Este artigo problematiza o processo terapêutico voltado às pessoas que fazem uso de drogas defendido por uma das maiores redes de comunidades terapêuticas do Brasil. Nas duas primeiras décadas dos anos 2000, as comunidades terapêuticas (CTs) emergem e se expandem como equipamentos que criminalizam, patologizam e cristianizam pessoas que fazem uso de drogas. As CTs se caracterizam por práticas de manipulação de corpos e mortificação da vida, pela obrigatoriedade do trabalho, por uma ortopedia no conviver comunitário e pela imposição da espiritualidade como modo de vida. No contexto mais amplo das políticas de saúde mental e atenção psicossocial, as CTs representam um retrocesso nas práticas derivadas das lutas antimanicomiais e antiproibicionistas.
A partir de reflexões sobre objetividade nos estudos feministas, argumentamos, neste ensaio, para a importância de se reativar práticas de atenção e políticas de afeto que se abrem para o maravilhamento, o espanto e outros tipos de afetações acionados na produção do conhecimento científico. Nos referimos às amadoras e amantes para aludir a um certo modo de cientistas se colocarem em relação com o mundo e as ciências. Os interesses das amantes das ciências são diferentes daqueles que produzem a objetividade moderna, voltam-se a saberes localizados e para o maravilhamento, abrem-se para a multiplicidade e para a construção de outros afetos, corpos, agenciamentos e subjetividades nos encontros com humanos e não-humanos; e na constituição de saberes situados.
Este artigo tem como objetivo discutir as relações entre crianças, cidades e brinquedotecas. Para tal, foram analisadas três oficinas, realizadas como de extensão, em uma brinquedoteca universitária situada num raries. o this end, we analyzed three workshops, held as extension activities, in a toy ated in a midsize city of Mato Grosso. In the analysis of scenes,
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