Uma escola são muitas paredes, cada uma com sua própria história pra contar. Uma escola é chão que se estende, recoberto de passos que nunca vão se apagar. Uma escola é o teto manchado, é o lixo espalhado, é o armário que não fecha, é o aviãozinho que nunca voou. São vozes. São pessoas. É, sim, um prédio e um espaço e um lugar e uma escola — e são vidas e histórias.
Os modos de pensar a função da escola são fabuladas entre vidas alienígenas, rebeldias e insurreições. Aqui, a força coletiva potencializa e cria rupturas além dos diagramas do poder e dos currículos traçados. Declara-se contra as pedagogias-engenheiras que, por projetarem os futuros, amarram todos os corpos curricularizados ao tempo presente, fabricando as imagens de aluno-ideal. Assim, a escola é apresentada em um paradoxo de educar para o amanhã ao mesmo tempo que limita os futuros compossíveis. Amparada na escrita fabulatória, pensa as rebeldias e insurreições estudantis como o cerne da própria escola. Não há função escolar que não perpasse as vidas de alunas e alunos. Por isso mesmo, a escola é uma luta constante que tenta afirmar a multiplicação da vida.
Recusada a premissa de que a coordenação escolar tem caráter unicamente regulatório, este artigo tem por objetivo perguntar pelos possíveis de uma coordenação que, em contrapartida, faça festa. Para tanto, afirma que a vida nua, conceituada por Giorgio Agamben, não se efetiva nos cotidianos escolares unicamente como uma negação da força vital e, ao mesmo tempo, rejeita algumas leituras da obra de Michel Foucault que pressupõem a escola como espaço preso às amarras do poder. Aposta, assim, na possibilidade de produzir, mesmo em meio às ameaças à educação pública, afetos que fortaleçam a coletividade. Metodologicamente foi realizada uma rede de conversação entre professores e coordenadores do município de Cariacica-ES. Desse modo, apresenta pequenos recortes desses diálogos, de modo a apresentar modos alegres de fazer a coordenação escolar. Como ressalta a coordenadora, “Não sei animar tanto, mas até parece que eu vou cortar essa alegria toda!”. Por vezes, basta isto: ver no contágio da vida não um inimigo, mas um aliado poderoso.
Resumo Este artigo tem por objetivo analisar como a alfabetização é articulada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aprovada pelo Conselho Nacional de Educação em dezembro de 2017. Adota, como metodologia de estudo, a pesquisa documental, pois analisa documentos/textos produzidos por órgãos diretores e encarregados da educação, respectivamente, no Brasil e no mundo. Conclui que o modelo de alfabetização funcional adotado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura para subsidiar programas e projetos de alfabetização de adultos, compatível com a noção de competência adotada na BNCC, reduz a alfabetização ao desenvolvimento da consciência fonológica, à aprendizagem da técnica da escrita com o objetivo de formar pessoas adaptadas à ordem social e ao modelo produtivo vigentes.
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