The National School Feeding Program (PNAE) is a policy that aims to contribute to the improvement of school feeding. Therefore, the goal of this study was to analyze the menus offered in the year 2014 in public schools of the municipal and state educational network in the municipality of Abaetetuba, Pará, according to the recommendations of the PNAE. For nutritional adequacy, the average energy consumption (Kcal), carbohydrate (g), protein (g), lipid (g), fiber (g), calcium (mg), iron (mg), magnesium (mg), zinc (mg), vitamin A (μg) and vitamin C (mg) of all the menus by educational category, were compared with the values established in Resolution No.26/2013. Nutrient values above or below the recommendation by the PNAE were considered inadequate. The analyzed menus were nutritionally inadequate, which may contribute to the reduction of school performance and student growth, in addition to dietary uncertainty. The elaborate menus were not nutritionally adequate, demonstrating the need to readjust the recommendations and thus guarantee the Human Right to Adequate Food and consequently the improvement of the learning and school performance.
O estudo realizou uma revisão sistemática da produção científica brasileira sobre Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) em comunidades quilombolas, a partir das diretrizes metodológicas PRISMA, em bases de dados Scielo, Lilacs, Medline, PubMed e Cape, utilizando os descritores: “segurança alimentar e nutricional” and “quilombola(s)”; “SAN” and “quilombola(s)”, em português e inglês, constantes no título, resumo e palavras-chave. Foram selecionados 12 artigos científicos completos, publicados em periódicos de livre acesso desde 2008. Dos artigos selecionados, 33,33% abordaram a prevalência da insegurança alimentar e nutricional, 25% o acesso ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), 16,67% os benefícios do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), 16,67% o conhecimento de práticas alimentares e 8,33% modelos de causalidade da insegurança alimentar, em 60 comunidades, nas cinco regiões do país. As pesquisas reforçam a precariedade das condições de vida e a insegurança alimentar que os quilombolas vêm vivenciando. Continuar a identificar os projetos e publicações realizados nesta área é encorajar que outros estudos possam ser concretizados, de forma a dar condições de reconhecimento, valorização e visibilidade a essas comunidades.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) objetiva contribuir para o desenvolvimento biopsicossocial, o rendimento escolar e a formação de hábitos alimentares saudáveis nas escolas públicas brasileiras, mas, em território quilombola, a oferta das refeições pelo programa, muitas vezes, conflita com a história e a identidade alimentar dos grupos. Neste artigo, analisamos a relação do quilombo de Umarizal, Baião, Pará, com a merenda escolar, mostrando como os sujeitos locais percebem o programa e como ele participa da realidade sociocultural local. Para isso, usamos metodologias qualitativas, como observação direta, entrevistas e grupo focal. Os dados foram analisados segundo os parâmetros da pesquisa etnográfica. Os resultados evidenciam que há uma descontinuidade entre o PNAE e a cultura alimentar do quilombo, causando descompasso entre o alimento oferecido na escola e a cultura local. Cumpre corrigir esse desencontro para equalizar as oportunidades ao aprendizado dos estudantes em todo o país.
Resumo O objetivo deste trabalho é analisar se o hábito alimentar das famílias quilombolas paraenses segue as orientações do Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde, em 2014. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas nas comunidades de Santo Antônio (Concórdia do Pará, nordeste paraense) e São João (Salvaterra, ilha do Marajó) sob o protocolo CEP 060/07. Foram feitas análises do consumo e das preferências alimentares de acordo com o guia. Os resultados evidenciam: alto consumo de café adoçado, feijão, arroz e farinha; baixa participação de verduras, legumes e frutas na dieta dos entrevistados. Alimentos como pão, leite de vaca, macarrão, margarina e bolacha salgada são as formas comuns de diversificar os alimentos consumidos pelo grupo. Como fontes proteicas, destacam-se a carne vermelha - silvestre ou não -, o pescado, o charque, o frango e o ovo de galinha. São apresentadas algumas contradições do guia quando aplicado às comunidades. Apesar dos avanços do guia, conclui-se que o cumprimento das orientações para uma alimentação adequada e saudável nos grupos quilombolas da região amazônica enfrenta desafios. Guias alimentares são importantes para a saúde e a nutrição da população, porém precisam ser combinados com outros tipos de intervenções que respeitem a diversidade cultural do país.
As comunidades quilombolas enfrentam historicamente situações de vulnerabilidade, racismo e violência, isso têm refletido na organização social desses grupos, a ponto de configurar um estado grave de insegurança alimentar e nutricional. Este artigo analisa os níveis de vulnerabilidade em desnutrição de crianças quilombolas e não quilombolas no Estado do Pará, com idade abaixo de cinco anos, incluídas no Programa Bolsa Família. Trata-se de uma pesquisa empírica, quantitativa, com dados provenientes do Mapeamento da Insegurança Alimentar e Nutricional (Mapa InSan 2018). Os resultados indicam que a desnutrição é elevada segundo estatura-por-idade (36,1%) e peso-por-idade (8,4%), o que sugere que uma criança que não pertence a nenhuma comunidade tradicional tem 85% mais chances de viver em melhores condições do que uma criança quilombola no estado do Pará. A prevalência da insegurança alimentar e nutricional é ainda maior nos territórios quilombolas, o que reforça a vulnerabilidade dessa população.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.