Resumo: Introdução: A necessidade de levar informação visando combater a Covid-19 é ainda mais urgente nas regiões em desenvolvimento, uma vez que nesses locais há carência de recursos, supervisão governamental limitada, consideráveis índices de pobreza e dificuldade de acesso à informação. Com base na realidade da Transamazônica e do Xingu e na urgente necessidade da diminuição do número de casos da Covid-19 na região, a qual depende da adesão da população às medidas preventivas, surgiu o projeto de extensão “e-COVID Xingu: Mídias Sociais e Informação no Combate à COVID-19 em Altamira, Pará”. Este trabalho tem como objetivo descrever as experiências dos integrantes desse projeto durante a pandemia na região. Relato de Experiência: O projeto adotou como público-alvo a população do Xingu, em especial as comunidades indígenas e rurais. Publicações nas redes sociais levaram informações sobre medidas de prevenção, grupos de risco e isolamento social. Para alcançar as populações mais vulneráveis e que não possuem acesso à internet, uma parceria com a rádio local levou material informativo para a zona rural e comunidades indígenas afastadas. O projeto também lançou uma cartilha, em português e kayapó, com orientações de prevenção da Covid-19 para os indígenas do Médio Xingu. Discussão: Os informativos conseguiram bom alcance pelas redes sociais. Ademais, os meios de comunicação em massa, como o rádio, ainda se mostram eficazes na disseminação de informações. Com multiplataformas pode-se fazer educação em saúde inclusiva a diversos grupos sociais, seja pela internet, pelo rádio ou por materiais físicos. Conclusão: Utilizando múltiplas ferramentas de comunicação e respeitando o distanciamento social, a universidade, por meio de ação extensionista, pôde contribuir no combate à Covid-19, ao levar informações e conhecimento ao público, e atentar à necessidade de também incluir e informar populações histórica, social e economicamente vulneráveis, como indígenas e comunidade rurais do Xingu.
Introdução: O Letramento Funcional em Saúde (LFS) está associado à capacidade dos pacientes em compreender e utilizar seus conhecimentos em saúde no âmbito do autocuidado e na promoção a saúde. Por isso, torna-se essencial reconhecer o nível de LFS e identificar os fatores que o influenciam. Objetivo: Analisar o nível de letramento funcional em saúde (LFS) de usuários de Unidades de Saúde da Família (USF) na área urbana de Altamira (PA). Métodos: Estudo transversal no qual a coleta de dados ocorreu entre agosto de 2018 e dezembro de 2019 em 12 USF da área urbana. O cálculo amostral foi realizado com base na população urbana de Altamira registrada pelo Censo de 2010. Utilizou-se intervalo de confiança de 95% com margem de erro de 5% e prevalência de achados de 50% em uma população semelhante, encontrando-se assim o valor de 382. Os participantes foram entrevistados a fim de se coletarem informações sobre dados sociodemográficos, e posteriormente foi aplicado um questionário baseado na versão brasileira do Short Test of Functional Health Literacy (S-TOFHLA), instrumento utilizado para a mensuração do LFS. O coeficiente de correlação de Pearson, o teste qui-quadrado, o teste G e a odds ratio foram utilizados para verificar a relação entre a pontuação do S-TOFHLA e os dados sociodemográficos. Além disso, uma análise de regressão múltipla foi realizada para predizer os fatores que interferem no LFS. Por fim, o teste ANOVA buscou diferenças entre os níveis de LFS dos usuários nas USF analisadas. Resultados: Foram incluídos no estudo 400 participantes, dos quais 59% apresentaram LFS adequado, 16,5% limítrofe e 24,5% inadequado. As variáveis, grau de escolaridade, idade e renda foram associadas ao LFS na população estudada, predizendo, respectivamente, em 46, 26 e 17% o desempenho no teste S-TOFHLA. Baixa escolaridade e baixa renda aumentam o risco de indivíduos possuírem LFS insatisfatório em cinco e quatro vezes, nessa ordem. Por fim, foram encontradas diferenças entre os níveis de LFS dos usuários das USF analisadas. Conclusões: A população da área urbana de Altamira apresentou alta prevalência de LFS insatisfatório. Sendo assim, no intuito de aumentar os resultados satisfatórios em saúde, os profissionais da região devem adequar as suas formas de comunicação e linguagem às necessidades dos usuários das USF, observando que a adequação da equipe pode trazer melhorias para o entendimento das informações e oportunizar melhores condições de recuperação e autocuidado em saúde.
Resumo: Introdução: A participação social na prática de ações promotoras da saúde é uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). A partir disso, surge o letramento funcional em saúde (LFS) que se compreende como a capacidade do indivíduo de entender, interpretar e aplicar as informações escritas ou faladas sobre saúde. Nesse contexto, a extensão universitária torna-se uma estratégia que transmite informações sobre prevenção em saúde e permite o seu empoderamento pelos usuários. Objetivo: Este estudo teve como objetivo relatar a experiência de um projeto de extensão que possibilita a interação de acadêmicos e usuários da atenção primária, a fim de estimular o LFS e avaliar a percepção dos usuários sobre as ações desenvolvidas pelos discentes. Método: As intervenções do projeto priorizavam temas e doenças prevalentes na população local e/ou que estão no calendário nacional de conscientização do Ministério da Saúde. No final das intervenções, realizaram-se dinâmicas que simularam situações reais, e alguns usuários foram convidados a participar delas e, partir disso, estimular o LFS. Ademais, a avaliação da percepção dos usuários sobre a participação dos discentes foi realizada por meio de uma entrevista, na qual se utilizou uma pergunta norteadora, e, em seguida, aplicou-se o método de análise do conteúdo de Bardin. Resultado: No decorrer da execução do projeto, foi perceptível que as intervenções tiveram rendimento satisfatório em relação aos conteúdos trabalhados, pois ocorreram inúmeros questionamentos e relatos dos usuários. Constatou-se que as práticas educativas foram muito construtivas no contexto da estimulação do LFS, pois proporcionaram a participação ativa dos indivíduos. Além disso, os relatos positivos dos usuários corroborou a percepção dos alunos quanto às ações. Justificativas como a carência de ações em educação em saúde, a falta de informação sobre o processo saúde-doença, a importância da prevenção e a troca de conhecimento foram abordadas pelos usuários. Conclusão: Por meio dos relatos dos usuários e pela experiência dos autores, conclui-se que as ações em educação em saúde desenvolvidas sempre buscando tornar os usuários protagonistas da própria saúde possibilitam a troca de saberes entre acadêmicos e comunidade, promovendo a multiplicação de conhecimento acerca dos temas abordados no projeto.
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