Este artigo trata da construção cultural na vida cotidiana, através das relações entre avós e netos pertencentes às classes populares. Baseado em longas entrevistas e observações, cuida de mostrar como os sujeitos se modificam nessa convivência diária, influenciando-se reciprocamente. Generalizou-se a crença de que os velhos não mudam mais; entretanto, dados obtidos nos levam a pensar que esta concepção necessitaria ser revista. O desafio de tomar conta de crianças devolveu a estas pessoas idosas um sentimento esquecido e aparentemente sepultado de esperança. No bojo das mudanças vivenciadas, ocorrem modificações simultâneas nos modos de ser e de pensar. Detendo-se em cada pequeno aspecto de suas vidas diárias - conversas, histórias, brinquedos, brincadeiras, assistência a programas de televisão, relacionamentos com os animais e com a natureza - é possível divisar novos horizontes, fundados em relações solidárias.
Resumo. A questão básica deste estudo refere-se a quais papéis podem desempenhar os manuais de elaboração de trabalhos acadêmicos-propostos por instituições universitárias-quanto à comunicação nos relatos científicos, no contexto atual das tendências dinâmicas na construção do conhecimento. Este estudo se justifica em razão da influência que as recomendações estabelecidas pelas instituições universitárias para a redação de trabalhos científicos exercem na produção dos relatos de pesquisa. O objetivo da presente pesquisa é descrever e compreender os padrões de utilização desses materiais, especialmente no tocante às recomendações de características de linguagem a serem seguidas em termos de adequação aos diversos delineamentos possíveis de pesquisa. Sob a égide de pesquisa documental, como viés interpretativista dialético, os dados foram coletados em sites eletrônicos de instituições universitárias diversas, analisados, inicialmente numa fase exploratória e, posteriormente, incluindo manuais de instituições situadas numa região delimitada, abrangendo partes de dois Estados brasileiros. Os resultados apontam uma linguagem acadêmica inflexível, indicada para os relatos científicos, o que pode ser um entrave para uma redação mais clara e atualizada que, em conclusão, pudesse dar a conhecer a presença do pesquisador que, com suas concepções e suas práticas procedimentais, vivifica o conhecimento, principalmente o resultante de pesquisa qualitativa.
Vivemos numa sociedade marcadamente individualista e consumista, cujas repercussões interferem nas diversas maneiras como se desenvolve a sociabilidade. Entendê-las demanda esforço, porém mais complexo ainda é o desafio para encontrar modos de superação dos impasses envolvidos nessas questões. Seria possível identificar relações enraizadas e profundas de convivência social, lastreadas na solidariedade e com possibilidade de se expandirem de forma generalizada no seio da sociedade? A discussão parte de conceitos de socialização baseados na verticalidade das interações, passando pelas interpretações em que há espaço para influências recíprocas entre os sujeitos e se encerra com a aproximação entre socialização e cultura solidária, buscando um caminho alternativo. Conquanto ainda modesto, ele é concreto, pois vivenciado por pessoas que estão ao mesmo tempo tão próximas a nós e, muitas vezes, distantes de nossa percepção.
De todos os livros que já li em ciências humanas, Memória e Sociedade, de Ecléa Bosi, foi o que mais me impressionou e tocou. É uma obra que supera em muito os limites da Psicologia Social e se coloca com destaque na literatura das humanidades. Creio que este texto inaugura uma nova proposta metodológica, alinhavando teoria e empirismo a cada momento de sua reflexão, nunca dissociando uma da outra. Acredito, também, que propõe um novo modo de fazer ciência, em que a escrita poética se faz presente e em que o sujeito-pesquisador e o objeto do conhecimento, as pessoas pesquisadas, se alternam mutuamente na difícil tarefa de produção do saber. Deste trabalho, se delineia entre ambos um destino comum, buscando superar a assimetria que costuma rondar as relações entre pesquisador e sujeitos pesquisados. O profundo respeito que Ecléa tem pela figura do outro a move no sentido de promovê-lo e nunca de utilizá-lo em seu próprio proveito. Mais ainda: esse outro, a quem a autora se dedica, é sempre uma personagem deixada para trás nas representações
A FAMÍLIA E A ESCOLA: Interfaces na formação da criançapp. 9-23 Este estudo se adotou como estratégia metodológica, ou revisão de literatura, com vistas a chegar aos objetivos propostos. Para Nogueira (2004), a metodologia científica em Psicanálise confunde-se com a própria pesquisa, ou seja, a psicanálise é uma pesquisa. Em sua Tese de Livre Docência de 1997, o autor, defendo a ideia de que a Psicanálise é uma experiência original e que, a partir de Lacan, pôde-se formalizar, com bastante segurança, a novidade dessa ciência. Na obra de Freud encontra-se a primeira formalização da pesquisa psicanalítica. As cinco psicanálises que Freud apresentou (FREUD, 1910/1976), os cinco casos clínicos que relatou em suas obras completas, pode-se entender como sendo a transmissão da pesquisa, isto é, a transmissão daquilo que é Psicanálise.
The context that the present article is included is of the questions’ discussion about artificiality of the use of impersonal treatment in the language of scientific researches reports, especially in qualitative studies. Its fundamental question refers to what roles the manuals of elaboration of academic researchers can play – proposed by university institutions –regarding to communication in scientific reports. The highlighted aspects are of impersonality and passivity that are suggested in the academic manuals and its implications concerning clarity in qualitative research. Considering the actual context of dynamic tendencies in knowledge construction, this study is justified, mainly, because of the influence that the recommendations about writing scientific works, established by the university institutions, exert in the elaboration of research reports. Another aspect that is investigated refers to impersonal language that is perceived as a way to keep, in the reports, any influence exemption of the subject-researcher above the researched object. The aim is to describe and to understand the usage patterns of this manuals regarding to language characteristics’ recommendations that need to be followed when it comes to adequacy to various modalities of research. Under an outline of documental research, the data were collected from electronic websites of various university institutions that are localized in a delimited region that includes two Brazilian States. Other data that were collected include rules’ texts of Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) that refers to elaboration of academic works. The analysis, with interpretative bia, was done in two phases: in the beginning, one exploratory and, after one descriptive. The manual’s content was grouped in six analysis’ categories, according to the language characteristics. The results revealed that the manuals are not flexible about academic language and, they do not explain terms like clarity, objectivity and legimaticy of passive and active voices, compromising clear and updated writing that, in conclusion, could recognize the presence of the researcher as an information manager. So, the suggested inflexibility stes up as a serious obstacle to elaborate a compatible writing with the actual thought that refers to qualitative research.
Entende-se por Educação Inclusiva o processo de inclusão de alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) na rede regular de ensino. O conceito começou a ser construído em território nacional a partir da Declaração de Salamanca (BRASIL, 1994), documento internacional que defende o conceito de que "[...] cada criança possui suas próprias características, interesses, habilidades e necessidade de aprendizagem que são únicas".
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