principais atores chamados a colaborar para execução descentralizada dos recursos federais. O fortalecimento das capacidades administrativas do governo federal é essencial para melhorar a coordenação federativa, ao passo que a melhoria da implementação de políticas públicas depende do fortalecimento dos governos subnacionais.
Resumo: O redesenho do federalismo brasileiro após a Constituição de 1988 teve como implicação a reorganização da atuação federal. Houve o deslocamento da União, de executora direta de várias políticas públicas para o papel de formuladora e estabelecedora das diretrizes de atuação para os entes subnacionais. Esse arranjo foi desenhado em diversas áreas de atuação governamental, com destaque para as políticas sociais. A questão que se coloca é se esse padrão de atuação federativa pode ser observado também em relação aos serviços públicos de atendimento de responsabilidade do governo federal. A partir de base de dados inédita sobre 1.740 serviços públicos executados pelo governo federal, a presença de serviços executados para (ou em parceria com) estados e municípios é aparentemente relevante na área social. Os resultados corroboram o entendimento da literatura de que, no federalismo brasileiro, os entes subnacionais possuem elevada importância para implementação de políticas públicas e de que os arranjos institucionais dos setores de políticas públicas condicionam um padrão mais ou menos descentralizado de atuação do gestor federal.
Neste texto, apresentam-se resultados de um trabalho que teve por objetivo analisar a importância do uso dos resultados da autoavaliação institucional para a gestão de uma IES. Sabemos que, ao final do processo de avaliação, tem-se uma quantidade grande de dados, muitas vezes difíceis de serem interpretados e usados, por isso, apresentamos um exemplo de tratamento de dados, através da análise fatorial, para tornar viável o uso dos resultados da autoavaliação institucional para estudos, acompanhamento e monitoramento da autoavaliação institucional para a gestão da IES. A partir de resultados obtidos no processo realizado em 2018, pôde-se concluir que o uso da técnica de análise fatorial contribuiu para uma leitura mais simplificada e criteriosa dos resultados obtidos a partir das respostas dos alunos na autoavaliação institucional. Foram criados seis fatores que representam eixos do Sinaes com quarenta e duas variáveis. Os fatores possibilitaram uma análise de correlação entre eles e abriu um leque de possibilidades de análises, como, por exemplo, cada eixo se comporta com relação aos aspectos relacionados à estrutura institucional como departamentos, institutos, faculdades, cursos, campus e unidades educacionais, bem como por critérios relacionados aos sujeitos da pesquisa.
Este trabalho tem como objetivo central fazer uma discussão acerca da compreensão dos desenhos de estudos de caso, a fim de destacar suas vantagens e desafios de aplicação na Ciência Política. Parte-se de uma discussão conceitual sobre o que são estudos de caso em suas diversas definições e concepções na literatura sobre metodologia em Ciências Sociais, a fim de propor uma distinção necessária entre a estratégia de pesquisa, o número de casos e o número de observações. Aborda-se o papel dos estudos de caso no tratamento da multicausalidade e da complexidade causal dos fenômenos sociais, discutindo em termos de validade interna e externa e de estratégias de análise causal. Nesse sentido, argumenta-se a favor de uma diferente perspectiva ao entendimento mais comum dos estudos de caso: em vez de se restringir aos desenhos que se estruturam a partir de uma ou poucas observações pela via qualitativa, também é possível compreendê-los como estratégia de pesquisa que adota modelos de análise em-pírica utilizando técnicas quantitativas a partir do estabelecimento de variações internas aos casos. Por fim, argumenta-se que as diferentes lógicas de causação e a característica densa dos estudos de caso atribuem rigor metodológico e um relevante papel na construção e no teste de teorias na Ciência Política.
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