Historicamente, tanto a estimativa de geração per capita quanto a análise gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos têm sido feitas de forma global; porém, não retratam a realidade da diversidade nas diferentes regiões das cidades brasileiras, existindo uma lacuna a respeito de dados discretizados por regiões ou estratos sociais. Assim, essa pesquisa teve por objetivo analisar a geração de resíduos sólidos domiciliares e a relação com os estratos socioeconômicos, em Maceió, Alagoas. Foram realizadas 32 coletas de resíduos domiciliares, em 8 itinerários, nas 8 regiões administrativas (RA), em dois períodos distintos, seco e chuvoso, relacionando a geração de resíduos com o estrato socioeconômico dos bairros dos roteiros de coleta selecionados. A pesquisa evidenciou a predominância de resíduos orgânicos, que atingiram uma média percentual de 67,45%, seguidos de material com potencial reciclável, num percentual de 20,32%, e de rejeitos, com um percentual de 12,23%. De forma geral verificou-se que a fração orgânica foi maior em regiões que abrangem bairros com estratos socioeconômicos predominantemente C2 (renda familiar baixa). A geração per capita de resíduos apresentou uma média 0,59 kg/hab-1.d-1, com o maior valor, 0,87 kg/hab-1. d-1, observadas em regiões com estrato socioeconômico mais alto. Nota-se que o estudo da composição gravimétrica dos resíduos discretizados por região e estratos socioeconômicos pode trazer uma nova compreensão, com dados mais precisos a partir dos roteiros de coleta, a respeito da geração de resíduos sólidos domésticos.