& Regina Célia de M. Pires RESUMOEstudou-se o efeito de três manejos do lençol freático na indução de adaptações fisiomorfológicas dos trigos Triticum aestivum L. e Triticum durum L. à hipoxia, caracterizando e inferindo a influência relativa dos principais fatores físicos e biológicos interferentes. O experimento foi conduzido na ESALQ/USP, Piracicaba, SP, simulando-se ao máximo um meio físico/condição natural de uma várzea. Após a indução na fase vegetativa, através de períodos hipóxicos com duração progressiva, o grau de adaptação foi avaliado através de inundação permanente, incluindo o florescimento/formação de grãos. Observou-se: resposta diferenciada de exigência e/ou capacidade de extração de nutrientes entre as duas espécies; que a adubação foliar foi ineficiente para suprir as deficiências nutricionais da planta; que os manejos com curtos períodos de hipoxia induziram o trigo a adaptações fisiomorfológicas, porém não na intensidade ou eficiência de que resultassem parâmetros de produção em níveis adequados; enfim, que o manejo com o lençol freático mantido a 15 cm de profundidade durante todo o ciclo cultural foi o que propiciou melhor desempenho do trigo em cultivo sob encharcamento. Palavras-chave: drenagem, manejo, hipoxia, tolerância EFFECT OF THE WATER TABLE MANAGEMENT IN THE MORPHO-PHYSIOLOGICAL ADAPTATION OF TWO WHEAT SPECIES TO WATERLOGGING ABSTRACTThe effect of three different water table managements in the morpho-physiological adaptation to waterlogging of Triticum aestivum, L. and Triticum durum, L., and the relative influence of the main physical and biological interferance factors were studied. The trial was conducted at ESALQ/USP, Piracicaba, SP, under simulated conditions of a natural low land. After introduction of stress adaptation during the vegetative growth stage, while applying progressive times of hipoxics periods, there were observed different requirements and/or extraction capacities of nutrients between the two species; the fertilization on leaves was not enough to avoid nutritional deficiencies in wheat under hipoxia. The water table management used resulted in morpho-physiological adaptations, but not enough to reach adequate biometric parameters of productivity. The water table at a 15 cm depth throughout the crop cycle resulted in better performance.
Foi realizado um experimento em vasos visando reproduzir sintomas de amarelecimento foliar observados em arroz-de-sequeiro em condições de campo, em Assis (SP), e estudar suas possíveis causas nutricionais. Os tratamentos constituíram-se de areia quartzosa retirada da camada de 0-20 cm, submetida a dois manejos (solo original e solo calcariado e cultivado), dois tipos de irrigação (padrão e excessiva) e quatro cultivares de arroz (IAC-25, IAC-47, Araguaia e Rio Paranaíba). Foram avaliados os sintomas de amarelecimento foliar, o acúmulo de massa seca da parte aérea e de raízes, os teores de macro- e micronutrientes nas folhas e colmos, e estudou-se a anatomia de folhas e raízes. Com a irrigação padrão, praticamente não ocorreu amarelecimento, em ambos os solos. Com a irrigação excessiva do solo original, surgiram sintomas de amarelecimento e aumentos da relação entre a massa seca da parte aérea e das raízes. No solo original, o encharcamento aumentou o teor de Fe em toda a parte aérea e diminuiu os teores de Mn nas folhas e os de Mg nas folhas e nos colmos. No solo cultivado, os resultados foram semelhantes, com exceção do teor de Fe, que diminuiu nas folhas. O 'Araguaia' apresentou menores notas de amarelecimento e tendência de maiores teores de N, P e Ca e foi o único cultivar em que o excesso de irrigação não diminuiu os teores de Mn nas folhas. Observou-se, no limbo foliar das plantas submetidas ao tratamento solo original com irrigação excessiva, que os cloroplastos eram menores, distribuídos na região periférica das células do mesofilo e em menor número do que nos outros tratamentos. Concluiu-se que o amarelecimento ocorreu sob condições de encharcamento e baixa fertilidade natural do solo devido à toxicidade de Fe e à deficiência de Mg na planta, associados a um múltiplo estresse nutricional, e que o cultivar Araguaia se mostrou mais tolerante às condições adversas que induziram o aparecimento dos sintomas.
Estudou-se o efeito de três manejos do lençol freático na indução de adaptações fisiomorfológicas do cultivar Bat 477 de feijão (Phaseolus vulgaris, L.) à hipoxia, com vistas em caracterizar a influência relativa dos principais fatores físicos, químicos e biológicos interferentes. O experimento foi realizado em campo, na ESALQ/USP, Piracicaba (SP), de março a junho de 1999, utilizando-se caixas de cimento amianto de 1.000 L como unidade experimental no delineamento de parcelas inteiramente ao acaso, com quatro tratamentos e cinco repetições. As caixas receberam estrutura própria de manejo e controle do lençol freático. Simulou-se ao máximo um meio físico/condição natural de uma várzea. Após a indução no período vegetativo, a eficiência dos manejos foi testada pela inundação temporária do solo no fim do florescimento/formação de vagens. Houve um efetivo processo de nodulação das raízes, a despeito da condição de alta saturação do solo. As características biométricas de crescimento, embora acusando prejuízo da hipoxia, evidenciaram a utilização pela planta de mecanismos adaptativos morfológicos (raízes adventícias e lenticelas), biológicos (fixação de N) e fisiomorfológicos (resistividade estomática e transpiração). Já as características biométricas de colheita evidenciaram que tanto o manejo do lençol mantido a 15 cm como o de elevação gradativa, embora com rendimento de grãos sem vantagem estatística sobre o manejo não-indutivo, foram efetivos, permitindo a planta completar seu ciclo, além de menor comprometimento na qualidade de grãos. A alternância de vantagens relativas biométricas entre os dois manejos não acarretou diferença estatística no rendimento de grãos, levando-se a inferir ser vantajoso o uso de cultivares de ciclo mais longo nesse tipo de condição.
Foi realizado um estudo de caracterização botânica em seis cultivares de morangueiro (Fragaria X ananassa Duch.) quatro desenvolvidos no Brasil - 'Campinas (IAC-2712)', 'Guarani (IAC-5074)', 'AGF 080' e 'IAC Princesa Isabel' - e dois introduzidos - 'Reiko', do Japão, e 'Sequóia', dos Estados Unidos - visando sua distinção taxonômica. Os experimentos foram desenvolvidos na Estação Experimental de Monte Alegre do Sul (SP) durante os anos agrícolas de 1992/93. Os caracteres morfológicos que se mostraram úteis na diferenciação dos seis cultivares foram os seguintes: tipo de planta; número de folíolos; coloração da folha; razão entre o comprimento e a largura dos folíolos medianos; ângulo da base do limbo do folíolo mediano; comprimento das estipulas; posição das flores primárias em relação à folhagem; número de pétalas das flores primárias; razão entre o comprimento e a largura das pétalas; receptáculo do ovário; forma das infrutescências e da base da infrutescência; posição do cálice e calículo; espaços vazios no interior da infrutescência e comprimento e largura da infrutescência. Para a identificação dos cultivares, foi elaborada uma chave analítica. Os cultivares AGF 080 e Campinas não foram distinguidos com base nos caracteres analisados.
Em campo de produção de sementes na Estação Experimental de Ribeirão Preto (SP), do Instituto Agronômico, em 1986, identificou-se uma plantada feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) 'Goiano Precoce', com folhas rugosas e coloração mais intensa que a típica do cultivar. Efetuaram-se estudos anatômicos comparativos entre as folhas típicas do feijão (lisas) e as rugosas, com o objetivo de avaliar se o caráter rugoso era vantajoso. Observações na sua epiderme indicaram que as folhas rugosas apresentam maior densidade de tricomas e estômatos, além de células epidérmicas irregulares e menores. As plantas rugosas apresentam também um mesofilo denso, com pequenos espaços intercelulares e um limbo mais espesso.
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