767Chaves PL, Gorini MIPC. Qualidade de vida do paciente com câncer colorretal em quimioterapia ambulatorial. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2011 dez;32(4):767-73.
ARTIGO ORIGINAL QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE COM CÂNCER COLORRETAL EM QUIMIOTERAPIA AMBULATORIAL a RESUMOTrata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa descritiva, no qual buscou-se avaliar a qualidade de vida (QV) do paciente com câncer colorretal em quimioterapia ambulatorial. A pesquisa foi desenvolvida em uma Unidade de Quimioterapia Ambulatorial em um hospital do sul do Brasil, cujos pacientes eram portadores do diagnóstico de câncer colorretal e foram submetidos ao tratamento com o Protocolo 5FU. A amostra contou com 48 participantes que estavam em tratamento quimioterápico por um período de seis meses. Utilizou-se como instrumento um questionário, o WHOQOL-Bref. Nos resultados encontrados, prevaleceu a idade de 50 anos ou mais e possuíam no mínimo um mês e no máximo 11 meses de tratamento. Os domínios do WHOQOL-Bref afetados mais significativamente foram o psicológico e o das relações sociais, respectivamente, havendo diferença nas respostas quanto à QV geral naqueles que estavam no 1º ciclo de tratamento daqueles que já se encontravam no 6º ciclo.Descritores: Qualidade de vida. Quimioterapia. Enfermagem oncológica.
RESUMEN
Este es un estudio transversal con un enfoque cuantitativo descriptivo, que buscó evaluar la calidad de vida (QOL) de los pacientes con cáncer colorrectal en quimioterapia ambulatorial. La investigación fue desarrollada en una unidad de quimioterapia Outpatient Clinic en un hospital del sur de Brasil, cuyos pacientes tenían el diagnóstico de cáncer colorrectal
INTRODUÇÃOO câncer de cólon e reto configura-se como a terceira causa mais comum de câncer no mundo em ambos os sexos e a segunda causa em países desenvolvidos (1) . O vivenciar um câncer pode desencadear reflexões sobre a vida, pois, uma vez instalada a doença, a pessoa necessita de uma série de mudanças nos hábitos de vida e entre elas um acompanhamento rigoroso de seu estado de saúde, afinal, em alguns casos, as recidivas da doença são inevitá-veis. A descoberta deste diagnóstico ocorre dentro de um contexto familiar, desencadeando mudanças na família como um todo, de forma que os familiares, em maior ou menor grau, são afetados pelas situações decorrentes da doença (2) . Visando a diminuição do impacto das possí-veis alterações físicas e emocionais e, também, dos efeitos colaterais adversos do tratamento quimioterápico e, numa tentativa de proporcionar uma maior qualidade de vida aos pacientes, a oncologia surge como uma especialidade que, por excelência, se viu confrontada com a necessidade de avaliar as condições de vida dos pacientes que tinham sua sobrevida aumentada com os tratamentos propostos, já que muitas vezes na busca de acrescentar "anos à vida" era deixado de lado a necessidade de acrescentar "vida aos anos" (3) . Nesta perspectiva, a mensuração da Qualidade de Vida (QV) é um importante recurso para avaliar os resultados do ...